Adotada Por Um Vampiro romance Capítulo 26

Larah On

Eu odeio esse mundo! Eu só queria me apaixonar e ser feliz, mas nada da certo para mim, humanos não merecem ter uma vida feliz e pacífica, é assim que todos pensam, não quero sair do quarto, não estou com vontade.

Fico horas no meu quarto sem vontade de comer nem sair, eu quero matar Diana por ter beijado Vinícius. Fico enrolada na coberta esperando o tempo passar para ver se esse sentimento horrível em meu peito passa, mas escuto batidas na porta.

Vinícius - por favor, abre a porta, nos precisamos conversar.

- VÁ EMBORA LOGO, EU TE ODEIO, NUNCA MAIS QUERO OLHAR NA SUA CARA. / falo colocando toda raiva em meu peito em minhas palavras.

Vinícius - eu sei que deve estar com muita raiva, mas eu não a beijei, foi ela que me beijou. / Suas explicações não fazem diferença para mim.

- MAS VOCÊ RESPONDEU O BEIJO! / falo gritando.

Vinícius - eu vi o Derick saindo do seu quarto, eu não estava pensando direito quando Dina me beijou.

- Dina? Ficou tão próximo dela para chamá-la assim? Eu não fiz nada com o Derick, ele não sente nada por mim! / Falo contendo as lágrimas de raiva, ódio e sofrimento.

Vinícius - eu só tenho olhos para você.

- você não se importa de verdade comigo! / Sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Vinícius - sabe que me importo demais com você.

- vá embora, não quero olhar na sua cara!

Vinícius - não sairei daqui sem você. / Fico sem saber o que falar.

- só me deixa sozinha. / Falo entre lágrimas.

Vinícius - tá... / Acho que ele foi embora.

Depois de ficar na cama por horas chorando, me levanto e vou para o banheiro, me olho no espelho, estou horrível, minha olheira está bem aparente, meu cabelo está todo bagunçado, minha cara está horrível.

- nunca pensei que sofrer por amor seria tão horrível. / Falo me olhando no espelho tentando forçar um sorriso.

Coloco a banheira para encher e espero alguns minutos, tiro minha roupa e entro, fico na água quente, não quero sair, é tão bom estar aqui, fecho meus olhos e sinto meu corpo adormecer, quem será a pessoa que eu ouvi ontem?

(...)

Abro meus olhos com alguém me puxando para fora da água, coloco a água que engoli para fora e respiro fundo, não consigo acreditar que me afoguei na banheira.

Danilo - estava tentando se matar? / Diz me olhando seriamente.

- eu só dormi enquanto tomava banho. / Falo ofegante.

Danilo - pensei que estava morta, ficou minutos   debaixo d'água. / Como assim minutos? Eu morri?

- tem certeza, acho que chegou na hora certa. / Falo e ele fica pensativo.

Danilo - não faça mais isso.

Me levanto da banheira e percebo que estou nua na frente do Danilo, ele está me vendo pelada e nem mostrou interesse, pego uma toalha e cubro meu corpo.

Danilo - está com essa expressão estranha por que te vi nua? / Pergunto me olhando esperando resposta.

- é sobre isso. / Falo querendo sair do banheiro, ele me puxa aproximando nossos corpos.

Danilo - é por que não estou de olhando com desejo? / Sua voz está estranhamente sedutora.

- sim.... / Falo sentindo em arrepio em meu corpo, ele aproxima seu rosto do meu pescoço.

Danilo - eu disfarço muito bem meus desejos, mas se quer saber, eu acho você muito atraente. / Diz sussurrando em meu ouvido, meu corpo se arrepia inteiro com uma simples frase, ouso a porta abrir, vejo Vinícius entrar, ele parece bem preocupado.

Vinícius - você está bem? / Tento voltar ao normal.

- sisim..... Estou bem. / Falo meio nervosa, acho que Vini percebeu.

Danilo - vou deixar vocês sozinhos. / Mas que filho da puta, me fez ficar estranha e agora terei que me explicar para Vinícius.

- eu preciso descansar. / Falo saindo do banheiro.

Vinícius - está rolando algo entre você e o Danilo? / Diz me olhando sério, fico tensa com o olhar dele.

- não, ele só falou algo que me deixou um pouco desconfortável.

Vinícius - o que? / Ele está sério.

- nada de mais, só elogiou minha aparência. / Falo tentando parecer o mais normal possível.

Vinícius - e você ficou mexida com isso não é?

- está com ciúme? Não fui eu que beijou outra pessoa! / Falo ficando brava.

Vinícius - só dormiu com o rei. / Seus olhos estão vermelhos mas não irei parar só por causa disso.

- acha que transei que Derick não é? Você realmente não confia em mim, vá embora logo, não tem mais nada que ligue a gente. / Falo com ódio.

Vinícius - se é isso que quer. / Vejo ele sair pela porta me deixando sozinha.

- não posso chorar, não posso chorar. / Fico repetindo isso para mim mesma, mas não funciona, tenho certeza que ele não está sofrendo, mas eu tô.

(...)

Já se passos três dias, Vinícius vai embora hoje, nós dois não conseguimos conversar desde aquele dia no quarto, eu ainda estou com raiva, isso tudo é culpa dele. Respiro fundo e vou para o banheiro me arrumar, pelo menos irei me despedir eu acho, por que sentir é tão difícil? Saio do quarto arrumada, pelo menos estou apresentável.

Derick - vai se despedir? / Seu olhar sério me faz ficar um pouco incomodada.

- sim....

Danilo - está assustando ela. / Vejo ele tocar no ombro de Deri.

Derick - te assustei? / Pergunta me olhando dessa vez mais calmo.

- me deixou incomodada. / Falo desviando o olhar.

Danilo - deve ser por que ele não gosta quando alguém mágoa a flor dele. / Diz com um tom de brincadeira.

Derick - fiquei preocupado com você trancada naquele quarto. / Ele se importa comigo mesmo! Não consigo conter um sorriso de felicidade.

Danilo - ué, você não estava triste há minutos atrás? / Ele sabe muito bem o motivo do meu sorriso.

Derick - gosto de ver você assim, minha Camélia. / Vejo Danilo olhar estranho para o irmão quando ele diz isso, não entendo eles.

- preciso me despedir, obrigada por me animar meu rei. / Falo correndo em direção a saída, vejo Vinícius em frente a um carro, ele parece não querer ir embora, seu olhar parece distante, vou até ele correndo.

Vinícius - pensei que me odiava tanto ao ponto de me deixar ir embora sem se despedir. / Diz forçando um sorriso.

- eu..... Eu nunca faria isso. / Falo olhando o chão, sinto a mão dele guiar meu olhar para os dele.

Vinícius - eu nunca iria preferir a Diana a você, por favor, vem comigo. / Diz me olhando seriamente.

- eu... eu não posso. / Falo querendo desviar o olhar mas ele não deixa.

Vinícius - mas por quê? Eu faria tudo por você. / Sinto que ele parece estar sofrendo mais que eu.

- eu preciso saber, preciso descobrir algo sobre mim que ainda não sei.

Vinícius - só me diz quando tempo precisarei te esperar. / Ele vai mesmo fazer isso por mim, tento não chorar.

- dois anos, mas não precisa prometer nada, entenderei se acabar se apaixonado por outra mulher.

Vinícius - sério? / Pergunta me olhando sem acreditar.

- não vou entender não. / Vejo que ele ri, ele se aproxima e me beija, respondo e ficamos assim até meu ar acabar.

Vinícius - irei voltar por você. / Fico olhando seus olhos verdes.

- assim espero. / Vejo ele entrar no carro.

Fico ali olhando o carro desaparecer ao longe, sinto lágrimas a caírem dos meus olhos, eu queria ficar com ele pelo resto da minha vida, mas eu preciso aguentar esses dois malditos anos. Entro no castelo e vejo Déborah rindo, ela adora ver a desgraça dos outros, como odeio essa cobra.

Deborah - como foi ver o homem que ama beijando outra? / Vontade de dar um tapa na cara dessa víbora.

- algo que uma cobra como você nunca vai sentir. / Falo na raiva, vejo ela vir em minha direção.

Derick - nem pense em usar força física contra ela. / Diz a olhando bravo.

Deborah - ela chamou sua futura noiva de cobra! / Odeio quando ela fala na segunda pessoa.

Derick - ela vai ter aulas de etiqueta de novo. / Diz me olhando sério.

- mas eu.....

Derick - vai contrariar minha decisão? / Pergunta me olhando.

- não irei meu rei. / Falo ainda brava com aquela diaba.

Derick - ótimo. / Vejo ele andar para a porta.

- espera um pouco... meu mestre. / As vezes esqueço que sempre tenho que colocar mestre ou rei no final.

Derick - o que foi? / Ele parece um pouquinho sério.

- quem vai ser meu professor? / Acredite, essa pergunta é muito importante.

Derick - não se preocupe, não será uma aula severa, seu professor será o David. / Era só o que faltava.

- obrigada, meu rei. / Falo e espero ele sair.

Déborah - agora sim está sendo tratada como uma devida empregada. / Respiro fundo e saio dali.

Vou para o meu quarto cheia de raiva, começo a bater no meu travesseiro descontando todo o ódio que sinto por aquela víbora desgraçada.

David - interessante, parece estar com raiva. / Caio da cama surpresa, não esperava ele ali.

- o que está fazendo aqui seu....

David - está desrespeitando seu professor? Sabe que se fizer isso terei que punir você. / Seu sorriso malicioso mostra que ele irá se divertir muito com isso.

- mas.....

David - não se esqueça do meu lorde no final das frases, sou o irmão do rei não esqueça disso. / Que filho da puta!

- eu não preciso disso, eu sei ser educada.

David - não, não sabe, Derick sempre afrouxou as regras para você, mas agora não é mais criança como posso ver. / Diz olhando meu corpo.

- você é igual ao Daniel...

David - está quebrando a regra 40, nunca comparar vampiros. / Diz me rondando.

- o que vai acontecer comigo se eu quebrar as regras? / Falo com um pouco de medo.

David - será punida, a única coisa que não posso fazer com você é de estuprar, aqui isso significa não penetrar você, mas todas as outras coisas eu posso. / Ele acabou de dizer que vai me assediar?

- mas.....

David - aproveite, esse é o único dia que não terá punição / diz sentando em minha cama.

- quem devo respeitar?

David - todo os vampiros, isso inclui a Déborah, infelizmente, logo ela será rainha, pense bem como tratá-la.

- ela vai querer me matar mesmo que eu não faça nada./ falo já odiando isso.

David - acho que por hoje é só, até amanhã. / Diz com um sorriso que me deixa toda arrepiada, sinto que ferrou, vejo ele sair pela porta.

- minha vida não podia piorar mais. / Falo caindo na cama.

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