Os dias passavam rapidamente, Jessica empenhava-se em encontrar algum emprego que gostasse enquanto a sua mãe insistia para que ela fosse a encontros.
Uma mulher vestida com um casaco vermelho andava apressada pelas ruas de Londres sem importar-se por estar esbarrando nas pessoas. Parou em frente a um grande edifício e entrou, sem antes respirar fundo. Dirigiu-se a recepcionista e em questão de minutos estava sentada em uma sala de espera.
–Senhorita Belinazzo? - perguntou uma secretaria.
–Sim.
–O senhor Campbell esta a esperando, pode ir.
Jessica agradeceu e entrou em uma enorme sala. Olhou para o homem sentando do outro lado da mesa e sorriu.
–Pode sentar senhorita Belinazzo – Um homem alto disse a Jessica. – Pelo que vejo em seu currículo a senhorita está empregada em uma das melhores empresas de advocacia do país. Não entendo o motivo da mudança brusca.
–Senhor Campbell, trabalhar na Hunt e associados é incrível, tive a oportunidade de aprender muito com eles, entretanto, por motivos pessoais quero sair de lá e buscar novas oportunidades.
–Seu salário aqui não será grande coisa – disse exibindo os alvos dentes – mas como o seu currículo é impressionante, não vejo problema em empregá-la.
–Muito obrigada.
–Entre com o pedido de demissão e dentro de uma semana a quinze dias volte para ser empregada, presumo que ainda não deu entrada, não foi?
–Ainda não senhor.
–Não tem problema, irei deixar tudo esclarecido com o pessoal do Rh – levantou-se da mesa e foi ate Jessica – Bem vinda a nossa revista e ao seu cargo de redatora, Senhorita Belinazzo. – disse estendendo a mão.
–Muita obrigada. – Agradeceu apertando a mão dele – Não irei lhe decepcionar. – disse sorrindo.
Jessica caminhou para a empresa Hunt e associados, sentindo-se leve em imaginar que ela iria ficar livre de Jared. Entrou apressada na empresa e foi em direção ao seu supervisor, onde não teve uma noticia agradável.
–Como assim você não pode aceitar a minha demissão? – Jessica perguntou furiosa. – Isso é ridículo.
–Sinto muito, mas o senhor Hunt deixou ordens claras para que eu não aceitasse nenhum pedido de demissão feito pela senhorita.
–Aquele desgraçado – falou furiosa.
–Jessica, aproveite a oportunidade, isso quer dizer que ele é um homem bom, pois logo depois que terminaram ele continua prezando a sua amizade. Ele apenas não quer que passe por dificuldades.
–Eu vou passar por problemas se continuar aqui – disse saindo da sala indo em direção a sala de Jared. Saiu furiosa do elevador – Quero falar com Jared – Jessica disse enquanto olhava de forma séria para a secretaria dele.
–Um.. um momento senhorita Belinazzo, vou avisar que está aqui. Senhor Hunt? – A secretaria falava tremula ao telefone – a senhorita Belinazzo quer falar com o senhor, sim. – desligou – pode entrar, ele está a esperando.
Jared sorriu ao vê-la entrar pela porta furiosa, ele já imaginava que a qualquer momento isso iria acontecer.
–Jessica, a que devo a visita?
–Seu porco nojento, desgraçado – Jessica gritava no meio da sala – qual o seu problema? Quer acabar com a minha vida é?
–Não sei do que está falando – falou cinicamente – quer um café ou um chá para se acalmar?
–Pare de brincar comigo. – gritou – assine logo a droga da minha carta de demissão.
–Por quê? Já tem algum emprego em vista?
–Sim, já tenho.
–Eu pago o dobro – disse impassível.
–Assine a DROGA DA MINHA DEMISSÃO, Seu louco.
–Você é a primeira pessoa que conheço que faz tanta questão em ser demitida – sorriu – problemas pessoais tem que ser separados do profissional, sabia?
–Meu único problema nessa empresa se chama Jared Lewis Hunt, e como você é o dono, não vejo outro modo há não ser me demitir.
–Decisão sensata, mas com algumas brechas.
–Hã?
–Como eu sou o dono, nada acontece sem que eu saiba ou queira. E não quero que saia daqui.
–Como?
–Não quero que saia ate que me pague às cinco mil libras.
– Ok– Jessica andou ate a mesa dele, pegou um papel e uma caneta. Escreveu rapidamente e entregou a ele.
–Você esta brincando? – Jared perguntou ao ler: Este papel vale cinco Mil Libras.
–Você que começou a brincar, alguns dias atrás disse que eu não precisava pagar, agora fica dizendo essas coisas ridículas?
–Eu não estava em meu juízo perfeito, agora estou então me pague e eu te deixo em paz.
–Ok, eu vou te pagar sim, seu idiota pode esperar – Jessica disse saindo da sala dele.
Jared ficou olhando Jessica sair furiosa de sua sala, e logo depois sorriu voltando a sua atenção para os papeis que encontravam-se em sua frente.
–O que aquele idiota está pensando? – Jessica falava sozinha em sua sala – Como posso ser despedida em menos de uma semana? – perguntou-se e sorriu ao se dar conta da resposta – Vamos ver se você não vai me demitir, Jared.
Alexandra não conseguia acreditar no que a sua assistente estava lhe contando. Sentou-se no sofá para se acalmar e olhou furiosa para ela.
–Prepare o carro, vou ver Jared agora mesmo – ordenou.
O motorista de Alexandra Hunt sorriu disfarçado ao vê-la entrar no carro, furiosa, ele sabia que aquele dia seria divertido. Minutos depois estacionou em frente à empresa Hunt e associados. Alexandra saiu rapidamente e logo estava de frente para a secretaria de Jared.
–Senhora Hunt, eu vou anunciá-la.
–Não precisa, eu sei o caminho – Alexandra disse passando pela secretaria e andando ate a sala de Jared – Seu moleque – Alexandra gritou ao abrir a porta – o que pensa que está fazendo?
–Hoje é o dia internacional grite com Jared ao abrir a porta? – perguntou com sarcasmo – o que aconteceu? Pensei que a senhora fosse mais educada.
–Posso saber o motivo de você ter voltado com Natalie?
–Pelo visto as noticias correm rápido. – falou sorrindo para Alexandra.
–Estou esperando a resposta.
–Ela voltou e resolvemos começar do zero, simples.
–E Jessica? Você é algum moleque? Não se lembra do que ela fez para você?
–Esse assunto não lhe diz respeito, Mãe.
–Eu não aceito o seu namoro com ela. – disse séria.
–A senhora aceitando ou não, minha opinião não vai mudar.
–Você quer ver a sua mãe morta por desgosto?
–Vaso ruim não quebra fácil – disse sorrindo – agora quando eu descobrir quem é o seu espião aqui na empresa, vou demiti-lo na mesma hora.
–Eu... Eu não sei sobre o que está falando – gaguejou – Não quero ver Natalie em minha frente, entendeu? Nada de levá-la lá em casa – falou saindo. No saguão pegou o celular e discou um numero – Sou eu. Tenha mais cuidado, Jared já está sabendo de sua existência apenas não descobriu quem é. Certo. Adeus – desligou o celular e entrou no carro.
–Sim? – Jared disse atendendo o seu telefone – Como senhorita Martins? Pode passar a ligação – esperou após alguns segundos – Oi Nat, o que houve? Passar aqui à noite? É melhor não, tenho muito trabalho, certo amanhã nos vemos. – desligou o telefone e suspirou.
Natalie estava sentada em casa com o telefone em sua mão, ela entendia que Jared tinha trabalho a fazer, mas algo não estava encaixando naquela historia. Colocou o telefone no gancho e saiu do sofá.
–Se ele não quer a minha companhia tenho amigos que vão adorar me ver – disse sorrindo indo em direção ao quarto. Saiu de casa uma hora depois e foi em direção ao centro de Londres encontrar-se com um amigo, muito estimado. Chegou lá e viu um homem alto, de descendência coreana vestido com um sobretudo preto, caminhou ate ele e sorriu ao ver o semblante de surpresa dele.
–Jin Ho meu grande amigo – Natalie disse abraçando-o – como foi à viagem?
–Cansativa e como está tudo por aqui? Conseguiu rever o seu namorado?
–Consegui, estamos juntos de novo.
–Isso é ótimo – disse sem entusiasmo – mas ele voltou sem falar nada?
–É eu sou maravilhosa, esqueceu? – falou sorrindo – já conheceu Londres? Se não conheceu você acabou de ganhar uma guia muito especial, hein.
–Eu vou adorar conhecer a cidade com você. – segurou na mão dela – vamos?
–Claro – disse rindo enquanto o conduzia pela cidade.
A tarde passou de forma tranqüila e divertida para Natalie. Ela mostrava a cidade para seu amigo, sem perceber os olhares que ele lançava para ela e as demonstrações de carinho que ele fazia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato de Amor(Completo)