No Morro romance Capítulo 6

Maria Isis - NARRANDO

Eu estou esperando Solange ficar pronta a meia hora, sem brincadeira nenhuma, meia hora e nada dela descer, eu espero que ela saia daquele quarto com brilho na buceta, demora da porra, ela entrou antes de mim pra se arrumar, eu fico puta com essas coisas.

- vamo caralho- grito lá debaixo

- tô descendo - grita de volta

Depois de alguns minutos ela desce

- Esse tempo todinho pra isso ? - falo tirando onda

- Tá feio é? - fala nervosa

- Não amiga, eu tava brincando, desculpa, você tá gata demais

- sério?

- Eu minto por acaso, Solange?

- Nunca

A gente sai de casa e sobe andando mesmo, não sou rica para tá gastando desse jeito, e gasolina tá caro demais, essa porra parece que é ouro em líquido pq tá foda viu... inflação, inflação

- Eu quero que toque todo tipo de música vu, se não viu ficar puta - digo

- Tu fica puta por tu também

- Vou te ignorar, pra não ficar puta - Rio

Logo a gente escuta o paredão, passinho é o auge nega, tá no auge, e olha que assim que lançou eu pensei que era só de meses, mas faz mó cota que lançou esse estilo e continuam lançando mais e mais dancinha, gosto assim, são músicas podres mas a batida é muito boa, se você não acha, escute de novo pq você escutou errado

- ME DESCULPA PAI, ME DESCULPA MÃE, HOJE EU VOU SARRAR NO CHEFE DA CINTURA IGNORANTE - canto alto, já indo pegar minha breja

- Lobão quer vu - Sol diz

- Vai tomar no cu - falei pra Sol e pedi pro barman - A sua melhor cachaça forte

- Tem vodka que é um coquetel de limão

- ousadia, adoroo - Sol falou

- Traz duas - ele volta com uma garrafa de 500ml - deu quanto?

- 20 reais - entrego o dinheiro pra ele e vamos pro meio do baile

Logo um vapor pedi pra gente subir, open bar lá vamos nós

- tô com raiva do cobra

- novidade, quando tu não tá

- É sério

- Então aproveita a cachaça nas custas deles e segue o baile, bebi bem muito e depois vai pegar outro lá embaixo

- terrível, tu és

- A gente tenta

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Estava olhando o movimento lá embaixo, já que sol tava brigando com cobra de um lado e no outro Lobão tava com umas mulheres em volta e conversando com os moleques, acho que vapores dele. Então foi o que me restou, ficar olhando o movimento. Logo começa a tocar - Agora que eu cresci - minha gente que música maravilhosa, batida perfeita

- quando eu era pequena não gostava de apanhar mas depois que a gente cresce tudo muda se você me perguntar eu vou ter que te falar que eu adoro é levar tapa na bunda - canto e rebolo ao mesmo tempo

EITA PORRA, COMO EU NUNCA VIM PROS BAILES DAQUI ? PORRA

Tô dançando quando sinto alguém sarrando atrás de mim, em dias normais eu ficaria muito puta mas eu gostei que era ele, aí eu me soltei mais.

Eu rebolava pra ele, enquanto sentia sua mão na minha cintura e seu membro ficando duro, quando ele me vira de frente e me aperta pra si, e ali toma meus lábios, aquele beijo bruto e selvagem, com muito desejo de ambas as partes, ele desce sua mão pra minha bunda e juro que se a gente não estivesse num local público, eu já estava nua pedindo por mais.

-Caralho morena, preciso sair daqui contigo - falo no meu ouvido

- Demorou pra pedir viu

Ele pega minha mão e estamos saindo do baile, quando escutamos tiro

- porra, invasão, esse caralho - A gente continua descendo o morro quando vimos dois policiais do Bope

- Pegamos um ratinho e uma ratinha correndo, tem cara de bandido - Bope 1

- Essa princesa aqui dá um caldo, tinha mais futuro como minha esposa - Bope 2

- Não tenho futuro sendo mulher de ninguém- falo e recebo um tapa no rosto

- Deixa ela rapá- Lobão fala

- Quer dar uma de brabo sem ter ao menos uma arma, é corajoso - me lembrei da arma que eu tinha na minha bolsa, não vou levar um tapa e ficar calada não

Puxo minha arma, dou um tiro em um que cai e logo puxo pro outro que fica sem reação e aperto o gatilho

- Não sou julgada por ser esposa de ninguém não- dei outro tiro em um - Vai bater na puta que te pariu- dou outro tiro em outro

- A gatinha é brava - fala com um sorriso no rosto

- você não viu nada - ele me dá outro beijo e corremos pra entrada do Morro

Logo avistamos cobra com seu fuzil atravessado junto com uns moleques na barreira, vejo alguns corpos no chão, aquilo é traumatizante.

- O que ela tá fazendo aqui ? - Cobra

- vim ajudar, me dá uma aí, vou lá pra cima - aponto pra laje

Pegou uma sniper, tiro minha bandana da cabeça, boto no rosto e subo

- Se tu não casar com ela, eu caso - escuto algum vapor falando

- Cala a boca, vamo na atividade porra, alguns já subiram quero um grupo lá em cima, eles não podem chegar na boca - escuto Lobão gritando

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Vejo mais um chegando pelas costas de Cobra e dou um tiro bem na cabeça, ele se assusta por conta do barulho e olha pra trás e acena com a cabeça pra mim.

Logo vejo eles recuando, mas antes vejo um querendo atirar numa criança, do meu posto não conseguia atirar, desci no ódio

- Que porra tu tá fazendo?

- Calada, esse marginal já tá vendendo

- É uma criança- falo e aponto a arma pra cabeça dele

- Deixa disso boneca, sabe nem des...... - dou um tiro

- Sim, eu sei, esse povo subestima mesmo uma mulher - falo pra mim mesma e viro pro menino que tava no chão assustado - qual a sua casa?

- Rua 17

- vamos vou te levar lá

Enquanto passávamos nas ruas havia muitos corpos, mas querendo ou não era bom saber que não eram conhecidos, apenas o Bope, não que eu não pense nas famílias, mas muitos aqui também são inocentes e eles chegaram atirando sem saber quem é quem, chegamos na casa do menino e bato na porta

- quem é?

- Maria Isis, tô com seu filho - quem abri a porta é uma menina mais jovem

- Aí, que medo eu tava de perder você- fala e dá um abraço no menino

- Ela matou o homem mal - tiro a bandana do rosto

- Prazer Maria Isis

- Prazer Gabriella, mas todos me chamam de Gabi - ela lança um sorriso pra mim

- Sua mãe tá aí? - pergunto pra mesma

- ela tava no baile, não sei o que aconteceu, mas tudo bem eu já sou de maior - fala

- Qualquer coisa, me liga - dou meu número a ela e subo o morro

Vejo todas as janelas e portas fechadas, vejo diversos corpos na rua, chego em casa e tem dois corpos na frente, os moleques estão passando tirando ainda, deve ser difícil depois de todo um confronto, avisar as famílias e tudo mais.

Logo escuto meu celular tocando, saio do banheiro e pego meu celular

?

- Alô?

- Oi minha neta - aí que saudade da minha velha

- lembrou que tinha neta ?

- Nunca esqueci, tô morrendo de saudade

- Eu também tô com saudade, como estão as coisas ?

- estão ótimas, já desenhei dois estilos novos, foram pra confecção hoje - fala ela animada

- mandar pra mim viu

- você sempre é a primeira- fala e sinto como se ela estivesse sorrindo

- como estão as coisas ? - me pergunta

- ótimas

- Que bom - escuto uma voz no fundo, uma mulher chamando ela - tenho que ir meu amor, vou ver como estão as cores e tenho que desenhar mais, vou fazer a maioria de look com calças, tô pensando

- tô doida pra ver, bença e tome cuidado minha velha

- Deus te abençoe, te amo

- também te amo

?

Troco de roupa e nada de Solange, começo a ficar preocupada e vou procurar ela

- Onde é a casa do lobão?

- subindo essa ladeira, na rua 25, do lado da do cobra

- valeu parceiro

Subi a ladeira e logo chego na casa dele, deve ser essa já que é uma casa enorme, acho que maior que a da Sol, sei lá, mas é bonita, o canteiro de rosas na frente, acho um charme e a cerca Branca ficou bem casa de família, ninguém diria que mora um bandido aí. Entro sem bater mesmo e subo as escadas

- Sol ?? Cobra ?? - grito e nada - Lobão ??

entro no último quarto do corredor, ao qual deduzo ser de lobão, me viro pra ver seu armário, quando sinto alguém me abraçar por trás

- Onde tu tava? geral tava te procurando? - Lobão

- Em casa, tomando banho - falo e ele cheira meu pescoço

- A gente bem que podia terminar o que a gente começou né- me dá um beijo no pescoço

- Tenho que procurar a Sol

- tá com Cobra

Então já que é assim, um sexo não faz mal a ninguém, viro pra ele e ele toma meu lábios, meu Deus que beijo viciante, pqp.

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