2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 8

Percebi que estava num quato desconhecido no momento em que acordei com o som do meu celular. De imediato coloquei a mão na testa e esfreguei um pouco ,a cabeça latejava intensamente , o que era normal, sempre que bebia. Olhando para a tela de imediato meus lábios se estendem num sorriso.

__ Olá Fátima.

__Olá Ângela. - Fatima de imediato suspira aliviada por ouvir a voz de sua amiga . __ Como é que estás hoje ?

__ Estou bem.- De imediato respondo, a tentando tranquilizar . __ O susto já passou.

__ Sério ? - Fatima respira fundo . __ Mas não foste trabalhar hoje . - Ela declara curiosa e apreensiva . __ Ficámos preocupadas e quando ligámos para casa , não atendeste .

__ Bom...- Mordo o labio olhando o quarto desconhecido. __ Sabes, estava a precisar de tirar um dia para mim, assim decidi faltar ao trabalho hoje . - Suspirando subtilmente tento ser convincente apesar de não gostar de mentir . __ Eu realmente fiquei em casa ...-Como lhes poderia dizer que estava o fim-de-semana todo em casa de dois maravilhosos homens que só tinha conhecido ontem. Tentando soar firme , acrescento. __Mas vim almoçar fora.

__ Fizeste bem. - Fatima de imediato relaxa . __Logo eu e as meninas levamos o jantar, assim descansas mais um pouco.

__ Não!!!!! - Quase gritei a palavra em pânico.

__ Ângela! - Fátima soava desconfiada. __ O que se passa?

__ Nada ...- Na mesma hora que respondo a porta se abre de rompante e duas das mais bonitas visões que eu já tinha tido na minha vida entram com ar preocupado.__ È só que ...- Eu mordi o lábio quando vi Vasco aproximar-se da cama sentando-se ao meu lado. Alexandre cruzou os braços e me olhava com a sobrancelha levantada. Balançando a cabeça eu simplesmente decido dizer a verdade ao sentir aqueles olhares reprovadores . __ Ouve Fátima. - Suspirei. __ Vocês não podem vir a minha casa logo porque não estou lá...todo o fim-de-semana.

__ Então estás onde? -Fatima agora se mostrava mesmo preocupada .

__ Bom... - Estava a ficar nervosa não só por ter que explicar o que se passava, mas também com aqueles olhos inquisidores que não paravam de me fitar. __ Lembras-te do Alexandre e do Vasco?

__ Sim! - Fátima olha para a tela do celular um pouco confusa , mas curiosa também . __ O que tem?

__ Eles apareceram lá em casa ontem sabes ...- Mordendo o lábio meus olhos se desviam dos dois machos na minha frente e se fixam no teto do quarto . __Eles me convenceram a fazer queixa à polícia.

__ Ainda bem.- Fátima suspira de alivio. __Aquele maldito tem que ser apanhado.

__ Pois, mas acontece que ao fazer queixa à polícia eles acharam melhor eu passar o fim-de-semana fora de casa...- Solto uma exalação profunda . __ Pelo menos ate terem a certeza que não há perigo de saberem onde moro.

__ O quê? - Fátima fica apreensiva , ela temia isso mesmo . __ Então estás onde? Sabes que podes vir para cá.

__ Eles disseram para ficar em casa deles...- Desta vez meu olhar se fixa em Alexandre e logo em Vasco ao acrescentar . __ Já que era tarde eu não vos queria assustar.

__ Tu estas em casa daqueles dois marmanjos lindos de morrer? - Fátima declara rapidamente com perplexidade.

__ Sim ...- Completamente ruborizada eu sustenho a respiração ao ver o sorriso malicioso de Vasco. Clareando a garganta eu acrescento. __ Fátima avisa as meninas que segunda-feira já vou para casa e depois falamos, está bem. - Analisando o rosto de Alexandre percebo que está inexpressivo, mas seu olhar era quente .__ Liguem para o telemóvel.

__ Podes ter a certeza disso. - Fatima solta uma gargalçhada antes de acrescentar. __ E quero pormenores menina.

__ Não sejas idiota !!! - Eu declaro baixinho ,ruborizando quando percebo que eles poderiam ter ouvido.

__ Ângela! Não sejas tonta, aproveita a vida ....são dois dias. - Ela despediu-se rindo. __ Beijinhos e não te preocupes eu seguro as meninas.

__Ok! Beijinhos - Mordo o lábio olhando a tela do celular por uns segundos antes de desligar . Eu sabia que depois daquela conversa teria que lidar com dois homens atraentes e famintos , pela forma como ambos me analisavam. .

__Deves estar com fome !-Vasco de imediato sente a tensão se instalando no corpo de sua fêmea .Ele segura sua mão ternamente , alisando a pele suave e arrepiada , antes de a levar a seus lábios , a beijando sensualmente, acrescenta. __ Porque não desces para comer.

__ Sim estou esfomeada. - Retirei a mão e corri para a primeira porta que vi dentro do quarto aberta. __ Eu já desço, só preciso de ir ao banheiro .- Naquele momento eu só queria me afastar da tentação, mas esperava sinceramente que não fosse um armário.

__ Nós esperamos-te lá em baixo.- Alexandre de imediato declara com vos dominante e firme .

__ Certo!!!- Respirando fundo seguro a porta do banheiro os encarando de longe .Alexandre se mostrava sério e Vasco como sempre sorridente . Engolindo em seco acrescento. __Eu não demoro.

Lavei a cara e olhei-me ao espelho. Como podia meu  corpo reagir assim com um simples toque de Vasco, esquentando com um simples olhar de Alexandre. O que droga se passava comigo. Não podia estar atraída pelos dois, não, não era certo ! Mas seguramente eles mexiam comigo, não havia maneira de controlar algo assim. Será que eles viviam juntos? Arregalei os olhos, eu teria que sair dali o mais rápido possível. Alexandre tinha falado que Vasco era irmão dele. Como podiam ser? Um vampiro e um lobisomem? Abri a porta devagar e em silêncio tentei procurar a cozinha.

__ Estamos na porta à direita.- A voz soa dominante .

__ Ok ...- Rapidamente murmuro entre dentes, olhando ao redor ao mesmo tempo que congelo no lugar onde estava. Como é que sabiam que eu estava ali no corredor, ia em absoluto silencio. Balançando a cabeça tento não pensar muito sobre tudo quilo, avançando cautelosamente, entro numa espaçosa cozinha. Eles estavam sentados à mesa e entre eles uma única cadeira livre, pronta para mim. Na mesa tinha croissants, queijo, doce de morango e a acompanhar tinha café, sumo e leite. Aquela mesa abria o apetite a , mesmo que se eu não estivesse com fome.

__ Senta-te. - Vasco rapidamente declara apontando para a cadeira .

__ Obrigado. - Minha nuca se arrepia ao ver seus olhos mudarem de cor enquanto observava meu  corpo subtilmente.

__ Serve-te daquilo que te apetecer.- Alexandre rapidamente acrescenta apontando para a mesa .

__ Não era preciso tanta coisa. - Olhei para ambos e agradeci quando me sentei. Servi-me de um café com leite e um croissant com queijo. Antes da primeira dentada, olhei Vasco e logo timidamente para Alexandre, sabia que ele tinha uma dieta diferente dos humanos , mas não sabia ate que ponto. __Vocês não comem?

__ Desculpa, já comi. - Vasco imediatamente responde, sua voz quase saindo melodiosa ao observar os labios de sua companheira enquanto comia . __ Pensámos que acordavas mais tarde já que te deitaste pela manha.

__ Não faz mal.- A voz forte de Vasco vibrava com uma sensualidade que arrepiava a minha pele. __ Fizeram bem. - Clareei a garganta tentando anular todas as sensações que me invadiam .__Se não fosse o telemóvel, provavelmente ainda estaria na cama.- Dei umas dentadas e bebi um gole do café. Reparei que ambos me fitaram o que me fez começar a ficar nervosa. Eram tão diferentes um do outro, mas ambos emanavam uma sensualidade que me atraia.

“Inferno!! Os dois me atraiam!!!”Ofeguei com o pensamento, ruborizando na mesma hora que meu sangue esquenta como lava de um vulcão.De imediato respiro fundo percebendo uma mudança no ambiente , Alexandre fica tenso e me olha cautelosamente como se me estivesse a ler de corpo e alma .

"Como podia desejar dois homens, ainda mais sendo irmãos?" Abanei a cabeça como se isso fosse apagar todos os pensamentos depravados.

__ Estás bem? - Vasco inala subtilmente na direção de Ângela.

__ Sim...sim. - Clareando a garganta rapidamente tento mudar o foco para a comida , mas rapidamente a curiosidade fala mais alto. Mordendo o lábio analiso cada um deles. __Posso vos perguntar algo pessoal?

__ Podes perguntar tudo o que quiseres.- Alexandre declara rapidamente.

__ Como podem ser irmãos? - Clareando a garganta eu ruborizo ao apontar para Alexandre e logo para Vasco __ Vampiro ...Lobo ?

__ A nossa mãe era uma loba. - Vasco fixa seu olhar em Ângela ao declarar com um sorriso.

__ Mas o meu pai era um vampiro. - Nenhuma expressão cruza o rosto de Alexandre no momento que ele disse aquilo.

__ Ah ...bom! - Olhei Alexandre surpreendida, mas ainda um pouco confusa. __ Não tinha colocado essa hipótese.-Ele estava me analisando, me deixando desconfortável e excitada com seu olhar  hipnótico no meu. Sua calma, quietude e semblante sempre inexpressivo era algo atraente , ele sempre olhava as pessoas de frente com uma segurança extraordinária, algo que os humanos não faziam habitualmente . Mas Vasco também me atraia com sua personalidade de extrovertido e sua expressão sempre amigável. Ele inalou e eu engoli em seco ao ver  seu rosto mudar um pouco.

__ Os teus olhos...- Eu rapidamente ofego alarmada ao ver a cor negra aparecer sem aviso.

__  Desculpem... - Alexandre rapidamente se levanta.__ Eu volto mais tarde. -Respirando profundamente ele acena a seu irmão desaparecendo rapidamente da cozinha .

__ Disse algo que não devia? - De imediato encaro Vasco um pouco atrapalhada pela súbita fuga de Alexandre.

__ Não, claro que não. - Vasco puxa a cadeira de Ângela , suas mãos de imediato vão ao seu quadril, e em segundos a coloca sobre seus joelhos.Inspirando a curva de seu pescoço, ele rosna baixinho em seu ouvido. __ Alexandre só está com fome.

__ Fome ?- Vasco me levanta como se fosse uma pena , que me faz de imediato sustentar a respiração não só por seu toque, mas também pelo som animalesco e tão instigante que saía de sua garganta .Um delicioso arrepio de imediato se espalha por meu corpo, atingindo eficazmente o centro da minha feminilidade quando sua língua quente e húmida desliza por trás da minha orelha descendo para o pescoço.

__ Sim... - Vasco declara com voz rouca ,roçando os lábios na pele arrepiada de sua companheira excitada . Tentando se controlar para não a reclamar ali mesmo ele suspira bem perto de sua orelha .__Ele só precisa se alimentar ...

__Ah…entendo...- Gaguejo as palavras logo que percebo o que Vasco queria dizer . Imaginando Alexandre bebendo de alguma garota , meu peito se aperta. Teria ele desejo por meu sangue também? __ Por isso ...ficou com ....os olhos negros?

__ Sim...- Vasco responde de imediato sem deixar de acariciar sua bela femea disposta em seus braços . __ Vampiros só ficam com os olhos negros e as presas salientes quando estão com fome, agressivos ou ...- Ele encara Ângela fixamente, murmurando muito perto de seus lábios, como se pedisse permissão para avançar. __ Excitados...

__ Neste caso...era fome !- Eu questiono me perdendo em seu olhar , suas mãos me alisavam as costas suavemente e eu queria sentir seus labios ali sedentos na minha frente . Droga , porque não me afastava dele? Não  devia sucumbir assim por um homem, depois de ter sido acusada de ser frígida, e nunca disposta por meu ex, como podia estar ali, desejando mais e mais daqueles homens sobrenaturais .

O fôlego quente me deixava arrepiada e a minha resposta se deu rapidamente num gemido de prazer antecipado, mesmo antes de sua boca se colar à minha .Ele roça seus lábios nos meus ,o que de imediato envia um choque maravilhoso para todo o meu corpo. Depois de uma primeira amostra lenta , rapidamente Vasco inicia uma exploraçao intensa, como se estivesse faminto por minha boca , por meu sabor , por mim mesmo. Ele apertou o abraço na minha cintura me puxando mais para seu corpo,no seu colo, me aconchegando nesse calor maravilhoso gemendo com o prazer que sua boca me fazia sentir. Ele desejava-me, podia sentir o volume incrível sob  meu traseiro. Ele desceu uma mão para a minha nádega e a apertou sensualmente sobre o tecido da calça. Eu gemi mais alto e ele parou abruptamente o beijo. Vasco me olhou com luxúria,mas com uma preocupação latente em seu rosto . Amaldiçoando mentalmente o encaro ofegante, mordendo o lábio envergonhada , eu não queria que ele parasse , mas como homem lobo que era , Vasco rapidamente tinha percebido que aquele ultimo gemido não era de prazer, mas sim... de dor.

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