4 -Vampiro Dos Meus Sonhos romance Capítulo 39

Acordei atordoada, me arrepiando quando me lembrei do que se tinha passado. A imagem de um quarto que eu bem conhecia estava perante os meus olhos, o que me deixou completamente aterrorizada. O quarto de Eduardo! Só isso já mostrava claramente os seus planos distorcidos, se ele me tocasse seria Nicholas capaz de me querer de novo ?

__Acordaste! - Eduardo aproximou-se como um predador perante a presa que desejava. __ Estava a começar a ficar inquieto.

__ Era preferivel  não acordar mais. - Respondi com uma voz seca, fria , distante. Seu cabelo longo estava amarrado, como habitualmente, ele era bem apessoado, porque não me deixava em paz. Qualquer mulher o podia amar como eu amava Nicholas.

__ Sabes o que eu passei enquanto esperava por ti?-   Eduardo fuzilou me com o olhar, os olhos azuis ficaram negros. __Agora, serás minha, um direito meu , há muito conquistado.

__ Tu não podes! - O corrigi furiosa.__Não tens qualquer direito sobre mim!

__ Quem disse? - Ele enrugou a testa de uma forma irritada. __ O destino nos juntou desde que vieste para esta casa. Eu vi-te crescer, vi-te ser desejada por outros, mas no fundo depois que te tive, soube que eras só para mim.

__ Pensas que vai ser assim que me vais fazer amar-te?- Eduardo sabia que nada tinha a ver com o destino, sempre me tinha visto como uma simples miúda até ao dia em que tinha partilhado a cama dele.

__ Claro que sim! - Nada alterou na expressão Eduardo, sua confiança parecia ser inabalavel.__ Com o tempo, aqui do meu lado, verás que eu sou o único  para ti. Te darei  tudo o que precisas para seres feliz.

__ Excepto amor. - Adicionei  num murmúrio. Só um idiota acreditaria que Eduardo tinha por mim outro sentimento que não fosse possessão. Ele aproximou-se com um semblante carregado, sombrio, perturbado, inspirando profundamente na minha direção.

__ Então foste amante dele... - Cerrou os dentes. O olhar dele passou pelo meu corpo de uma forma que me fez estremecer de medo. __Eu consigo ainda sentir o cheiro dele em ti.

― Se isso te incomoda tanto... - Declarei  irónica, meu olhar atento e cauteloso para cada movimento dele. __ Posso muito bem  tomar um banho.

__ Diz-me! - Um brilho avaliador começou a aparecer nos olhos de Eduardo. Em vez de me deixar em paz, ele sobe na cama , se inclinando sobre meu corpo, muito perto da minha boca. Reprimi um tremor enquanto aquele brilho perturbador ficava mais forte enquanto ele  murmurou. __ Farias isso só para me agradar?

A última coisa que eu faria, era agrada-lo, mas era preferível  que pensasse isso ate conseguir voltar a fugir. Também podia fingir que Nicholas não significava nada para mim e ele podia desistir de o perseguir.

__ Nós não tivemos muito tempo juntos. - Disse com um tom evasivo. Mas ele sorriu, pouco convencido das minhas palavras.__ Talvez eu e Nicholas não sejamos mesmo feitos um para o outro.

Eduardo simplesmente sorriu ao ouvir as minhas palavras , meu corpo me traira quando instintivamente recuei para fora da cama , me distanciando dele , de seu toque. Raiva surgiu em mim, queria esmagar aquele sorriso.Ele rapidamente pula sobre mim, me pegando com força pela cintura ,me  beijando suavemente no inicio passando à brusquidão quando tento evitar seus avanços.

__ QUeres fazer isto do modo mais dificil, não é? - Eduardo  em segundos me mantem presa pelos pulsos, retirando um lenço de seda da gaveta da mesinha ao lado da cama , ele me amarra, me deixando congelkada ao entrar em panico do que poderia vir a seguir.

__ Por favor! EDuardo ! Me solta !- Contorci- me tentando evitar ficar imobilizada e ele desfrutou do meu medo. Esta fixação que ele tinha desenvolvido por mim tinha nublado o bom julgamento. Quando o tentei golpear com um pontapé ele riu com a ideia de que tentasse vencê-lo. Isso nunca tinha lhe acontecido antes , apostava e eu  sabia que não ia permitir que ocorresse agora.  __Porque fazes isto? Sabes que mesmo tendo meu corpo ...eu nunca serei verdadeiramente tua.

__ Tu és MINHA! - Ele rosnou de raiva . __ Somente me foste tirada de mim. - Ele desliza a mão pelo meu rosto até aos meus seios, os olhos dele brilhavam com luxúria ,assim como suas presas , sabia o que ia acontecer e não ia gostar.  __Com o tempo acabarás por perceber o quanto me amas. 

__ Isso nunca acontecerá!- Minhas lagrimas brotavam agora de meus olhos. __ Sabes bem disso e tu nao me amas , nunca me amaste!

__ Sempre te amei. - Ele me encara como se tivesse convencido que o desejo de posse dele fosse amor puro. __ Desde aquela noite que te tive nos meus braços, que vi a paixão que despertei em ti. - Por momentos vi emoção em Eduardo. __ Tu entregaste-te totalmente para mim.

__ Eduardo, isso é obsessão. Se me amas mesmo, liberta-me e aí conversamos. - Quando sorriu e me olhou fixamente no pescoço, alarmei-me. __ Por favor não o faças, estas a condenar-te.

__ Não, não estou. - Inclinou-se para o meu pescoço e rosnou quando viu a marca de Nicholas.Eduardo finalmente fez uma das coisas que eu temia, ele cravou suas presas na minha pele e   bebeu meu sangue.

Ele estava ansioso e chupou com fúria. Como um drogado a precisar de uma nova dose. Ele sentiu que fiquei rígida e suavizou a mordida, quando levantou a cabeça, sorriu. Colocou as mãos na minha cintura e me puxou para ele. Ele estava excitado e fez questão de me mostrar isso ao se esfregar intensamente em meu corpo, beijando  minha boca até se sobressaltar com a batida na porta do quarto.

__ ENTRA.- Ele simplesmente rosnou sem deixar de se fixar em meu rosto que por esta altura estava cheio de lagrimas de desilusão, desespero.

André entrou e olhou para mim, a expressão dele tornou-se de perplexa para sombria.

__ Está feito Eduardo. - Um dos homens de Eduardo baixou a cabeça ao ver em que situação ele tinha apanhado seu Mestre.

__Tens a certeza?  - Eduardo se mostrava ansioso.__  Viram o corpo?

__ Não! - O homem quase que gaguejava , seu olhar se levanta um segundo para se fixar em Eduardo , mas logo  desvia ao ver a furia se instalando pela resposta dada. __Mas um dos homens voltou e disse que o viu com um golpe profundo no pescoço.

__ O que interessa é que  esteja morto. - Sorriu ironicamente. __ Não importa como.- O homem acena saindo rapidamente do quarto, fechando a porta atras dele. Eduardo se rejubila , olhando Christine . __ Agora és totalmente  e somente MINHA!

__ NÃO. - Gritei, as lágrimas rolaram com mais força pelas faces,  me contorcendo , tento soltar  as amarras de meus pulsos , meus dentes cerrados da raiva por ele ter provocado tudo aquilo. Eu queria mata-lo com minhas proprias mãos. __ Nicholas não pode estar morto. Não pode... não acredito.

__ Acredita Christine. __Ele segurou-me tão forte que ia deixar marcas na minha cintura.__ Não lutes contra o destino.

__Eduardo! - Uma voz forte soou no ar, meus olhos se desviaram daquele rosto que eu odiava com todas as minhas forças agora . André entrava no quarto bruscamente seus olhos negros. __ Acho que estas a passar dos limites do bom senso.

__ Nunca me questionaste! - Eduardo rosnou mostrando as presas.__ Te aconselho a não o fazeres agora , não   terei em conta os anos de amizade neste ponto.

Eduardo o olhava fixamente , como se esperasse um desafio de seu antigo amigo. Meus olhos suplicantes se fixaram nos dele por segundos , havia algo lá , mas não o suficiente para que André lutasse por mim. Ele simplesmente respira fundo me deixando a sós com aquele lunatico .

__ Acredita, finalmente estas onde pertences. - Disse rudemente segurando meu rosto com força para que o encarasse. __ Nunca devias ter saído daqui, o final seria o mesmo, mas com menos chatices.

__ Agora poderás ficar feliz! Pois sinto algo por ti...- Eu cuspi com raiva. __ Eu sinto, raiva ... ódio.

__ Nunca ouviste que ódio e amor são sentimentos que estão muito próximos.  - Inclinou-se um pouco no meu pescoço murmurando antes de me morder novamente .__ Terei toda a eternidade para te fazer mudar de ideias.

Tentei livrar-me do abraço dele, mas não consegui. Comecei a ter a vista nublada e senti as pernas a perderem a força, quando com cada chupão e cada gole feroz meu corpo ficava  sem acção, sentia-me flutuar até que senti os meus batimentos cardíacos diminuir.

Na minha a mente sabia, ele não ia parar , eu  iria morrer ! Ele não estava só a beber de mim, ele estava me condenando a uma vida eterna ligada a ele. Mas porque me havia de importar? Sem Nicholas não tinha nada, toda a existência se reduzia a um mundo em que nunca teria prazer em viver. Quando estava perto de perder a consciência ouvi um estrondo acompanhado por um rugido tão alto que me gelou o pouco sangue que ainda me restava. Com um leve sopro de ar, na minha garganta saiu a unica palavra que estava no meu pensamento ... "Nicholas."

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