Permaneça, Querida romance Capítulo 15

Assim que Kelsey chegou ao restaurante, Aesop estava esperando por ela. Quando ele a viu chegando, aproximou-se e a abraçou com força, confortando-a: "Estou tão feliz em te ver. Sinto muito pelo que você sofreu."

Kelsey sorriu, relutante, e disse: "Tudo bem."

Vendo a amargura indescritível nos olhos de Kelsey, Aesop pensou que ela deve ter sofrido muito na prisão.

"Esqueça disso e vamos começar." Kelsey disse, já que não queria que a reunião fosse tão infeliz.

Eles se sentaram e conversaram sobre as novidades enquanto comiam.

"Você se casou com...?" Aesop ficou tão chocado que quase mordeu o prato. Todos sabiam sobre Healy, mas ele era muito misterioso e perigoso para se conviver.

Ele era como um tigre agressivo, e o único destino para sua presa comum era ser engolida por ele.

"Meu anjo, peça o divórcio! Você não pode lidar com ele! Deixe-me providenciar para que você vá para o exterior, para que possa começar uma vida nova!" Aesop não conseguia parar de ser simpático e aconselhou Kelsey.

"Não, eu sequer saí da prisão até a família Louis pagar minha fiança. Se eu fugisse, você acha mesmo que eles me deixariam em paz?" Kelsey perguntou.

Os olhos de Aesop escureceram, pois ele estava bem ciente de que o poder da família Louis era forte demais para que sua família a enfrentasse.

"Sinto muito pelo que está passando, querida." Aesop disse.

"Não sinta! Sem você, eu não estaria viva." Kelsey segurou a mão de Aesop e o confortou, "Não se preocupe, estou bem. Parece que a família Louis não quer me matar. Isso já basta."

"Não se preocupe comigo. Ainda quero me vingar da família Winston, então com certeza vou viver bem." Kelsey continuou.

Não muito longe dali, um olhar atento focou nas mãos dos dois, que se sobrepunham.

Healy tinha estado em uma viagem de negócios nos últimos dias e, naquele dia, ele iria encontrar alguém ali. Foi uma coincidência que, assim que ele se sentou, notara Kelsey na mesa perto da janela.

Era Kelsey de fato, mas, naquele momento, o rosto dela estava cheio de brilho e de calor, com um sorriso doce. Era mais charmoso do que o rosto impassível na frente dele.

Os olhos frios de Healy analisaram o homem sentado em frente à Kelsey — era o único filho da família Lester, que fora mandado para o exterior alguns anos atrás por causa de sua selvageria.

Kelsey, enquanto ele não estava por perto, ficara com outro homem. Estaria ela com medo de não ser capaz de viver uma vida boa após o divórcio e, por isso, encontrara um substituto desde já?

Healy pensou que Kelsey não era simples.

"Sr. Louis, está tudo bem?" A pessoa com quem Healy jantava perguntou.

"Não é nada. Qualquer pessoa pode jantar aqui, então acho que não é um lugar apopriado. Vamos para outro lugar." Healy disse.

Depois do jantar, Aesop comprou algumas roupas novas para Kelsey no shopping.

"Para acompanhar a sociedade de hoje, você terá que trabalhar e vestir roupas novas. Lembre-se, tudo no passado acabou. Não posso ficar aqui por muito tempo, então cuide-se bem." Aesop disse ternamente.

Depois disso, ele tirou um cartão do banco e deu a Kelsey, mas ela recusou. Depois de várias recusas, ele, por fim, desistiu de dar dinheiro a ela.

Ela já devia muito a ele.

Kelsey chegou em casa e um empregado se aproximou e disse: "O Jovem Mestre está de volta".

O coração de Kelsey deu um pulo. Ela assentiu e disse: "Entendi."

Seus dias felizes haviam acabado.

Respirando fundo, Kelsey voltou para o quarto.

Quando Healy a viu voltando, ele notou as sacolas de compras em suas mãos. A expressão dele logo se encheu de sarcasmo, pois ela conseguira, com poucas palavras, persuadir o homem a gastar muito dinheiro com ela.

"O que é isso?" Ele perguntou deliberadamente.

Kelsey escondeu as sacolas atrás dela e disse: "Nada. São só algumas peças de roupa."

"Algumas peças de roupa?" Healy se levantou e pegou as sacolas. Ele olhou as etiquetas e disse: "Elas não parecem do tipo que você conseguiria pagar. Como as conseguiu?"

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