O Labirinto de Amor romance Capítulo 27

- O que a senhora gosta de fazer? - ele estava entusiasmado e tomou a iniciativa de falar comigo.

Eu sorri:

- Leio livros.

- Leitura pode fomentar o progresso das pessoas. Não é de se admirar que a senhora seja especial.

Eu realmente não sabia o que dizer, então me levantei e disse:

- Eu vou ao banheiro!

Em seguida, andei pela boate, não encontrei um banheiro, mas encontrei os conhecidos.

Lúcia e Pietro.

As duas pessoas caminhando lado a lado no corredor, não consegui evitar o encontro com eles.

Quando ela me viu, o riso de Lúcia sumiu de imediato. Olhando para Pietro e perguntou:

- Por que ela está aqui?

Pietro também ficou surpreso e balançou levemente a cabeça, dizendo:

- Quando estávamos no jardim medicinal, Guilherme havia pedido a ela para voltar e não a deixou vir.

Ouvindo isso, adivinhei que eles quiseram se reunir aqui e não quiseram que eu viesse , então eles me deixaram ir quando ainda estávamos no jardim medicinal.

- Kaira, por que você está sempre seguindo o Guilherme? Não tem vergonha? - Pietro sempre me tratou mal e falou sem escrúpulos.

Eu não queria explicar, apenas disse:

- Estou aqui com um amigo, você está pensando demais.

Sempre segui Guilherme? Eu não era tão livre...

Lúcia me olhou da cabeça aos pés, desconfiada:

- Você não acabou de abortar seu bebê? Por que anda por aqui?

- Devia estar se sentindo solitária em casa, já que o Guilherme nem tocou nela. Saiu para conhecer algum rapaz. - Pietro disse sem limites.

Franzi as sobrancelhas, cheio de raiva:

- Presidente Carvalho, você beija sua mãe com essa boca?

Não tinha simpatia para estas duas pessoas, e estava prestes a sair.

Mas fui detida por Lúcia. Ela insinuou:

- Não te vejo há alguns dias, você se tornou muito mais eloquente. Como? Ainda não assinou o acordo de divórcio? Abortou o seu bebê. Você acha que o Guilherme ficaria com uma mulher que sofreu aborto?

Estive com muita raiva, olhei para ela com desdém e ri:

- Está falando do meu aborto? Lúcia, só se passaram alguns dias e você já se esqueceu do seu bebê na barriga?

- Você... - Ela ficou corada de raiva e levantou a mão para me bater.

Eu segurei sua mão:

- Já que você finge ser inocente, deveria agir como tal. Imagino que Guilherme ficaria enojado se te visse assim.

Sacudi a mão dela, eu estava pronta para sair.

Eu não imaginava que Lúcia me prenderia aqui. Quando a soltei, ela caiu de repente, batendo na parede.

De longe, parecia um empurrão.

Por coincidência, Guilherme e Vinícius, que tinham acabado de chegar, ouviram esta cena.

- Kaira, você está louca? O que você tem contra a Lúcia? - Pietro gritou comigo enquanto ia levantar Lúcia no chão.

Que ridículo. Ela podia me repreender, mas eu não podia revidar?

- Se os olhos e o cérebro de Presidente Carvalho são inúteis, por favor doe-os a alguém que possa usá-los, não desperdice os recursos.

Este homem era muito mal-educado. Não consigo entender como Guilherme poderia ter uma pessoa assim ao seu redor.

Guilherme e Vinícius observavam com as mãos nos bolsos. Olhando para eles, eu estava com muita raiva e estava prestes a sair sem sequer um cumprimento.

Mas meu braço foi pegado por Pietro:

- Vai sair correndo depois de bater nela?

- Pietro, está maluco? Você tem prova de que eu a empurrei? Disse que eu a tinha repreendido. E vocês? - Eu já estava de mau humor e não queria discutir com essas pessoas. Sacudi a mão de Pietro e saí.

Guilherme agarrou meu pulso quando passei por ele. Eu olhei para ele.

Era claro que ele estava com raiva, a frieza estava estampada em seu rosto.

-Presidente Guilherme, e então? - Aqui senti que não era a esposa de Guilherme, mas uma estranha.

Quanto mais isso acontece, me sinto cada vez mais desconsolada.

Meus olhares para Guilherme ficavam mais frios.

- Peça desculpas! - ele mandou.

Eu estava furiosa:

- Guilherme, você está louco! Por que quer que eu peça desculpas?

- Você a empurrou! Ele falou em uma voz grossa e um pouco descontente.

Eu a empurrei? Eu falei com raiva:

- Guilherme! Se não está enxergando direito, deveria ir ao oculista.

- Kaira! - Ele me chamou, ainda em voz fria -, peça desculpas!

- E se eu não pedir? - Suprimindo minha raiva, olhei para ele, destemida por seu olhar frio.

Ele franziu as sobrancelhas e fechou seus lábios fino e disse:

- Como está indo o bar de Esther?

Me espantei. Seria isso uma ameaça? Como este homem ousa usar táticas tão desprezíveis para me ameaçar a pedir desculpas a Lúcia?

Olhei para o rosto do homem, com um leve sorriso que exibia um bigode recente, até mesmo um pouco sensual.

Mas, naquele momento, eu não queria admirar o seu rosto pois uma frieza havia inundado meu coração e, por um instante, eu disse:

- Certo, peço desculpas.

Soltei sua mão e fui até Lúcia, disse, suprimindo todo o meu ressentimento:

- Sinto muito!

Lúcia pareceu piedosa e indefesa neste momento, como se eu a tivesse realmente intimidado.

Pietro, que estava ao lado, disse depois de eu pedir desculpas:

- É suficiente pedir desculpas após bater numa pessoa? E então se pode desculpar após matar uma pessoa? Para que serve a lei?

Vá se foder.

Eu estava realmente refreando toda minha raiva e, olhando para ele, disse em uma voz fria:

- O que mais você quer?

Ele apertou os braços e disse, com um sorriso forçado:

- Tem uma formalidade entre nós. Quem fez mal, tem de se desculpar com sinceridade. Pode pedir desculpas pagando uma festa para todos nós. Vamos perdoá-la!

Vá se foder.

Que desculpa é essa?

- Pietro, não seja ridículo! - Vinícius disse, assistindo à confusão de perto, e franziu seus sobrolhos.

Pietro não lhe olhou, mas para Guilherme, dizendo:

- Guilherme, o que acha?

O olhar desconfiado de Guilherme pousou em mim, arqueando suas sobrancelhas, e depois olhou para Lúcia:

- O você acha para lidar com isso?

Lúcia abaixou ligeiramente a cabeça, sua voz era baixa, mas todos podiam ouvi-la:

- Afinal de contas, Kaira é a sua esposa, então faça o que você quer, Guilherme.

Mas que putaria!

Furiosa por dentro, olhei para Pietro e disse:

- Diga, onde vamos beber?

Vinícius caminhou à frente e me olhou com estranheza:

- Você quer morrer?

Eu entendi, ele receava que a bebida fizesse mal ao bebê.

Pietro tinha medo de que Vinícius impedisse e disse a ele:

- Vinícius, não se intrometa! - Depois me olhou e disse:

- Vamos, Sra. Sanches!

Em seguida, chegamos à sala privada que tinham reservado com antecedência.

Para me embromar, Pietro pediu dez garrafas de whisky e duas caixas de cerveja!

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