O Vício de Amor romance Capítulo 28

A mão de Anderson parou. Dinheiro não o fazia feliz.

Natália abriu a boca várias vezes, hesitou em falar e parou, decidiu não perguntar se a Aline que sua mãe tinha falado era sua namorada.

Anderson não parece gostar muito quando as pessoas falam disso.

Então ela simplesmente não vai perguntar.

Anderson olhou para cima e notou a marca de palma no seu rosto, perguntou com piedade:

- Quem foi dessa vez?

Natália não sabia, mas ela achava que era Ester.

Já que ela parecia ser a maior ameaça para ela, tinha medo dela se aproximar de Jorge.

- Eu não tenho nenhuma prova. - Adivinhar se baseando em nada não é a resposta.

Anderson estendeu a mão para tocar seu rosto, Natália instintivamente recuou. Anderson congelou por alguns instantes sem saber o que fazer, fingia ficar raiva.

- Não posso tocar?

Na verdade, Natália não estava evitando de propósito. Seu instinto a fazia resistir ao toque do homem.

Anderson alisou seu cabelo, disse:

- Está tímida? - Então seu semblante ficou sombrio de novo.

- A lesão nas suas pernas...

Ainda bem que não havia nenhum osso quebrado, mas não eram feridas leves.

- Aguente firme. - Ele tinha acabado de limpar a ferida, agora ele precisava colocar uma bandagem e iria doer.

Natália acenou com a cabeça, doeu bastante quando Anderson limpou a ferida, mas rangeu os dentes e aguentou.

Ela aprendeu desde cedo que há algumas dores que ninguém pode sofrer por ela.

Ninguém vai ficar de coração partido por ela!

Ela deve ser durona!

- Tudo bem. - Ela mordeu os lábios.

Anderson olhou para ela e deu uma risada:

- Se você não consegue aguentar, pode morder a minha mão.

Natália sorriu com ele mas seu coração pesava. Dessa vez Ester não atingiu seu alvo, será que ela tentaria outros meios para acabar com ela?

De repente, ela percebeu que não tinha nada.

Como lutar contra ela?

Anderson, olhando para baixo, colocou o medicamento sem notar a expressão em seu rosto, com medo de que ela estivesse com dor, tentou desviar a concentração dela com conversa.

- Este medicamento não afetará o bebê, não se preocupe.

Natália agradeceu com a cabeça.

Anderson era atento com ela.

A mão dela acariciou a barriga, temia que esta seria a coisa mais reconfortante para ela.

O bebê estava bem.

Ela não tinha nenhuma dor abdominal, sem desconforto.

Seu bebê era forte e valente.

- Descanse aqui esta noite. - Anderson tratou seus machucados, olhou para ela e percebeu como a testa dela estava suada.

- Pode me falar o que precisar, sou seu... irmão.

Natália agradeceu, agora ela tinha que descobrir se era Ester que planejou isso.

Ela trabalhava na empresa e estava bem próxima de Ester, o que facilitaria a investigação.

Anderson se levantou e trouxe uma bacia de água fresca e limpa, limpou o suor dela e colocou compressas frias em seu rosto.

- Quem você ofendeu? - Foi surpreendente ver a violência que usaram.

Natália pensou sobre isso e disse:

- Eu não tenho qualquer prova, mas eu acho que seria Ester Souza, a namorada de Jorge, que parece guardar rancor contra mim porque eu casei com Jorge.

Anderson se magoou com o fato de que ela e Jorge formavam um casal, mesmo que apenas por um mês.

- Eu vou cuidar de você depois do divórcio.

Quando ela e Jorge terminarem o casamento, ele confessaria seus sentimentos.

Ele cuidaria dela a partir disso.

Não deixaria ninguém a machucar mais.

Natália não o ouviu direito e disse um fraco “aham”.

Natália não voltou esta noite, passou a noite na casa de Anderson. Ora sem estar acostumada com o lugar, ora sem dormir com tranquilidade por causa da adrenalina, então levantou-se muito cedo.

Anderson foi atencioso e comprou roupas novas, já que não tinha mais condições de usar a roupa anterior.

- Melhor não usar calças por causa das suas pernas. - Anderson lhe entregou a saia.

Calças esfregariam contra os machucados.

A saia era longa até os joelhos.

Além de sua mãe, ela achava que Anderson fosse o melhor para ela, uma bondade que a estressava pois não sabia como retribuir o favor.

- Você poderia não ser tão bonzinho comigo? - Sua voz estava rouca.

Anderson fingiu sorrir com relaxamento:

- Garota boba, sou seu irmão, não devo eu cuidar de você? Para que dizer isto?

Ele disse, acariciou o nariz dela.

- Você já é uma mãe e ainda vai chorar na minha frente?

Natália fungou, sorriu, levou as roupas para o quarto, tirou o roupão que usava e vestiu a saia nova.

Depois do café da manhã, Anderson a levou de volta.

- Vamos a Porto Dourado. - Ainda havia tempo, ela tinha que voltar para casa de Ribeiro. Agora que ela tinha o terreno que Jorge deu a ela na Baía Rosa em suas mãos, ela tinha poder para negociar com Santiago.

Ela tinha que conseguir os pertences de volta primeiro, apenas com esse dinheiro que seria capaz de lutar contra quem quisesse fazer mal a ela.

Não era muito, mas pelo menos era um alívio para a sua urgência.

E o dinheiro devido a Anderson.

Mesmo que ele dissesse que ela não tinha que devolver, ela não poderia deixar de retribuir.

Anderson virou o carro e dirigiu em direção a Porto Dourado.

Logo o carro parou.

Natália saiu do carro. Embora ela pudesse caminhar, seus joelhos doíam muito quando ela andava, mas resistiu a dor ao caminhar em direção ao pátio.

Dentro de casa, os cozinheiros estavam fazendo café da manhã e parecia que Santiago e Fátima ainda não se levantaram.

- Quer que eu chame...

- Não precisa - Natália interrompeu o empregado.

Ela já tinha vivido aqui antes e na última vez que ela tinha feito uma visita rápida, nem sequer se deu ao trabalho de ver o quarto no qual ela costumava morar; não era um lugar que ela tinha boas lembranças mas foi onde ela tinha vivido quando criança.

Sempre houve algumas saudades por ele.

Ela subiu para o segundo andar e tentou abrir o quarto que costumava ocupar, mas ouviu um ruído no interior, ela abriu a porta com cuidado e encontrou o lugar já ocupado por Larissa.

Larissa estava deitada na cama enquanto Fátima estava sentada na borda, um pouco decepcionada.

- Eu achava que ela não ia se safar dessa.

- O quê? - Larissa sentou-se da cama:

- Como ela conseguiu fugir?

Fátima disse desagradavelmente:

- Eu não tomei cuidado, pensei que ele daria conta de acabar com ela, quem ia adivinhar que o cara era tão inútil que nem conseguiu pegar uma mulher!

Larissa gritou de raiva:

- Como vou fazer Jorge se cansar dela e pedir divórcio? Como posso ter uma chance se ele não estiver divorciado?

Fátima cobriu a boca de sua filha:

- Fala baixo para o seu pai não te ouvir.

A voz de Larissa se abafou:

- Estou puta.

- E eu não estou zangada? – O rosto de Fátima contorceu.

- Se ela conquistar o amor de Jorge, ela vai usar família Marchetti para acertar as contas com o passado, com nós duas, estaremos acabadas.

- Então temos que nos livrar dela agora! - Larissa estava feroz.

Fátima ficou muito mais cautelosa:

- Eu estou com medo que ela esteja na defensiva, já que não conseguimos dessa vez. Então vai ser um pouco difícil pegar ela de novo.

- Natália! - Larissa viu a pessoa de pé em frente à porta e pulou da cama, apontando para a Natáli e surtou:

- O que está fazendo aqui?

Natália pensava que era Ester que tinha atentado contra ela, mas ela não esperava que fossem Fátima e Larissa.

Fátima também ficou surpresa ao vê-la.

- Quando foi que você chegou aqui? O que ouviu?!

Natália sorriu friamente, a olhou com raiva. Essa mulher havia roubado o marido de sua mãe, seu pai, usou o dote de sua mãe. Natália apenas queria as coisas de sua mãe de volta.

Mas nunca imaginava que Fátima iria tentar matá-la!

Será que ela está com medo de que ela ganhe o poder da família Marchetti?

- O que ouvi? - Natália olhou Fátima e zombou:

- O que eu deveria saber, cada palavra.

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