O Vício de Amor romance Capítulo 25

Os passos de Natália falharam quando ela as viu e a testa de Fátima franziu quando ela a viu.

- Mãe, aquela não é a Natália? O que ela está fazendo aqui? - Larissa não conseguia manter a calma como a mãe.

- Ela está aqui para almoçar?

A aparência e sabor dos pratos daqui eram superiores, e os preços não eram acessíveis para qualquer um.

Natália conseguiria vir e comer em um lugar como este agora?

Fátima zombou:

- Se casou e entrou na família Marchetti, apesar dele ser cadeirante, mas o status social e a riqueza não são falsos, não me surpreende que ela possa entrar e sair de lugares como este.

Natália não queria confusão com elas e se afastou, mas Larissa entrou em seu caminho.

- Você só se casou com um cadeirante, uma caipira que não tem classe mesmo frequentando lugares como este. - Ela disse, enquanto a olhava de cima a baixo, reparando e zombando do que ela usava.

- Saia do caminho! - Natália a enxotou.

Larissa não deixou barato:

- Qual a sua pressa, não gostou que te lembrei do seu marido cadeirante?

Lucas não gostou e estava prestes a impedir Larissa de ser agressiva com ela, então viu Jorge vindo em sua direção.

Recuou a mão que estava prestes a se aproximar.

- Natália, você se casou em uma grande família e você ainda está tão pobre? Nem mesmo um cadeirante gosta de você? - Larissa disse, cobrindo os lábios e gargalhando:

- Não siga o exemplo da sua mãe, você nem mesmo consegue conquistar o coração de um homem.

Foi quando Natália também viu Jorge vindo em sua direção e arregalou os olhos.

Larissa viu a expressão de Natália e pensou que ela estava com raiva, ficou ainda mais desenfreada:

- Natália, este é o seu destino na vida, abandonada pelo pai, enviada para um país estrangeiro e abandonada por lá, destinada a servir um paralítico e nunca nem transar com o marido.

- Temo decepcionar você. – Soou uma voz masculina, profunda e firme, algo a não se subestimar.

- Quem você pensa...

Larissa se virou e ia dizer “quem você pensa que é” quando ela viu o homem de pé não muito longe dela, vestido em um terno elegante, sua figura esbelta e imponente, alto e magro e com suas pernas longas envolvidas em calças de alfaiataria.

Seu nariz era alto, seus lábios eram sensuais, suas feições eram claras e fortes, e aqueles olhos escuros com um olhar frio neles.

Seus passos eram calmos e constantes, cada passo criava uma sensação de opressão.

A indiferença e a profunda frieza evocavam ainda mais do seu temperamento digno, divinamente vindo contra a luz.

Surpreendeu a multidão.

Larissa, em particular, ficou de queixo caído em choque.

Ele não é... Ele não é aleijado?

Chocante, inacreditável.

Como assim?

Com Larissa e Fátima olhando, ele colocou seu braço ao redor dos ombros de Natália, disse:

- Vamos indo.

Natália ficou parada por dois segundos e olhou para ele.

- Você...

Seu olhar se aprofundou um pouco mais nela, seguido de um sorriso com carinho:

- O que foi, está surpresa?

Larissa olhou para suas pernas, com um olhar vidrado, perguntou:

- Você não é aleijado?

Ela disse com pressa e, em seguida, cobriu a boca, chocada que ela havia dito as palavras erradas.

Fátima também ficou perplexa por um tempo.

Isto era incrível.

Jorge sentiu desgosto delas e se retirou com Natália.

Lucas zombou:

- Superficial.

Nem se preocupou em olhar as caras chocadas, assustadas, contorcidas e feias delas.

Ele caminhou rapidamente para o carro.

Fátima deu uma olhada e murmurou para si mesma várias vezes, chocada e assustada, com as pernas tremendo sem parar.

- Como é possível, Jorge não é cadeirante?

- Como isso aconteceu? - Larissa segurava o braço de Fátima, quase perdendo o controle:

- Por que Jorge não está nem mancando?

Demorou bastante para Fátima retomar seus sentidos.

Não dizem que é incurável?

- Mãe!

- O que foi! - Fátima sentiu seu cérebro zumbindo com esse barulho todo.

- Eu não sei se seu pai sabe sobre isso.

Ela achou incrível que as pernas de Jorge funcionavam. Será que ela teria apetite para a refeição? Fátima levou sua filha para o Grupo Flores.

Santiago estava ficando com raiva.

A empresa estava diante de uma ação judicial após o colapso de um edifício em que o Grupo Flores investiu.

Santiago franziu a testa, preocupado.

Toc-toc.

Santiago estava prestes a estourar com quem o estava incomodando. Os palavrões quase saíram quando a porta do escritório foi aberta. Fátima olhou para o rosto de Santiago e exclamou:

- Qual é o seu problema?

Santiago estava de mau humor e se sentou em sua cadeira:

- O que você está fazendo aqui?

Fátima não tinha tempo para se preocupar com o mau humor de Santiago. Ela chegou mais perto, perguntou:

- Você sabia que o Jorge já consegue andar?

Santiago ficou maravilhado em primeiro e, em seguida, duvidou de Fátima:

- Ele foi envenenado por uma fruta, dizem que ele não poderia ser curado, como ele consegue ficar de pé?

Com certeza, Santiago também não sabia. O rosto de Fátima ficou ainda mais sério.

- Ele consegue se levantar.

- Quem te falou isso? - As palavras de Fátima foram cortadas por Santiago antes que ela pudesse explicar.

- Nós vimos com nossos próprios olhos. - Larissa respondeu antes de Fátima.

Neste instante, ela tinha se acalmado um pouco e foi até sua mesa para olhar Santiago, disse:

- Pai, nós fomos enganados.

Foi dito claramente que ele não poderia ser curado, mas agora ele era capaz de ficar de pé!

Santiago franziu a testa, o incidente o chocou e confundiu:

- Mas por que ele iria espalhar a notícia de que ele não poderia ficar de pé?

Fátima não conseguia concluir por que ele espalhou tal notícia e especulou:

- Pode ser que ele estava insatisfeito com o arranjamento de casamento com a Família Ribeiro, mas ele não queria ele mesmo desfazer o acordo. Será que ele espalhou a notícia dessa forma para fazer a gente desistir?

O silêncio caiu sobre todo o escritório.

Um silêncio tão profundo que conseguiria ouvir uma agulha caindo no chão.

- É isso, com certeza. O que mais seria? - Larissa confirmou a suspeita de Fátima assim que ela se sentou no sofá em desgosto.

- Se tivéssemos pensado melhor nisso, nós não teríamos que trazer Natália e sua mãe de volta.

Ela mesma poderia ter se casado com Jorge.

Santiago estava com bastante dor de cabeça, essa coisa toda estava realmente fora de sua expectativa.

Ele tinha sido destinado a casar sua filha com a família Marchetti para começar um relacionamento com eles, mas se fosse como Fátima disse, casar ela com Jorge não só não lhe agradou, mas também o deixou irritado.

Ele estava indo pedir ajuda a Jorge agora que a empresa está em apuros, mas agora ele temia que isso não fosse mais possível.

Santiago estava em silêncio, entendeu por que Jorge não tinha o encontrado na última vez em que ele foi para o Grupo Maré.

- Mãe - Larissa agarrou o braço de Fátima com firmeza, - mãe, por que não fui eu quem se casou com Jorge?

Ela gostava dele e, pela primeira vez em sua vida, ela gostou de um homem.

Ela teve a chance de se casar com ele, mas ela perdeu a oportunidade.

Ela lamentou, lamentou profundamente que caso ela tivesse casado com ele, mesmo que Jorge fosse um cadeirante, talvez ele se apaixonasse por ela já que ela não se importava com ele ser cadeirante.

Mas tudo foi para Natália.

Ela não conseguia digerir isso!

- Já que chegamos a isso, nós temos que pensar muito bem no assunto. - Fátima não estava disposta a perder o que poderia ter sido uma maneira de começar um relacionamento com a família Marchetti.

Santiago apenas sentiu sua cabeça doer, seu prejuízo também era grande a esta hora.

Como Jorge finge ser cadeirante e mentir?

Do outro lado, Natália seguiu Jorge até o carro e se sentou bem comportada.

Jorge parecia estar ocupado, com os papéis em sua coxa, os olhos abaixados, folgando um pouco mais a gola da camisa.

Natália estava quieta e não fez nenhum barulho para não perturbá-lo.

Lucas estava quase chegando ao edifício Maré quando Natália lhe pediu para parar o carro.

- Algum problema?

- Não seria bom para mim ser vista entrando com você. - Afinal de contas, o casamento com o Jorge não poderia ir a público para não causar mal-entendidos desnecessários.

Neste ponto, Lucas estava um pouco confuso sobre o que ela estava fazendo.

Era evidente que ela descreditava Jorge antes, mas agora...

Natália saiu do carro e Lucas dirigiu até a garagem subterrânea.

Jorge saiu do carro e foi para o elevador, Lucas o seguiu, bastante curioso sobre a atitude de Jorge com Natália, perguntando timidamente:

- Presidente Marchetti, você gosta mais da Sra. Natália, ou mais da Sra. Ester?

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