O professor e a virgem ninfeta romance Capítulo 36

Levantei da cama super disposta e animada, afinal não é todo dia que se ganha um apartamento.

A minha situação com o Kyle ainda precisava ser conversada, pois as nossas disputas já estavam saindo de todos os limites, e eu não sabia se estava afim de continuar jogando esse jogo.

Tomei um banho, escovei os meus dentes e depois peguei o meu celular para ver se tinha alguma ligação da Karen, mas ela não havia ligado como tinha prometido, o que foi estranho pois ela nunca deixava de cumprir as promessas que ela fazia.

Depois de vestir uma roupa e pegar uma bolsa, eu desci para tomar café da manhã com os meus pais.

Quando eu cheguei na cozinha, só encontrei o meu pai, pois a minha mãe tinha ido trabalhar.

- Bom dia pai, a mãe não vai poder ir com a gente?

Pai: Infelizmente não filha, hoje seremos só nós dois.

Está animada?

- Muito, falei deixando claro o quanto.

Pai: O corretor já está nos aguardando em um bairro vizinho, ele disse que você vai adorar os apartamentos e o bairro também.

- Pensei que você e a mãe fossem fazer questão de me manter nesse mesmo bairro.

Pai: Quem você pensa que nós somos filha? nós não somos pais tóxicos.

Eu comecei a rir e ele acompanhou.

Quando terminamos de tomar café da manhã, entramos no carro e fomos em direção ao local marcado, eu nunca tinha parado para pensar no tipo de lugar que eu iria gostar de morar, até porque eu imaginei que isso iria demorar muito a acontecer.

Em certo momento do trajeto, percebi que o lugar era conhecido.

- Eu não acredito, é exatamente o mesmo lugar que o Kyle mora, pensei.

O meu pai estacionou em frente a um prédio enorme, e fomos recepcionados por um homem que aparentava ter uns 30 anos.

" Bom dia, meu nome é Jucá e eu vou mostrar pra vocês os apartamentos disponíveis nessa região".

Meu pai apertou a mão dele e disse que o apartamento era pra mim, eu me apresentei pra ele e logo depois subimos até o décimo andar.

Jucá: Aqui nesse prédio, existem 3 apartamentos disponíveis, um nesse andar e os outros dois ficam no décimo segundo andar e no décimo terceiro andar, porém vamos ver apenas esse, pois todos são iguais.

Quando entramos no apartamento, fiquei louca por ele.

Ele possuía uma sala ampla, e tinha uma sacada maravilhosa, com uma vista linda pra uma praça, além de possuir sala de jantar, cozinha, duas suítes, 1 banheiro social, área de serviço e uma sala que poderia ser usado pra fazer um escritório.

- Existe mercado, farmácias, restaurantes e lojas perto daqui?

Jucá: Tem mercado a duas quadras daqui, e tem uma farmácia nessa mesma rua, restaurantes e lojas, ficam na parte mais central do bairro, e é pra lá que vamos agora.

- Tudo bem.

Saímos do prédio, e fomos seguindo o carro do corretor, meu coração chegou a parar por alguns segundos quando entramos na mesma rua do Kyle.

- Meu pai do céu, eu espero não gostar desse apartamento, porquê se eu gostar, eu vou estar bem fudida.

O carro do corretor parou literalmente em frente a casa do Kyle, eu senti a morte sentada do meu lado.

Eu olhei pro prédio, que era muito maior que o primeiro, e a frente era linda e luxuosa.

- Como eu não prestei atenção nesse prédio quando vim aqui?

É claro que eu não prestaria, eu estava mais focada naquela loira oxigenada tocando a campanhia do Kyle naquele dia.

Eu desci do carro, e continuei torcendo pro apartamento ser um horror.

Jucá: Tenho certeza que você vai gostar desse Celine.

- Não fale isso querido, pensei, enquanto eu tentava sorrir, segurando o meu nervosismo.

Assim que entramos no prédio, eu já pirei pela área de lazer.

Tinha exatamente tudo dentro, praça, piscinas de criança e adulto, uma academia, e uma quadra de basquete.

- Que porra, eu estou muito ferrada, pensei.

Subimos até o décimo sétimo andar, e quando entramos no apartamento, eu quase tive um infarto.

Se a frente do prédio já era luxuosa, eu não tinha nem palavras pra definir a beleza do apartamento.

A sala de estar, era maior que a primeira, tinha três suítes, dois banheiros sociais, sala de jantar, cozinha, escritório, uma área de serviço ampla, e quando eu cheguei na sacada, eu quase pirei, não pela vista, pois só dava pra ver casas e prédios de cima, mas pelo fato de ser enorme e possuir um ufurô e uma adega.

Eu fiquei completamente fascinada pelo lugar.

Nessa hora eu nem lembrava mais do Kyle e que ele seria um problema pra mim ainda maior, eu só queria me mudar logo e usufruir do lugar e ter a minha privacidade.

Jucá: Esse apartamento é bem mais caro que o outro, ele fica perto de tudo, farmácias, mercados, cinema, shopping, restaurantes e fica a poucos km da universidade.

Eu olhei pro meu pai, com cara de pidona, e ele logo abriu um sorriso.

Pai: Você gostou desse não foi?

- Por favor pai, diz que podemos pagar por esse?

Pai: Claro que podemos minha filha, se você quer esse, ele é seu.

Eu dei vários pulinhos sem conter a alegria.

Abracei ele e dei vários beijos também.

- Obrigada pai.

Pai: Vamos ficar com ele, pode organizar a papelada, ele falou pro Jucá.

Jucá: Podemos fazer isso hoje mesmo se vocês quiserem e tiverem disponíveis.

Pai: Melhor ainda, assim ela passa o fim de semana gastando o meu dinheiro pra mobiliar esse apartamento. Falou rindo.

- Ah Pai, eu prometo que vou tentar gastar pouco.

Pai: Pouco? em um apartamento desse tamanho? acho meio difícil minha filha.

Descemos pra irmos até o escritório pra fechar negócio, mas antes que eu entrasse no carro, o estacionamento do Kyle abriu e um carro saiu de dentro, e quando eu reconheci o carro e vi quem estava dentro, eu senti vontade de matar ela.

Pai: Você está bem filha? o que foi? porque você não entra no carro? vamos perder o corretor de vista.

Foi um sacrifício enorme engolir o choro e entrar no carro sem fazer barraco.

- Estou bem pai, eu só estava olhando melhor a rua.

Menti.

O meu coração estava despedaçado.

Eu nunca pensei que a minha melhor amiga pudesse me apunhalar pelas costas.

- Por isso que ela estava estranha. Que ódio. Eu sou tão burra, e como o Kyle teve coragem de fazer isso comigo?

Pai: Chegamos.

Passamos a tarde toda resolvendo a burocracia de se comprar um apartamento, e eu tentei ao máximo não demonstrar a minha tristeza, pois o meu pai podia achar que eu não estava satisfeita com o meu apartamento.

- Hoje era pra ser um dos dias mais felizes da minha vida, mas aqueles dois estragaram tudo, pensei.

Jucá: Aqui está as suas chaves Senhorita Celine, desejo que você seja muito feliz na nova moradia.

- Obrigada Jucá.

Eu havia acabado de ganhar um apartamento, e isso é motivo de muita alegria e comemoração, eu não podia me deixar abater, então tentei não pensar na Karen nem no Kyle...

- Porra, até os nomes combinam.

Voltamos pra casa, e eu e o meu pai conversamos durante todo o trajeto.

Pai: Filha, antes de eu viajar com a sua mãe, vou transferir um valor pra sua conta pra que você compre sua mobília e tudo o que você precisar, o Jucá já vai deixar o seu nome no prédio como nova moradora, pra que ninguém te barre na entrada.

- Eu estou tão feliz por isso pai, muito obrigada por fazer isso por mim.

Pai: Quando eu tinha a sua idade, o meu pai não fez isso por mim, ele dizia que eu deveria me virar pra ter o meu próprio lugar, mas eu sempre achei que quando os filhos tem o apoio dos pais, eles tem mais disposição e perseverança na busca por seus sonhos.

Você é tão esforçada, nos dá tanto orgulho, e isso é o mínimo que podemos fazer por você, sem contar que você já é adulta, precisa sim de um lugar pra chamar de seu.

Passamos mais um bom tempo conversando depois que chegamos em casa, comemos algo pra matar a fome e depois eu fui pro meu quarto.

Eu deitei na cama, fechei os meus olhos e deixei as lágrimas me consumirem.

- Porquê ela fez isso comigo? ela era a minha melhor amiga, eu confiava nela.

Eu só sabia soluçar, lembrando dela saindo de carro de dentro da casa dele.

Eu não sei quanto tempo eu passei aos prantos, mas parei quando o meu celular tocou, e era ela.

Fiquei pensando se eu atendia, se eu fingia que não sabia de nada, ou se eu soltava logo o verbo.

Eu não sabia o que fazer nem o que falar.

Até que eu resolvi atender.

- Oi Karen.

Karen: Que voz é essa Celine? Porquê você está chorando?

- Como você sabe que eu estou chorando?

Karen: Eu te conheço a anos Celine, eu conheço a tua voz de choro. Que porra aquele filho da puta do Kyle já fez com você?

Senti vontade de entrar no telefone e quebrar a cara dela, que descarada, agindo normalmente, como a amiga perfeita e preocupada, como se não tivesse dado a buceta pra ele.

- Você quer dizer o que "VOCÊS" fizeram não é Karen?

Ela ficou um pouco em silêncio, e isso fez eu me sentir ainda pior, pois era a confirmação de que realmente ele tinha comido ela.

Karen: Do que você está falando Celine?

- Ah, pelo amor de Deus Karen, não se faça de sonsa, eu vi você saindo da casa dele hoje, como você pôde? e ele deveria estar na universidade, mas pelo visto ele não foi porquê ele estava ocupado demais comendo a sua buceta, falei aos berros.

Karen: Não Celine, você entendeu tudo errado, não é...

- Se você falar que não é o que eu tô pensando, igual todo macho escroto fala, eu vou ai e dou na sua cara Karen.

Karen: Celine, por favor, você me conhece, eu jamais faria isso com você.

- Então me explica, que porra você estava fazendo, saindo da porra da casa do Kyle em plena manhã?

Karen: Merdaaaaa!!! Ele pediu pra eu ajudá-lo a te conquistar.

- É o quê? você quer que eu acredite que você não foi trabalhar na academia, nem ele foi pra universidade, pra ficarem falando sobre mim? você tá pensando que eu sou burra Karen?

Karen: Celine, não dá pra conversar com você pelo telefone, eu vou aí na sua casa.

- Não venha, você já ferrou demais com a minha cabeça, quer ferrar com a minha vida também? vindo aqui pra falar de um assunto que os meus pais não tem conhecimento? e eu não quero ouvir mais nada de você. Esquece que eu existo.

Desliguei na cara dela e ela me ligou várias vezes, na tentativa de fazer eu ouvi-la.

Voltei a chorar copiosamente, me sentindo totalmente enganada.

Do Kyle, eu até esperava uma atitude assim, mas da Karen não.

Ela jamais poderia ter feito isso comigo.

Decidi tomar um banho, pra tentar esfriar a minha cabeça.

Depois eu deitei na cama e tentei dormir, pois da forma como eu estava, era impossível descer pra jantar, os meus pais iriam perceber que eu havia chorado.

- Amanhã eu estarei melhor, pensei deixando o sono me dominar, como todas as outras vezes em que eu estive chorando, e isso estava cada vez mais frequente.

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