2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 34

Mais uma vez  eu estava abismada com os pratos de comida que estavam vazios na minha frente. Mas não era a única, Alexandre  me olhava descrente de como conseguia enfiar tanta carne em meu estômago Envergonhada  pego no guardanapo limpando a boca que ainda estava cheia do puré com ervilhas que acabara de engolir.

__ Precisas de mais alguma coisa?- Vasco estava com o garfo a caminho de sua boca especado  encarando Ângela como se tivesse visto algo muito anormal .

__ Não, não ...estou bem!!! - Clareio a garganta  desviando o olhar de Alexandre que parecia divertido ao me ver a comer  por dois lobisomens adultos. Ele pelo menos só bebia , mas naquele momento nem queria saber que tipo de bebida ele tinha no copo escuro. De imediato mordo o lábio quando observo Vasco olhando a a travessa  vazia da carne . Um pouco sem jeito o encaro. __ Desculpa...  não te  perguntei se querias a ultima fatia de carne.

__ Sem problema. - Vasco declara abocanhando o pedaço que restava em seu garfo.. __ Terei que ir ao mercado buscar pelo menos uns três quilos de carne para o jantar .

__ Sorte a vossa que eu só bebo líquidos . -Alexandre bebe um gole de sua bebida se recostando na cadeira curioso quando sua companheira se levanta .

__ Será que não há nada doce para sobremesa. - Mordendo o lábio abro a geladeira investigando seu conteúdo. __Não sei....parece que ainda me falta algo.

__ Ainda estás com fome ?- Vasco quase se engasga com uma batata que levava à boca no momento.

__ Bem...fome não tenho, é mais uma sensação de  que ... falta algo. - Faço uma careta quando ficam em silencio somente me encarando. __ Eu não tenho culpa...aposto que eu não levo nada do que como...- Esfrego meu ventre com carinho.__ Ele deve ser  guloso, insaciável...como os pais.

__ Nessa perspetiva podemos dizer  ...ou como a mãe! - Vasco sorri malicioso abanando as sobrancelhas.

__ Concordo !- Alexandre somente encara Ângela com um sorriso a puxando em seu colo, inspira profundamente em seu pescoço, antes de beijar a sua pele suave .

__ Não... eu não era assim...- Bufo ruborizando quando a boca de Alexandre me deixa completamente arrepiada . Tentando me soltar da tentação , rapidamente congelo quando um perfume delicioso se desprende dele. Rapidamente e sem aviso cresce água na minha boca, me fazendo inspirar em seu pescoço também. Gemendo, mordisco a pele, lambendo logo em seguida como se fosse algo doce. Um grunhido sai da boca de Alexandre, mas eu nem ligo, uma sede descontrolável cresce e sem sequer pensar enterro meus dentes , forçando a mordida perto de sua veia pulsante .Sinto Alexandre ficar tenso, assim como suas mãos que de repente apertam meu quadril com força. Sugando devagar fecho os olhos, gemendo  quando  um liquido metalizado surge  em minha língua, todo o meu ser vibra com uma nova energia e meu corpo finalmente se sacia lentamente.

__  Ângela ... - As mãos de Alexandre sobem pela cintura de sua companheira , alisando suas costas com ternura, sua voz se faz rouca, cheia de luxuria. __ Já chega!- Sua companheira estava em transe, viciada no sabor de seu sangue o que era normal quando humanos bebiam de vampiros . Ela choraminga quando uma de suas mãos agarra seu cabelo na nuca , a forçando afastar a boca de seu pescoço, por muito que ela desejasse ,a língua ainda desliza por sua pele , mas logo ele a retira com frustração de seu corpo, não poderia deixa-la beber mais dele. Alisando seu rosto com carinho beija a boca manchada de seu sangue, murmurando. __ Desculpa minha fêmea...mas há um limite .

__ Alexandre ?!-   Meus olhos se abrem,a confusão era evidente ao encarar o macho que agora me fitava com seus olhos negros maravilhosos. Provavelmente os meus estavam vidrados pois me sentia atordoada ,  como se tivesse ingerido uma droga forte e viciante. Alexandre me fitava com absoluta perplexidade, seu olhar recai em minha boca quando a ponta da minha língua desliza sobre os meus lábios, sugando cada pequeno vestígio que ainda me fizesse gemer com tão delicioso sabor .

__ Será possível? - Alexandre coloca subtilmente a mão em seu pescoço ao .encarar seu irmão completamente surpreso,

__ É  uma novidade para mim também. - Vasco continuava boquiaberto olhando Ângela com perplexidade._ Pode ser híbrido, da forma como ela come carne e agora ...isso.

__ Porque me olham desse jeito? - Saindo um pouco da minha dormência mental e física , os confronto, olhando um de cada vez . Seus rostos me analisavam cautelosos ,

__ Por nada ... - Alexandre de imediato beija sua fêmea com paixão,  quando ela tenta analisar uma mancha vermelha em seu pescoço. Ela solta um ofego quando chupa sua língua com veemência , colando seu corpo ao dela num abraço apertado. Ele não queria que ela ficasse em choque ao perceber que tinha ingerido sangue .

__Alexandre ?- Ele volta a acariciar meu rosto com uma admiração latente me deixando confusa por uns segundos . O que me faz colocar as mãos no quadril e questionar Vasco.__ O que se passa?

__ Bom...- Vasco suspira por sempre estar naquela situação com sua companheira, mas logo que ia abrir a boca a campainha toca e de imediato pula da cadeira murmurando com alivio ao correr para a porta de entrada  __ Bem na hora certa !

__ Fala ! -Levanto uma sobrancelha encarando Alexandre com  os lábios pressionados numa linha fina, uma expressão visível de aborrecimento por ignorarem as minhas perguntas.

__ Mais tarde...- Alexandre encara sua companheira com adoração e uma risada espontânea, o que era raro nele. Pelos visto Ângela fazia sobressair o melhor que havia nele . Ele pressiona seus lábios nos dela, mordiscando seu lábio inferior , murmurando.__Agora temos visitas.

__ Visitas ?- Questiono apreensiva , eles ainda não me tinham apresentado a ninguém como sua companheira , por isso fico nervosa quando Alexandre se levanta , me virando para a frente em seu abraço quando Vasco surge com a moça  que o alimentara  uns dias antes. Ela surgia de mão dada com seu companheiro , um casal apaixonada com toda a certeza da forma como o homem  a protegia com seu corpo quase colado ao dela. Seu sorriso era amigável quando eles deram com minha pessoa e eu tentei bloquear o ciume que surgia , de novo , em todo o meu ser.

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