O Vício de Amor romance Capítulo 27

Natália acalmou-se e disse:

- Motorista, volte por favor, esqueci uma coisa no escritório e preciso ir buscar.

Ele fingiu não ouvir.

Natália levantou a sua voz:

- Por favor, você poderia parar!

O condutor pegou velocidade e mudou sem tom, antes moderado, para um tom frio agora:

- Ainda não chegamos.

Naquele momento, a respiração de Natália estava descontrolada! O que restou de sua sanidade a fazia não entrar em pânico. Sua mão foi com cuidado para sua perna para tentar usar seu telefone para pedir ajuda.

O motorista, vendo a sua intenção, freiou bruscamente. Como estava desprevenida, Natália deixou o celular, que acabara de pegar, cair no chão.

- Você, quem é você e o que você quer? - Natália reprimiu o pânico e o medo.

O motorista pisou fundo no acelerador e olhou para ela no retrovisor:

- Você ofendeu alguém, não é? Eu apenas pego dinheiro e faço o que é pedido.

Seu coração batia forte e suas mãos tremiam um pouco. Quem estava tentando machucar ela?

Ester?

- Eu também posso te dar dinheiro! - Natália tentou negociar com ele.

O motorista deu uma olhada nela. As roupas baratas disseram que ela não parecia uma rica senhora.

Ele não acreditou nela.

Vendo que o lugar estava ficando cada vez mais deserto, o coração de Natália se agitou. Se ela saltasse do carro, ela teria uma chance de sobreviver, mas se fosse com ele até o destino, isso traria consequências inimagináveis.

Ela apertou as mãos várias vezes e finalmente decidiu tirar a trava e abrir a porta!

O motorista olhou para ela e disse:

- Se pular, pode morrer ou pelo menos se machucar bastante. Você não tem para onde fugir!

Mesmo se ela não conseguisse escapar, ela não poderia ficar sentada no carro e deixar o motorista levá-la para longe, isso poderia ser sua morte!

Ela estava com medo, mas não tinha outra escolha.

Ela acariciou sua barriga, disse:

- Seja forte, meu filho.

O vento assobiou, bagunçou o seu cabelo mas fortificou seu coração.

Com toda a sua coragem, ela pulou.

O carro estava indo tão rápido que ela caiu com os joelhos no chão, logo uma dor ardente correu pelos joelhos e o sangue parecia sair correr com a dor.

Não se importou em olhar, ela ficou de pé e correu.

O motorista realmente não achava que ela se atreveria a saltar e parou o carro para descer e ir atrás dela.

Natália não poderia correr rápido o suficiente mancando, e cada vez que dava um passo, ela tinha que suportar uma dor severa.

Ela foi muito forte ao correr com dor porque sabia que se parasse ela estaria morta!

- Pare! - O motorista parecia que estava prestes a alcançar.

Ela correu o mais rápido que conseguia, desesperada para fugir.

Não muito longe dali, na mata, havia luz. Talvez haja alguém, e agora a única forma de sobreviver era pedindo ajuda.

Ela mergulhou na floresta e corria em direção à luz brilhante enquanto gritava por ajuda, esperando chamar a atenção de alguém.

O motorista era forte e Natália estava ferida, e logo foi agarrada por ele.

- Não tente fugir!

O motorista a arrastou para a estrada e tentou colocá-la dentro do carro.

Natália rolou e mordeu o braço dele, o motorista gritou de dor e lhe deu um tapa na cara.

- Como se atreve a me morder, vagabunda!

Natália não largou, sua boca tinha gosto de sangue. O motorista não aguentou a dor e fez menos força na mão deixando com que ela se soltasse, ela correu ainda mais rápido do que antes.

- Pare! O motorista correu atrás dela de novo e caiu quando tropeçou em algo. Natália aproveitou o tempo de fugir.

Ao chegar mais perto ela percebeu que a luz brilhante era de uma mansão.

Ela correu e bateu forte na porta.

- Tem alguém aí, me ajude por favor!

A porta tremia com a batida dela.

Naquele momento o motorista a alcançou e encarou Natália, que não tinha saída, disse:

- Corra, continue correndo, vamos ver até onde consegue ir!

Natália não se importava, batia ainda mais forte.

- Tem alguém...

Desta vez, antes que ela gritasse por ajuda, a porta se abriu e uma figura magra saiu, contra a luz. Uma luz branca e forte, tão forte que Natália não conseguia abrir os olhos. Apertou os olhos e disse:

- Me ajude por favor.

Assim que as palavras saíram, suas pernas desabaram, não conseguia ficar de pé.

Em um transe, ela viu a figura apressou-se para segurá-la.

- Nati. - Anderson a chamou preocupado.

Natália deu um sorriso fraco, não pensava que era Anderson.

- Andy...

O motorista percebeu que havia algo errado. Obviamente os dois se conheciam, então ele se virou e correu.

Anderson olhou para o motorista que fugiu e não foi atrás dele porque Natália era mais importante agora.

Ele levou Natália para dentro da casa e só à luz brilhante que ele viu que seus joelhos estavam ensanguentados.

- Como você fez isso? - Ele perguntou com preocupação.

Natália não conseguia falar, assim que relaxou, a dor fez-a perder sua força.

Anderson a colocou no sofá.

- Eu vou pegar o kit médico, limpar sua ferida e ver se ele é grave.

- Anderson, quem é? - A mulher vestia um terno elegante, com um coque alto e um grande anel de esmeralda em seu dedo.

Naquele momento, seu olhar atento viu Natália, que estava sentada no sofá.

Natália também olhou para a mulher, percebendo seu vestido e temperamento, não era alguém de uma família comum.

Aqui...

A decoração era de estilo europeu, um grande lustre de cristal no teto iluminava toda a sala com uma luz fluorescente branca. Tudo era um absoluto luxo.

Essa era a casa de Anderson?

Ele... Ele também é rico?

Anderson não respondeu à pergunta da mulher, mas foi até o armário e pegou o kit médico, colocou-o sobre a mesa e o abriu. Em seguida, agachou em frente à Natália, falou:

- Quando a água antisséptica tocar a ferida, vai doer bastante, aguenta firme.

Natália concordou com a cabeça.

A mulher parecia descontente com a atitude de Anderson, reclamou:

- Aline se foi, quanto tempo você passou se punindo, mesmo depois disso tudo?

Anderson não queria ouvi-la dizer aquilo:

- Volte para casa, mãe.

- Anderson...

- Mãe. - Anderson olhou para a mulher com seriedade.

- Eu não quero reviver o passado, já que eu retornei eu não quero mais partir.

Marlene Meier estava radiante que, ao longo dos anos, ele foi sozinho para o exterior, sem dizer à sua família em qual país estava, apenas mandava um cartão postal uma vez por ano indicando que ele estava vivo e seguro.

Tantos anos se preocupando com ele para que ele acabasse voltando.

Agora que ele estava finalmente disposto a voltar e deixar de lado a perda de Aline, ela se sentia aliviada.

Marlene estava preocupada com uma nova saída dele e queria que ele ficasse em Santa Cruz por um longo tempo.

Ela achou que seria melhor para o seu filho se casar no país e criar laços para que ela pudesse ter certeza de que ele não iria sair.

Mas Anderson não queria e ela não queria forçar ele demais.

- Tudo bem, eu vou deixá-lo sozinho.

Marlene levou a sua bolsa e foi até a porta, parou e olhou de volta para Natália, que ainda estava sentada no sofá.

Anderson estava cuidando de seus machucados com cuidado. Seus olhos estavam abaixados, um carinho indescritível se escondia sob eles.

Depois de todos esses anos se culpando pelo que aconteceu com Aline, de repente ele decidiu voltar...

Seus olhos permaneceram no rosto de Natália por uns segundos. Deve ter algo a ver com essa menina.

Ela não havia visto esta moça entre as famílias ricas e influentes.

Natália parecia sentir o olhar de sondagem e virou a cabeça para encontrar o olhar de Marlene, dando um sorriso:

- Sra., boa noite.

Pela conversa com Anderson, Natália descobriu quem ela era, era a mãe de Anderson.

Marlene balançou a cabeça levemente, como uma resposta, e foi em direção a porta.

Natália olhou para Anderson, que estava limpando as manchas de sangue.

- Andy, eu não sabia que você era rico.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Vício de Amor