Contrato de Amor(Completo) romance Capítulo 12

Fazia uma semana que Jessica não via Jared no escritório. Os comentários afirmavam que ele estava envolvido em um caso importante sobre imigrantes ilegais. Logo depois do expediente, Jessica saiu da empresa Hunt e associados e ficou observando o céu estrelado, dando-se conta que há muito tempo não fazia isso. Parou próxima ao ponto de ônibus ao ver Fernando, ele estava parado, olhando para ela. Caminhou ate o ponto de ônibus sem importar-se com ele.

–Jessica, há quanto tempo – Fernando a cumprimentou, aproximando-se dela.

–Olá Fernando. – disse friamente.

–Onde está o seu namorado briguento?

–Ele está ocupado.

–Então deixou a donzela solitária e sem proteção?

–O que quer Fernando? – Jessica perguntou encarando-o.

–Deixarei os jogos de lado – falou sorrindo – eu quero você, Jessica.

–Como é?

–Eu quero tentar novamente.

–Tentar o que? – disse rindo – eu e você? Poupe-me.

–Droga Jessica. Estou arrependido.

–Você esta apenas com o ego machucado, isso passa.

–Vamos conversar apenas, está bem? – perguntou suavemente – podemos ir para algum bar, e apenas conversar.

–Está bem – disse por fim enquanto o seguia ate o seu carro.

Fernando sorriu vitorioso. Ele a levou ate um pub muito conhecido, o Black Cherry. Logo que entraram, Fernando sorriu ao ver um conhecido no meio da multidão. Ele levou Jessica ate o bar e sentou-se ao lado dela.

– O que quer conversar Fernando? – Jessica perguntou sem paciência – ao contrario de você, eu tenho o que fazer.

–Minha linda, você não sabe como eu me senti ao vê-la com Jared – disse acariciando o rosto dela – fiquei imaginando vocês na mesma cama, e não consegui dormir.

–Diga logo de uma vez. O que você quer? – A sua mente é tão suja que tenho medo de falar algo e você se convidar para dormir comigo e Jared – pensou ao olhar para ele.

–Quero você de volta em minha vida. Sei que não me esqueceu – falou aproximando-se lentamente dela – diga que você nunca me esqueceu, Jessica. – ele pediu enquanto encostava os seus lábios nos dela, delicadamente, mas ao tentar aprofundar o beijo percebeu que Jessica se debatia, tentando afastar-se dele.

–Seu grande filho da mãe – gritou o afastando, limpou a boca com o dorso da mãe – nunca mais me procure. Você me dá nojo, eu fico com ânsia em apenas olhar para a sua cara – falou antes de bater em seu rosto, saindo furiosa, atraindo os olhares de alguns curiosos.

Um homem aproximou-se de Fernando com uma maquina nas mãos.

–Tirou a foto? – Fernando perguntou enquanto acariciava o rosto avermelhado.

–Tirei, mas não ficou como queria, veja o senhor mesmo – falou colocando a câmera digital nas mãos de Fernando – é perceptível que o beijo foi contra a vontade dela.

–Isso é o de menos, pelo menos eu tenho alguma coisa – disse sorrindo misteriosamente enquanto olhava para a foto.

Jessica chegou em casa pálida e com raiva. Ela ainda não conseguia acreditar no que Fernando tinha feito e o mais importante, ela não conseguia entender porque não tinha sentido nada. Tomou um banho demorado e deitou-se, mas o sono não apareceu apenas a angustia esteve presente a noite toda.

O elevador parou no vigésimo andar e dele saiu Jared Hunt. Ele estava segurando uma sacola enquanto caminhava em direção a sala de recursos humanos. Parou em frente à porta ficando tentado a entrar sem bater, mas sorriu e decidiu-se por bater. Ao escutar a permissão para entrar, entrou surpreso com a visão que estava tendo. Jessica estava pálida e com profundas olheiras.

–O que aconteceu com você? – ele perguntou colocando a sacola de lado e indo em direção a ela – você esta doente?

–Não, apenas não dormi esta noite. – olhou curiosa para ele – está preocupado?

–Preocupado? Não crie ilusões, apenas quero saber onde investi o meu dinheiro – falou sério -E porque isso? De não conseguir dormir? Ate onde eu me lembre, você dorme em qualquer lugar como uma idosa, a qual é a realidade.

–Seu fedelho, a sua sorte é que não estou de bom humor – disse o encarando - É uma longa historia que provavelmente não valera a pena ser lembrada. – falou forçando um sorriso – mas o que veio fazer aqui e porque bateu na porta? O mundo vai acabar Jared Hunt está educado. – ironizou sorrindo.

–Muito engraçado – disse frio, pegando a sacola do chão e depositando em cima da mesa dela.

–Espero que esteja repleta de dinheiro, se não eu estou dispensando.

–Minha mãe que mandou.

–Oh, que gentil – falou enquanto pegava a sacola e olhava surpresa – tem certeza que isso é pra mim? Digo, não estamos namorando de verdade.

–Ela pediu para lhe dar e não vejo mal algum.

–Obrigada então – agradeceu admirando o broche de diamantes da Tiffany – eu não vou aceitar isso, é muito caro – disse colocando de volta na sacola – pode levar.

–Eu não vou levar.

–Vai sim.

–Se eu levar serei morto. Se não quiser fale com ela.

–Ei! Você é o filho dela. Você não deveria ter medo dela, sabia?

–Erro seu, por ser o filho dela, que sei do que ela é capaz – abriu a porta da sala – se não quiser devolva a ela pessoalmente e me espere que hoje irei te levar em casa – disse indo embora.

–Seu fracote – disse ao vê-lo sair. Segundos depois voltou a sua atenção para o trabalho – quanto mais cedo terminar, mais cedo vou embora – falou motivando-se.

Jessica saiu no horário e ao descer no saguão, percebeu que Jared não estava lá. Aproximou-se da portaria e perguntou por Jared.

–O senhor Hunt ainda não saiu, senhorita.

–Obrigada – Jessica agradeceu pegando o elevador novamente e apertando o botão da cobertura. Saiu do elevador um tanto desnorteada, aproximou-se da secretária – Com licença, Jared... Quero dizer o senhor Hunt está?

–Quem deseja?

–Jessica Belinazzo.

–Ah sim, a namorada dele – comentou sorrindo – um momento senhorita Belinazzo.

–Então as fofocas chegaram ate aqui? – Jessica pensou limitando-se a observar o lugar.

A secretaria pegou o telefone e em poucos minutos estava guiando Jessica ate a sala de Jared. A mesma abriu a porta para Jessica, fechando-a logo em seguida. Ao olhar para frente viu Jared sentado em sua mesa ainda trabalhando.

–Oi Jessica, tive que resolver alguns problemas – explicou-se olhando para ela – se quiser posso pedir a alguém para te deixar em casa.

–Não precisa – falou indo em direção a saída, mas virou-se – Quando terminar, você aceitaria beber comigo? – ao ver o olhar intrigado dele, decidiu se explicar – é solitário e triste, beber sozinha.

–Vou terminar em trinta minutos talvez quarenta – falou após ponderar o que estava prestes a fazer – mas se quiser esperar, aceitarei beber com você.

Jessica sorriu e sentou-se em um sofá que ficava no canto da sala. Pegou uma revista e começou a ler tentando não se intimidar com o olhar de Jared.

Quarenta e cinco minutos depois Jared levantou-se e saiu da sala com Jessica. Caminharam em silencio ate o carro dele.

–Algum lugar em especial? – perguntou ao ligar o carro.

–Não, quero apenas beber.

–Típica frase de alcoólatra – comentou ao olhar para ela -Pelo menos dessa vez eu sei onde você mora – falou indo em direção a um bar que conhecia.

Jessica já estava na segunda garrafa de uísque quando Jared levantou-se para pagar a conta ao tentar levantá-la, ela protestou.

–Eu não vou agora, irei apenas... Quando meu coração não estiver dolorido.

–Isso pode demorar a vida toda e duvido que eles tenham estoque – disse tentando novamente – vamos embora.

–Não vou.

–Isso que dá sair com alcoólatra. – falou sentando-se novamente – mas porque esta bebendo tanto?

–Para aplacar a dor do meu coração – disse enquanto batia no peito – ele está machucado e dolorido.

–Quem o machucou assim? – perguntou distraído para passar o tempo.

–Fernando – disse enquanto bebia outro copo.

–Vocês se viram? – perguntou começando a se interessar.

–Sim, ele foi me procurar na saída do trabalho. Acredita? Me levou para um bar e me beijou. A força. – completou bebendo outro copo – não sei como gostei dele.

–E o que aconteceu depois?

–Eu bati nele e sai de lá – disse sorrindo com os olhos começando a fechar – me desculpe, mas não poderei mais beber com o senhor – falou antes de cair sob a mesa, adormecida.

–Sempre que bebe faz essas cenas? Que horror – Jared a pegou nos braços e saiu em direção ao carro.

Ao vê-la desacorda em seu carro ficou sem saber para onde levá-la. Ligou o carro e dirigiu para a sua casa, arrependendo-se pela sua impetuosidade.

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