2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 19

Quando Vasco abriu a porta a escuridão invadiu o lugar constratando com a luz brilhante do sol lá fora. Alexandre estava na sala, lendo  somente com uma pequena luz  que surgia do  candeeiro de pé alto ao lado da poltrona onde se sentava. Seu olhar subiu do livro diretamente para mim. Um olhar intenso, apreciativo, como se lesse minha alma. Por momentos pensei  que ele se levantaria me dando uma receção carinhosa, alegre , mas pelo contrario, sua frieza foi notada quando simplesmente me acena,  voltando atenção á leitura de antes. Tristemente olhei  Vasco, não queria provocar um mau ambiente naquela casa, entre eles. No fundo não queria que Alexandre me ignorasse daquele jeito, não depois de me ter salvo daquele maldito, não depois de mostrar o quanto ele se preocupava . Talvez eu realmente necessitasse dos dois ao meu redor . Peguei na mala que Vasco segurava e corri confusa e desiludida, para o quarto onde antes tinha estado .  Não demorou muito para que  ouvisse passos atrás de mim. A porta se abre logo depois de ter entrado e a ter fechado. Vasco me abraça por trás beijando meu pescoço.

__ Alexandre só te quer dar espaço!

__ Não quero ser a razão de algo ruim entre vocês dois!

Suspiro tentando não  dar muita importância ao arrepio que a boca de Vasco provocava na minha pele, nem ao calor que se começava a espalhar por todo o meu  corpo. Me solto de seu abraço avançando para a varanda, abrindo  a janela, respiro  fundo quando a brisa sopra  no meu rosto.

__ Isso nunca vai acontecer!

Vasco se aproxima , mas mantém um espaço entre nós. Afinal alem de atraente, era perspicaz. O encaro um pouco descrente quando ouço aquela frase.

__ Como podes ter tanta certeza?

__ Porque conheço Alexandre melhor que tu!

__ Vasco... eu  não sei ... - Balançando a cabeça respiro fundo.__ Não sei se posso realizar aquilo que desejam de mim.

__ Nunca saberás se não tentares!- Vasco avança dois passos , acariciando meu rosto , seu olhar se fixa no meu. __ Não te vamos pressionar. Pelo menos ...prometo que EU vou tentar.

Foi impossível não  sorrir com a frustração que Vasco  demonstrou com a exalação  profunda . Eu entendia aquele desejo desenfreado. Tinha sentido na pele o mesmo quando  eles me tocaram. Ruborizando , me afasto dele de novo , andando de um lado para o outro ao lembrar das duas ocasioes em que ambos me beijaram.

__ Alexandre vai  ficar?

__ Depende somente de ti.

Vasco cruza os braços no peito, sem qualquer expressão  no rosto ele simplesmente me analisa em silencio.

__ Sabes as regras da sociedade em que vivo?

__Essas regras não são aplicáveis a mim, nem a Alexandre ,nem ao  mundo onde agora pertences! - Vasco avança e eu recuo com seu olhar se tornando  selvagem, lupino. __ Uma coisa que precisas entender é que a partir de agora não viverás segundo as regras da sociedade humana, mas sim sobre as regras do meu  mundo. Não importa o que decidas em relação a nós dois. O fato de seres minha companheira é algo real e eu  nunca te deixarei sozinha.

Céus como ele podia ser tão  excitante. Lambendo os lábios que de repente se tornaram secos, finjo que vou em direção ao  banheiro, mas rapidamente sou intercetada por Vasco, ele me prensa contra a parede, me hipnotizando  com seu olhar quente, seu corpo duro me deixando a tremer em segundos.

__ Vasco... melhor que ... - A voz falha quando um gemido surge sem aviso ao sentir seus lábios na curva do meu  pescoço. Arranhando a minha pele , ele me deixa simplesmente  derretendo em seus braços.

__ Tu sabes o que sentes ...- Vasco sussurra sensualmente as palavras , mordiscando o lóbulo da minha orelha .__ Porque resistes tanto aos teus desejos?

__ Porq...porque dizes que é algo que será para sempre.

Descendo as costas pela parede  saio por  baixo de seu braço  direito, me libertando de seu aperto delicioso.

__ Sim, será.... para sempre. - Vasco sorri de lado , se recostando  na mesma parede onde antes ele me encurralara.

__ Por isso  não posso simplesmente me deixar levar pelos meus ... desejos. - Pigarreo , tentando ocultar meu rubor, que se torna um pouco  mais  intenso quando  vejo Alexandre na entrada do  meu quarto com postura tensa, me observando. Há quanto tempo estaria ele ali? 

“Céus , como poderia resistir a tanta tentação, ainda mais quando me ofereciam, proteção e  amor eterno. “

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