2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 18

Estava completamente impossibilitada de respirar, sua boca perto da minha me deixava completamente sedenta por seus beijos, seu corpo cada vez mais próximo, se colava ao meu como se ambos  quisessem fundir num só. Não podia negar que suas palavras incendiavam ainda mais o desejo que ele provocava, a fantasia de lhe pertencer totalmente poderia ser realizada naquele momento , ele estava a espera de um sinal.

Seus olhos de um amarelo sobrenatural,  pupilas ovais me analisando detalhadamente me deixavam sem voz, suas presas ameaçadoras, mas sensuais ocultas somente por seus lábios  finos me deixavam petrificada mas excitada. Soltando o ar finalmente, minhas mãos sobem por seus braços, alisando a pele nua, suave, até aos ombros, provocando uma forte exalação de sua boca. Rosnando baixo ele simplesmente fecha seus olhos, como se quisesse concentrar nas pequenas sensações que eu lhe provocava. Dessa vez eu  fiz o que desejava , meus lábios roçam nos seus, os forçando  a acompanhar os movimentos suaves até que minha língua encontra a sua e o devoro sem pensar em mais nada . Foi preciso pouco tempo para sentir o lençol ser arrancado de meu corpo, Vasco simplesmente alisa minhas coxas , explorando meu corpo nu com suas mãos grandes, seus dedos alisavam cada ponto sensível com mestria, me levando a  soltar gemidos intensos de minha garganta.

Quando sua mão  desliza entre minhas coxas, um arrepio surge de imediato na minha nuca , seus grunhidos me deixam mais acesa , com vontade de observar cada expressão. Arregalando os olhos engulo em seco. Havia fogo em seu olhar, mas também uma tensão , como se estivesse se reprimindo de algum jeito.

__ Não sei se poderei ir devagar ... - Vasco simplesmente cerra os dentes , apertando  meu quadril enquanto sua virilha volumosa se esfrega entre minhas coxas. __ Teu odor me deixa louco de tesão. Meu lobo....te quer...reclamar...agora mesmo.

__ Reclamar?

Ofego quando um rosnado surge ao mesmo tempo que sua boca vai ao meu pescoço. Sua mordida é suave , apesar de não romper a pele, sinto o quanto suas presas são afiadas.

__ Sim...reclamar!- Vasco solta a pele , beijando a pequena mordida que mesmo sem ferimento , marcava a pele. Ele me solta , recuando dois passos para trás , apreciando meu corpo nu antes de me olhar sério .__ Depois disso ...não há retorno, serás minha , sem hipotese de recusar.

Me sentindo um pouco desprotegida sob seu olhar , pego o lençol do  chão, ocultando  meu corpo de novo, caindo na realidade de algo que eu  esperava não ter que pensar por alguns momentos, ali, com Vasco.

__ Isso não é algo que possa ser decidido assim... num momento de ... - Clareio a garganta  me desviando daquele olhar faminto. Vasco me fazia perder todo o bom senso, ele me provocava somente com um olhar. __ Num momento de paixão!

__ Não é só paixão Ângela. - Vasco suspira se sentando na cama de novo. __ Tu tens que ver como werewolfs e vampiros amam , só assim perceberás o que desejamos de ti.

__ O que desejamos ? Falas de Alexandre?

Ele estaria falando de seu irmão ? Estariam ainda com a ideia de partilharem uma mulher?  Como poderia  voltar e lidar com toda aquela história.

__ Só voltando para casa poderás ver que não  há nada de errado nisso se realmente fores  nossa companheira.

Completamente boquiaberta, observo a calma com que ele me analisa ao dizer aquelas palavras, mesmo sabendo que seu corpo continuava tenso e excitado. Teria  isso sentido para mim algum dia?

__ "Se fores? "Mas... acabaste de falar que eu  era tua companheira.

__ Sim és! Com toda a certeza! Mas Alexandre ainda tem suas duvidas, para não te assustar ele quer se afastar. -Vasco respira fundo alisando seu cabelo para trás num ato de  frustração.

__ Ele vai sair de casa? - Observo sua postura com cautela.

__ Se for esse teu desejo... sairá na mesma hora.

Vasco parecia apreensivo enquanto seguia cada movimento meu . Meus passos eram lentos na direção do banheiro. Seria esse meu desejo mesmo? Sempre que os dois estavam presentes ao meu redor me sentia amada e protegida , mais do que durante o ano em que namorara Samuel. O sonho de uma mulher era esse mesmo, se sentir amada por um homem de corpo e alma. Sendo companheira dos dois , seria certo eu negar a felicidade a Alexandre também, somente por regras que eu achava certas no mundo humano.

Vasco parecia entender e aceitar bem a situação, talvez por serem irmãos, ou por ser normal em suas naturezas sobrenaturais. Não podia negar que Alexandre também me atraía , sem explicação aparente,algo puro surgia naturalmente, algo vindo da alma como Vasco explicara. Almas gémeas? Seria possível? Balançando a cabeça, encaro Vasco da porta do banheiro.

__Preciso de um banho!

__ Tudo bem... mas depois iremos!

Vasco falou firme, apesar de seus olhos mostrarem um pouco de insegurança ao esperar minha  reação. Respirando fundo aceno afirmativamente com a cabeça, fechando a porta atrás de mim, sigo para debaixo da agua quente do chuveiro. Porque não descobrir  meu destino? Porque não aceitar algo que só me poderia fazer bem, talvez fosse ao encontro da  felicidade que tanto ansiamos na vida.  Afinal eu estava num mundo novo, minha antiga vida não existiria mais, estava a entrar numa nova realidade, uma que eu talvez descobrisse que era onde pertencia.

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