Adotada Por Um Vampiro romance Capítulo 14

Larah On

Acho que fui longe demais com o Vinícius, não deveria ter falado aquelas coisas, ele não tem culpa de tudo que está acontecendo, ele me salvou e ficou ao meu lado tentando me animar, ele é um amigo de verdade, apesar disso não consigo, não quero acreditar que Derick seja tão repugnante, ele me criou, ficou ao meu lado, me fez sorrir.

Escuto alguém bater na porta, vejo Vinícius entrar, ele parece para baixo, não quero que ele se sinta culpado, me sento na cama, vejo um pedaço de bolo na mão dele.

Vinícius - eu prometi que te daria um bolo de chocolate com frutas vermelhas. / Diz me entregando.

- desculpa pelo que falei mais cedo, a culpa não é sua, eu também quero voltar para Vincell para resolver algumas coisas não esclarecidas.

Vinícius - eu vim te dizer que se não quiser mais ser moeda de troca tudo bem, deixarei você ir embora. / Ele está sério olhando para mim.

- não se preocupe com isso, tenho algo para resolver em Vincell e não tenho nenhum outro lugar para voltar. / Falo já mais calma.

Vinícius - não tem medo que Derick use você? / Vejo preocupação em seu olhar.

- não sei, na verdade sempre quis que Derick gostasse de mim não importando como.

Vinícius - ainda sente isso.

- eu não sei mais..... / Faz muito tempo que não vejo ele, muito mesmo.

Vinícius - se qualquer coisa acontecer você tem um lugar aqui entendeu? / Sorrio para ele.

- sim, obrigada. / Começo a comer o bolo.

Vinícius - vou explicar sobre o Hunter, parece que ficou curiosa.

- sim, muito.

Vinícius - o Hunter é um meio cão do inferno.

- cão do inferno? Existe mais além de vampiros e lobisomens?

Vinícius - bem mais, sereias, bruxas, demônios, anjos, tudo existe. / Fico paralisada.

- esse mundo é uma bagunça.

Vinícius - os anjos e demônios vivem no seu próprio mundo, as sereias vivem bem no fundo das águas, as bruxas estão por aí não sei aonde.

- os humanos são os mais fracos imagino.

Vinícius - sim, mas não pense nisso. / Fácil falar você é um vampiro, um nobre.

(...)

Se passou um maldito mês, estou brava, estou começando a odiar homens, todos olham para mim com malícia, nunca pensei que meu desejo iria se virar contra mim, ser bonita pode até ser legal, mas ser vista como puta não, até agora não vi Vinícius com alguma mulher, estranho, Derick toda semana ficava com uma, a noiva não se importava pois eram apenas mulheres do prazer, outro nome que eles deram para putas, eu não gosto de chamar as mulheres assim, pois acho que elas não queriam fazer isso.

Vinícius não apareceu ainda, será errado invadir o quarto dele? Foda-se, ele entra no meu sem pedir, subo as escadas e tento evitar ao máximo que alguém me veja indo para o quarto dele, paro em frente a porta, abro devagar, olho e não vejo sinal dele, ótimo, entro no quarto e ligo a luz, o quarto dele é bem arrumado, talvez eu encontre algum sinal das minhas suspeitas, começo a mexer na gaveta dele, vejo somente papéis, abro a segunda, vejo alguns preservativos, Vinícius é perfeito demais para ser hetero, mas talvez eu esteja enganada.

Abro a terceira e vejo a foto de uma mulher junto com uma carta, pego a carta, ela parece ser bem antiga, está até amarelada, abro a carta.

(Oi Vini, sei que não vai me perdoar por mentir para você, mas isso realmente não daria certo, eu me apaixonei por outro e vou me casar com ele, eu e meu noivo somos iguais, quero dizer, um vampiro e uma loba nunca daria certo, desculpa mesmo, mas o que tivemos foi bom o suficiente, acabou e eu tenho minha própria vida para seguir, espero que siga a sua e encontre uma vampira boa o suficiente para você. Assinado Bia)

Fico parada ali pensando, Vinícius amava uma loba? Não foi ele que disse que isso é impossível, para ele ter guardado essa carta essa Bia provavelmente foi importante, escuto um som alto, olho e vejo Vinícius sair de uma das portas do quarto com uma toalha cobrindo a sua intimidade, fico olhando o corpo perfeito dele por um tempo, pela sua expressão está bravo, mais não consigo tirar os olhos de sua barriga definida, desde quando virei uma pervertida?

Vinícius - o que eu te falei sobre não entrar no meu quarto? / Diz bravo, ele olha para minha mão e vê a carta, vejo ele vir até mim para pegar a carta.

- desculpa, eu só fiquei com dúvida em uma coisa e queria descobrir. / Falo com uma expressão inocente, ele pega a carta na minha mão e guarda.

Vinícius - ficar vasculhando o quarto dos outros é errado, pergunte! / Diz bravo, não achei que ficaria assim.

- desculpa, só pensei que você fosse..... / Acho melhor não terminar, acho que ele vai mesmo querer me matar, depois de ler a carta tenho certeza que não é.

Vinícius - pensou que eu fosse o que? / Pergunta sério, ele me coloca contra a parede, nossos corpos estão grudados, sinto seu membro em minha cintura, estou toda arrepiada.

- gay....... / Fudeu, por que eu disse isso, por que sou tão sincera? Meu Deus.

Vejo ele me olhar sem acreditar no que falei, logo percebo que estou completamente ferrada, nunca pensei que ia morrer tão cedo, tudo culpa da sinceridade.

Vinícius - então me deixe provar que não sou.

Antes que eu pense em algo sinto seus lábios nos meus, um calor intenso se espalha pelo meu corpo, não penso em mais nada, o beijo está ficando mais intenso, sinto a mão dele em minha cintura, sinto um calor intenso em minha intimidade, estou me sentindo tão molhada, nos separamos por falta de ar, ele começa a dar chupões em meu pescoço e vai até minha orelha, dá uma mordida me fazendo gemer, ele tira minha blusa me deixando de sutiã, vejo ele descer, fico sem saber o que fazer quando ele beija meus peitos que não cabem no sutiã, ele da um chupão, sei que vai ficar a marca de tudo isso, sinto ele descer mais.

- espera. / Falo nervosa.

Vinícius - ainda acha que sou gay? / Pergunta, estou sentindo malícia na sua voz.

- não, você não é. / Falo com meu coração a mil por hora.

Sinto que ele continua grudado em mim como se não quisesse sair, ele olha em meus olhos uma última vez antes de se afastar, aproveito o espaço para sair correndo, não sei como reagir a isso que aconteceu, entro em meu quarto e tranco a porta, agora não sei o que fazer com esse calor e desejo estranho, estou toda arrepiada, me olho no espelho e vejo as marcas vermelhas em meu corpo, agora vou ter que esconder essas marcas.

(...)

No dia seguinte faço de tudo para evitar Vinícius, é tão embaraçoso tudo que aconteceu, escuto alguém bater na porta, me levando da cama e vou até lá, abro a porta, vejo Vinícius, tento fechar a porta na hora mas ele não deixa, vejo ele entrar no quarto, me afasto dele sem saber o que fazer nem dizer.

Vinícius - tem como me ouvir pelo menos? / Diz me olhando.

- tá. / Falo evitando olhar nos olhos dele, sempre que olho sinto um calor ao lembrar daquilo.

Vinícius - me desculpe, eu não pensei quando fiz aquilo. / Eu não o culpo, eu fui a errada em entrar no quarto dele e mexer nas coisas, ainda mais falar que pensei que ele era gay.

- eu aceito agora sai. / Falo me sentindo quente.

Vinícius - o que foi? / Diz se aproximando.

- você faz eu me sentir estranha. / Falo o olhando nos olhos dessa vez, puta sinceridade desgraçada.

Vinícius - estranha como? / Pergunta curioso.

- quente, sinto algo estranho. / É tão constrangedor.

Vinícius - algo bom? / Diz tocando em meu rosto.

- acho que sim. / Falo olhando o chão não querendo encarar ele.

Vinícius - nunca ficou excitada antes? / Pergunta levantando meu rosto me fazendo encarar seus olhos verdes.

- meu namorado humano me fazia sentir incomodada.

Vinícius - já pensou em se tocar? / Sinto meu rosto ferver de vergonha.

- mas isso não é errado? / Em Vincell isso meio que é proibido.

Vinícius - quem disse isso?

- fui ensinada que mulheres não podem influenciar o próprio prazer.

Vinícius - deixa eu adivinhar, aprendeu isso em Vincell?

- sim. / Falo com vergonha.

Vinícius - se excitar não é errado. / Fico com tanta vergonha que tento correr para longe dele, mas sinto a mão dele me segurar.

- vamos parar de falar sobre isso. / Falo com vergonha.

Vinícius - você nunca se excitou pensando em alguém? / Ele parece estar cada vez mais curioso.

- só pensei uma vez depois de ter visto. / Eu nunca pensava nisso até pegar Derick transando com a Deborah, foi a pior visão que tive porque era com a Deborah, aquela desgraçada.

Vinicius - se sente desejo, faça.

- vergonha....

Vinícius - olha, não ache que um homem deve fazer o que quiser com você, que você deve obedecer sem pensar, não se deixe ser tocada se não gosta do toque.

- mas eu gosto do seu toque. / Eu não acredito que falei isso, vejo ele ficar sem saber o que falar.

Vinícius - você tem que aprender a parar de falar o que passa pela sua cabeça. / Acho que ele percebeu.

- por favor, pode ir, quero ficar sozinha. / Falo já não aquentando a vergonha.

Vinícius - não era minha intenção de deixar sem jeito. / Vejo ele sair pela porta, por que toda vez que vejo ele fico molhada.

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