Contrato de Amor(Completo) romance Capítulo 49

Thomas suspirou ao olhar pela janela de sua casa. Ele havia se mudado há quase um ano e sentia-se inebriado pela beleza de Austrália. Às vezes pegava-se pensando em Jessica, mas com o tempo a saudade foi diminuindo juntamente com o amor que sentia. Em uma noite quente, ao andar pelo bairro ele esbarrou-se em uma mulher e sorriu para ela, da mesma forma que havia feito para Jessica. A única diferença é que ela sorriu de volta de um jeito caloroso e receptível. Ele se desculpou a partir daí começaram a se ver. Respirou fundo ao sentir ela o abraçar por trás. Sorriu ao segurar em suas mãos.

—Não sabia que tinha acordado – ela falou manhosa.

—É, estava pensando em muitas coisas.

—Em que?

—Daqui a pouco terei que voltar e...

—Eu sei, não se preocupe comigo. Ficarei bem.

—Não ficará – falou virando-se para ela – sabe? Eu realmente não esperava me apaixonar ao vir pra cá, mas aconteceu e eu a amo. Não sei se é certo, mas você quer vir comigo? Se não quiser posso me mudar para cá, mas desejo ficar ao seu lado.

—Thomas – sorriu acariciando o seu rosto – não seja bobo. Mesmo se não tivesse falado nada, eu teria ido atrás de você e sabe por quê? Porque eu amo, mas do que já amei alguém antes.

Eles sorriam cúmplices. Thomas a puxou para si e a beijou, selando o compromisso entre eles.

Fernando caminhou entre a multidão e sorriu ao ver uma mulher acenando para ele. Aproximou-se dela e a beijou.

—Estou atrasado? – perguntou sorridente.

—Um pouco – disse arrumando o seu casaco. – vamos jantar? Meus pais já estão lhe esperando.

—Claro. – sorriu. Ele iria ficar noivo dela. Entraram no restaurante e ele logo viu a sua namorada sendo abraçada por uma loura estonteante. Sorriu para ela, discretamente, e a cumprimentou. – Prazer, Fernando. A seu dispor.

—Carla – disse mordendo o lábio inferior enquanto o olhava.

—Vou falar com meus pais e já volto – a namorada de Fernando falou saindo, deixando-os a sós.

—E então o que faz da vida? – Carla perguntou sorrindo.

—Posso fazer tudo o que quiser. É só deixar o seu telefone.

—Está dando em cima de mim, quando namora uma amiga minha?

—Estou.

—Aqui está – disse após retirar um pequeno cartão de sua bolsa- me ligue e vamos conversar melhor sobre isso.

—Com toda a certeza – acrescentou sorrindo. Guardou o cartão no bolso sorrindo. A sua namorada voltou, despediu-se de sua amiga e levou Fernando para conhecer os seus pais. Ele pediu a mão dela naquele restaurante e no mesmo dia encontrou-se com Carla. Começando um caso com ela. Fernando não havia aprendido nada.

Alexis pegou um macacão branco de bebe e olhou incerta para ele. Não tinha idéia do que deveria dar para o primeiro filho de alguém. Ela nem sabia o sexo ainda. Pegou um par de sapatos brancos, um chapéu amarelo e um urso. Colocou tudo em cima do caixa e voltou para pegar um pacote de fralda.

—O bebe vai ser tão pequeno, será que esse tamanho está bom? – falou sozinha com a fralda na mão.

—Primeiro filho? – um homem alto, com lindos olhos azuis e um sorriso doce perguntou a ela.

—Não. Estou comprando para uma amiga, mas não sei o que levar. É o primeiro filho dela. Ele ainda nem nasceu – sorriu.

—Acho que fez tudo certo, mas a fralda tem que ser menor.

—Ah, obrigada. Tem filho?

—Sim, uma linda menina.

—Meus parabéns.

—Obrigado.

—É louvável ver um pai andando por ai comprando mamadeira se fraldas – sorriu. – está de parabéns.

—Não tenho muita alternativa. Minha esposa morreu no parto.

—Oh, sinto muito. Não deveria falar essas coisas.

—Sem problemas – sorriu – não tinha como saber.

Sorriram um para o outro e não demoraram em estarem conversando alegremente. Vinicius era um renomado arquiteto e estava a procura de um amor, enquanto Alexis estava a procura dele por toda a vida. Ao sair da loja trocaram telefones. Ela não deixaria ele sair de sua vida tão facilmente.

Jessica sorriu ao acordar ao lado de Jared. Eles haviam se casado dois meses depois de seu pedido e viviam felizes juntos. Com a ida de Thomas para a Austrália, ela teve uma promoção em seu trabalho e acabou subindo de cargo. Ficou feliz, pois estava crescendo sozinha e sem precisar abandonar a sua família. Levantou-se da cama e foi para o banheiro tomar banho, mas logo sentiu-se enjoada. Tenho que agüentar isso por mais alguns meses e depois passa, pensou ao sentir uma ânsia de vomito. Ao chegar na cozinha, quarenta minutos depois, encontrou seu marido, Jared, cozinhando. Desde que se casaram Jared fazia o café da manhã para ela todas as manhãs. Colocava tudo o que ela mais gostava. Ela não acreditava que pudesse ser tão feliz. Ele nunca a traiu ou a deixou esperando. Ele mostrava-se mais apaixonado por ela a cada minuto que se passava. Jessica aproximou-se e o beijou no pescoço.

—Bom dia senhora – falou sorrindo. A mania dele em perturbá-la só havia crescido durante o ano em que estavam juntos – minha mãe quer que passemos o final de semana na casa de campo, quer ir?

—Acho melhor não – disse torcendo o nariz.

—Por quê?

—Não estou muito bem para viagens. – disse fazendo com que ele se voltasse e a encarasse.

—Está doente?

—Seu salário.... A empresa anda faturando bem?

—Como?

—Seu salário continua alto, não é?

—Sim, mas porque...

—Temo que de agora em diante terei que dividir o meu amor que tenho por você.

—Do que está falando? – perguntou confuso.

—Bem... Você terá que ser forte hein – disse o encarando, segurando-se para não rir. Começou a passar a mão pela sua, própria, barriga e sorriu – estou esperando um mini arrogante e egocêntrico.

—Está grávida? – indagou assustado.

—Sim. A não ser que eu tenha comido uma melancia inteira, o que duvido muito. Porque ela me deixa enjoada ultimamente.

—Jessica...

—Sim?

—Eu vou ser pai?

—Vai.

Jared esqueceu-se do fogo e com um sorriso no rosto a abraçou. Colocou a mão sobre a barriga dela e a beijou.

—Não esta mentindo, não é?

—Não. – sorriu – só espero que ele não seja tão chato quanto você.

—E eu espero que não seja tão ranzinza quanto você, se não imagine.

—Verdade, mas ele seria perfeito se fosse tão egoísta, chato, egocêntrico como você e sabe por quê? Porque teria persistência para correr atrás do que quisesse, afinal ele acreditaria sempre em si mesmo.

—E será ótimo que seja ranzinza como você porque ele vai mostrar ter bom coração, ingenuidade e será um ótimo ouvinte. Como você sempre é para mim. Eu te amo.

—Também te amo fedelho – disse o enlaçando pelo pescoço, beijando-o.

Jin Ho corria entre os carros. Ele estava arrumado com terno preto e calças pretas de linho. Havia saído do taxi quando percebeu que estava atrasado. Saiu do taxi e começou a correr. Ele sabia que se chegasse atrasado, mais do que já estava, Natalie o mataria. Não demorou para ver a imponente igreja a sua frente. Ao subir as escadas viu Natalie e no mesmo momento sentiu-se tonto. Ela havia o nocauteado com a sua beleza. Ela parecia uma princesa com o vestido branco tomara que caia, com a saia esvoaçante e um véu cumprido. Aproximou-se dela com um sorriso no rosto e ela bateu nele com o buque.

—Como consegue chegar atrasado em seu próprio casamento? – perguntou indignada.

—A culpa não foi minha estava tudo engarrafado e tive que correr ate aqui, sabia?

—Se você se atrasar assim pro nascimento de seu filho, eu te mato. Você tem sete meses para se preparar e é bom começar logo.

—Como? Sete? Mas não são nove meses? – a olhou durante alguns segundos ate ver um sorriso em sua face – você está grávida? – e antes que ela pudesse falar algo, as portas da igreja se abriram. Todos se voltaram para o casal e ao invés dele andar ao lado dele, ficou parado na porta a encarando ainda.

—Você não vem? – ela perguntou calma dentro da igreja.

—Você está grávida? Mesmo? – perguntou alto, fazendo com que a sua ecoasse por todo o recinto.

—Estou então vamos adiantar antes que a minha barriga cresça demais e eu não caiba nesse vestido?

Jin Ho sorria enquanto caminhavam em sua direção, mas não ficou ao seu lado. Ele segurou em sua cintura e a levantou, a rodopiando. Os gritos dela, de felicidade, eram motivos de sorrisos para todos os presentes dentre eles, um casal em especial abraçado no altar. Jared e Jessica haviam sido escolhidos como os padrinhos deles, afinal por causa deles Natalie e Jin Ho estavam juntos.

Jessica segurou na mão de Jared e sorriu para ele.

—Eu te amo – sussurrou em seu ouvido.

—Também te amo – disse a encarando sem importar-se em estar falando alto – para todo o sempre.

Ambos sorriram e beijaram-se coincidindo com o beijo de Natalia e Jin Ho na entrada da igreja.

Fim.

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