O relacionamento de Ester e Jorge era conhecido por quase todos dentro da empresa.
Ester tinha a intenção de promover isso enquanto Jorge nem negava o relacionamento, nem impedia que ela espalhasse o fato ainda mais.
Agora, Ester não era mais apenas uma secretária, mas também alguém que poderia se tornar a Sra. Marchetti, assim, naturalmente, havia muitas pessoas que a bajular e ela gozava de poder na empresa.
Não muito depois de Jorge ir para o escritório, alguém chegou perto dela.
- Ester, o que você e o Presidente Marchetti comeram quando saíram ontem? Estamos com muita inveja.
Ester vislumbrou Natália no canto e sorriu:
- Nada demais, eram pratos comuns, frango à basca, risoto de camarão com requeijão...
- Uau, são todos que você ama. - Laura falou com sorriso lisonjeado.
- O Presidente Marchetti é tão bom para você.
Ester sorriu ligeiramente, mexendo com suas unhas delicadas. Embora ela não tivesse dito nada, parecia afirmação.
Laura aproximou-se:
- Ester, quando é que você e o Presidente Marchetti vão se casar?
Ester parou de mexer com os dedos, ficou descontente ao pensar o casamento de Jorge. Se não fosse Natália, ela já seria a Sra. Marchetti.
Era Natália quem estava no caminho dela!
Ela tinha que ser boazinha em frente de Jorge, então não fazia nada contra Natália, mas poderia usar outros para dificultar o trabalho de Natália.
Ela chamou Laura com gentileza.
- Essa nova tradutora é tão ignorante. - Ester demonstrou seu desgosto.
- Ela está te incomodando? – Laura perguntou, franzindo a testa.
- Não exatamente. Olha, é hora de voltar ao trabalho. - Ester deixou uma pista de propósito, sabendo que Laura seria capaz de compreender o subentendido de suas palavras.
Laura olhou para Natália. Será que essa mulher não sabia da relação de Ester com o Presidente Marchetti e a ofendeu?
Deve ser. Como ela era nova na empresa, não sabia do que as complicações na empresa e irritou Ester.
Ela voltou para o seu lugar e pensou que teria que dar uma lição em Natália.
Natália terminou sua refeição, jogou a marmita na lixeira e foi à copa para tomar água.
Laura viu e pensou que era uma oportunidade e a seguiu.
De propósito, ela ficou atrás de Natália e deu um passo à frente quando ela se virou depois de servir a água. Natália não havia notado que alguém estava atrás dela e se chocou com Laura, derramando a água no vestido dela.
- Você não olha por onde anda? - Laura repreendeu com voz severa.
Natália achou que era seu malcuidado mesmo, então pediu desculpas depressa.
- Desculpa, foi mal, não fiz de propósito.
- Basta pedir desculpe?
Natália congelou, não esperava que ela fosse tão difícil.
- Eu não tenho olhos nas costas então não te vi. Foi mal mesmo.
- Do que adianta pedir desculpas? Se eu te der um tapa e pedir desculpe depois, você vai perdoar? - Laura aprontou com ela, era claro que não deixaria barato.
Natália franziu. Essa mulher está irrazoável.
Como um acidente poderia ser comparado um tapa de maldade?
- O que você quer? - Natália disse com frieza.
Obviamente, ela não estava disposta a deixar para lá. Não adianta pedir desculpas.
Laura pegou um copo de água quente, olhou para Natália e disse:
- Já que me molhou, vou te molhar e ficaremos quites.
Natália olhou água quente em sua mão incrivelmente. Isso não era meramente uma intimidação, mas uma agressão.
Ela ficaria queimada com essa água fervente!
A água que Natália pegou não era nada quente e não causaria nenhum dano além de uma roupa molhada.
Suas mãos se apertaram e olhou seriamente para Laura:
- Não estaremos quites se você me queimar, você será processada!
Laura ponderou, pensando que danos ela causaria a Natália.
Após este momento esfriando, a água não ficou tão quente, se jogar nela, no máximo a pele fica vermelha.
Ela tinha que fazer algo para agradar Ester. Então ela zombou:
- Processe-me se for capaz!
Antes de terminar as palavras, atirou a água a Natália.
Natália não era estúpida para ficar lá parada e deixar se molhar. Ela desviou, mas se removeu tão rápido que ela mexeu a lesão em seu joelho e acabou caindo no chão. A água caiu em seus pés e molhou a barra da saia, mas felizmente não a atingiu.
- O que está acontecendo? – Soou uma voz fria. Os que acercaram recuaram-se para lado de imediato.
Ester estava ao lado de Jorge, olhando para Laura, sem dizer nada.
Ninguém menos ela sabia o relacionamento da Natália e Jorge.
Não era esperto falar por qualquer parte, o silêncio era a melhor maneira de evitar envolver-se.
Laura olhou para Ester, pensando que não havia nada a temer com seu apoio a ela, além de que Natália era apenas uma nova tradutora.
- Ela me molhou de propósito e não pediu desculpas, eu estava tão irritada, então devolvi o que ela fez.
Jorge olhou para a mulher sentada no chão numa desgraça, com emoção complicada escondida no olhar sério, perguntou:
- É mesmo?
Natália tentou se levantar do chão mas, talvez por causa de dor nos seus joelhos, suas pernas estavam fracas e assim que se apoiou um pouco, caiu de novo. Justamente quando ela pensou que ia bater no chão, uma mão forte a pegou pelo braço, a trazendo para um quente abraço.
Jorge agarrou sua cintura, que era tão macia e fina que ele tinha medo de quebrar com o mínimo esforço.
Ele estava um pouco relutante de largar.
Natália teve a sensação de ter sobrevivido do desastre e soltou um longo suspiro. Quantos azares ela sofre?
Uma queda com o empurrão de Jorge mais cedo e outra queda aqui.
- Consegue ficar de pé? - Jorge perguntou.
Natália tentou mover as pernas e acenou com a cabeça:
- Consigo sim.
Todos que vieram, incluindo Laura, ficaram perplexos.
De acordo com o caráter de Jorge, ele não se importaria.
Em seguida, todos os olhos se voltaram para Ester, como se estivesse perguntando: quem é essa mulher?
Ela não parecia nada de especial, como ela conseguiu a atenção do Presidente Marchetti?
- Já que está bem, voltem ao trabalho. - Ester queria terminar cedo, o comportamento de Jorge foi inesperado para ela também.
Ele confirmou claramente que a identidade de Natália não se tornaria pública, então por que a abraçou dessa forma, na frente de todos? O que outros vão pensar?
Ester deu a Laura um olhar duro, ralhou por dentro: uma imbecil que não conseguia fazer nada direito!
- Presidente Marchetti, tá na hora da reunião. - Ester sussurrou.
Jorge largou Natália, percorreu pela bagunça da copa com olhar indiferente, falou:
- Lucas!
Lucas respondeu.
- Passa o vídeo de vigilância para meu escritório. - Se virou após dizer aquilo e, em seguida, voltou a olhar Ester.
- Adie a reunião para meia hora depois.
Ao ouvir isto, Laura entrou em pânico.
- Ester...
Ester lançou um olhar frio e Laura ficou calada.
E então Ester se aproximou de Jorge:
- Presidente Marchetti, a reunião já começou e todo mundo está esperando por você, se adiar...
Jorge não tinha nenhuma expressão em seu rosto, apenas pregando nela.
Era um olhar que Ester não ousava opor.
- Eu vou avisar agora mesmo.
Mas Laura não podia mais ficar calma. Se verificar no vídeo, seria revelado que ela fez uma armadilha para Natália e, em seguida, provocou o conflito.
- Ester!
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