2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 9

Eu amaldiçoei por não me ter contido, eu não queria que ele parasse, devia , mas não era isso que desejava. Mas logo senti vontade de desaparecer dali quando vi Alexandre recostado à porta da cozinha nos observando inexpressivamente, seus olhos estavam de cor normal e não havia brilho sob seus lábios, parecia que se tinha alimentado bem. Perturbada me solto do aperto de Vasco quando Alexandre se aproxima de nós , mas rapidamente Vasco me segura pela cintura, me virando sem aviso, desliza a calça de algodão que usava.

__VASCO... Um rubor atinge meu rosto no momento que tento me recompor tanto da excitação como da vergonha de ser despida ali na frente dos dois. Segurando firmemente a peça de roupa no meu corpo o encaro irritada . _ O que pensas que estás a fazer ?

__ Desculpa... - Vasco olha para Ângela ternamente, puxando dominante a peça de novo para baixo. __ Só queremos ver até que ponto estás magoada.

__ O quê?- Fico sem ar ao sentir seus dedos deslizarem por minha coxa perto da curva de meu traseiro. Sabia que estava roxo,amarelo, quase de varias cores, e que doía ao toque, mas aquele gesto era sensual demais . Apertando os lábios evito fazer qualquer som que alertasse para uma dor ou prazer quando sua mão fica demasiado perto da calcinha. No que eu estava a pensar de me deixar levar assim por um beijo, uma caricia, sendo observada por outro homem. Será que no mundo deles aquela tensão sexual era normal...entre três pessoas?

__ Devias ter ido ao hospital! - Alexandre declara finalmente com autoridade.

__ Talvez...- Rapidamente engulo em seco ao dar com Alexandre e seu olhar negro de novo. __Mas não tive muita hipótese disso desde ontem, pois não? - Falei na defensiva, me recompondo rapidamente, apertando a calça o mais possível. Porque me estava a justificar? Suspirando profundamente os encaro com firmeza. _ Também não ia adiantar muito. Só o tempo cura um hematoma.

__ Concordo, mas há remedio que ajuda a passar mais rápido. - Vasco suspira preocupado . Encarando Alexandre, rapidamente acrescenta. __ Eu vou à farmácia.

__ Não é necessário !!!- Rapidamente insisto , mas de imediato fico envergonhada e surpresa quando Vasco simplesmente me beija na boca , na frente de Alexandre antes de sair da cozinha .

__ E só mesmo essa que tens? - Alexandre encara Ângela já a impedindo de mentir só com seu olhar inquisidor .

__ Não! - Clareando a garganta desvio de seu olhar, até parecia que ele estava à esperava que eu mentisse.__Mas as outras são pequenas e não sinto dor.

__ Tudo bem! - Alexandre faz uma pausa . __ Quando precisares de algo diz-nos.- Seu olhar recai intensamente na fêmea à sua frente antes de falar novamente. __ Esta casa é tua, quero que te sintas a vontade aqui...connosco...- Analisando sua postura desconfortável ele questiona um pouco frustrado . __ Certo??

__ Certo!- Mordendo o lábio respondo, acenando com a cabeça , mas algo me distraia das palavras de Alexandre enquanto ele se sentava numa das cadeiras vazias. Seus olhos estavam negros ainda , e havia um brilho fascinante sobressaindo de seus lábios grossos e suaves . Ele me encara com a sobrancelha arqueada e logo estica mais os lábios revelando aquilo que eu desejava ver. Sustentando a respiração fico ali analisando dois dentes longos e afiados que se destacavam de cada lado, do resto de sua dentição. Engolindo em seco, passo a língua nos meus ,excitada e ansiosa pela resposta que surgia na minha mente . __ Não te alimentaste? - Perguntei cautelosa.

__ Sim...- Alexandre de imediato percebe o fascínio de Ângela por suas presas e rapidamente segura seu olhar, a voz surgindo mais rouca do que esperava ao lhe responder._ Já me alimentei.

__ Que … bom...- Engoli em seco ao perceber o que podia significar. Pelo que o Vasco tinha dito,se não estava com fome, nem agressivo, só poderia significar uma coisa. “Droga!!!” Eu tinha que evitar que minha imaginação vagueasse naquele momento ao perceber o que significava, ainda mais com o sorriso de lado que ele rapidamente coloca ao analisar meu corpo. Era impossível naquele momento me afastar , havia uma química estonteante nos rodeando, e Alexandre parecia me hipnotizar com sua transformação sobrenatural. Mesmo arriscando a explodir espontaneamente com o calor que irradiava do meu corpo , não consigo deixar de fitar suas presas . Impulsivamente e sem aviso me aproximo, minhas pernas batem em seus joelhos e de imediato sustenho a respiração quando um arrepio invade totalmente as minhas terminações nervosas somente com quele toque. apreciando seus lábios fixamente.

__ Posso vê-las?- Apreciando seus lábios intensamente eu questiono sem medo.

__ Tens a certeza ?- Alexandre questiona apreensivo.

__ Sim !!!- Respondo sem hesitar e Alexandre logo me mostra sua total dentição ao abrir a boca amplamente , de uma forma que eu imaginei de imediato que era usada para morder alguém ao se alimentar. Meu corpo treme como se uma brisa fresca tivesse passado por mim naquele momento, a nuca se arrepia e eu fico totalmente confusa com minhas emoções. Como era possível uma coisa que me tinha apavorado há umas horas atrás, me excitar agora totalmente, nele. Fico boquiaberta por uns segundos , só olhando , mas depressa meus dedos alisam sua mandíbula, lento, cautelosamente .Alexandre fica tenso , mas não me impede de o analisar apesar de seus olhos brilharem como fogo negro, fixos totalmente em mim. Sem mesmo perceber quando, suas mãos começam a deslizar por minhas coxas, subindo até ao quadril , onde páram e me seguram firme. Talvez pensasse que eu ia parar e ele não queria , mas meus polegares continuam sua apreciação completamente viciados por algo que podia ser fatal.

Acariciei o lábio superior, o levantando um pouco e ouvi um pequeno grunhido, o que me faz congelar um segundo antes de deslizar o dedo da gengiva até a ponta do incisivo. Incrivel como antes era tão pequeno e depois se tornando assim comprido e afiado. Logo uma pergunta surgiu na minha mente . "Seria doloroso a sua picada ?"

Quando pensei nisso, as mãos de Alexandre afrouxaram seu aperto, mas eu não me afastei, levando o dedo diretamente à ponta afiada de sua presa, fiz pressão. A picada se fez sentir de imediato, e no mesmo instante uma gota enorme de sangue surgiu escorrendo por meu dedo. Sem mesmo perceber um gemido se solta da minha garganta quando a boca de Alexandre se fecha,ele me olha com um misto de dor e prazer ao sugar cada gotinha derramada do liquido que lhe dava vida . Foi aí que eu percebi que era impossível resistir à tentação, seus joelhos abriram minhas coxas, me obrigando a sentar escarranchada no colo dele,enquanto se deliciava com meu sangue , mais sensações de prazer me invadia e seu olhar segura o meu como se desejasse ler todas as sensações que me provocava . Quando ele pára e me liberta , a desilusão bate forte, a sensação era tão boa que me viciara em segundos. Mas rapidamente sua mão sobe por minhas costas , parando somente na minha nuca . Nossos olhos se conetam intensamente e sua boca se cola à minha . Sensualmente morde meu lábio inferior, e logo o superior ,suas presas arranhando suavemente , sem machucar . A língua surge logo depois , serpenteando livremente na pele de meus lábios vermelhos , me explorando devagar, atiçando mais o fogo que já me queimava de dentro para fora. Eu estava pronta a explodir .

Sem pensar em mais nada , meus braços se envolvem ao redor de seu pescoço , o puxando mais para mim, tomo a iniciativa de fazer o beijo passar de leve a mais instigante. Forçando a língua a entrar eu exploro sua boca quente e húmida , Alexandre geme baixinho, mesmo assim suas mãos se mantêm quietas , me deixando no controle. Eu estava completamente fora de mim, meu corpo ardia , ele tinha um sabor tão viciante , tão diferente, não havia nada que eu me lembrasse que pudesse comparar. Era um sabor inebriante que simplesmente me fazia querer mais de seus beijos ... sentir mais de seu corpo... saborear mais de tudo o que ele desejasse me dar...

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