Além do horizonte romance Capítulo 13

Atílio cochilou sentado e acordou, deu alguns passos olhando para a janela. Virou-se viu Guadalupe ainda deitada, encolhida como um animal acuado suspirando e chamando por socorro.

– Gabriel? – Ela gritou.

Atílio se enfureceu.

– Se atreve a chamar por ele na minha cama?

Ele foi até ela e segurando em seus ombros a sentou na cama rispidamente.

– Chamou por ele, chamou enquanto dormia – Ele gritou e chacoalhou o corpo dela.

Fui despertada com Atílio me agarrando pelos braços e a me machucar.

– Você me assustou, foi só um sonho, mas de verdade está machucando meus braços ainda mais!

– Você o ama, por que não admite de uma vez que ama aquele maldito?

– Sim eu amo, amo como um irmão e não como você pensa e agora me solte. – Ela tentava se desvencilhar dele.

Eu larguei os braços dela, antes que cegasse pela segunda vez de ciúmes do mesmo homem. Contei mentalmente até dez, enquanto ela alisava os próprios braços ainda ofegante e sentada na cama.

– Precisa de alguma coisa? – Perguntou ele se afastando ainda mais.

– Não sou inválida, só preciso de um tempo para saber onde estão os móveis e poder me locomover pela casa.

– O que quer fazer agora?

– Me lavar! Só...só me leve até o banheiro e posso fazer isso sozinha.

Eu a ajudei a se levantar e vi sobre aquele lençol branco a prova que tanto queria de sua virgindade. Retirei as faixas de seus braços, já estavam um pouco melhor e não sangrava mais.

– Pode tirar a roupa.

Ela sem pudor retirou a camisola que usava, ficando totalmente nua na minha frente e em plena luz do dia. Engoli seco, liguei o chuveiro e ela entrou embaixo deixando cair sobre si aquela água morna que lhe molhava os cabelos.

Seu corpo molhado parecia uma obra de arte esculpida pelas mãos de Deus, ao ver seus mamilos enrijecerem senti encher de água minha boca eu já estava muito excitado. Me virei de costas um instante.

Estamos casados, por que eu não poderia tocar nela mais uma vez? É minha esposa, minha mulher e a amo tanto apesar de negar ao mundo e a mim mesmo. Cheguei mais perto, ela me sentiu na sua frente parou de se ensaboar e passou a acelerar sua respiração.

Senti ele deslizar delicadamente as mãos sobre meu corpo, começando pelo meu pescoço e descendo pelos meus seios alisando devagar os meus mamilos com o polegar e entre os demais dedos.

Tremi e fiquei arrepiada, mas não o impedi sou sua mulher e tenho que cumprir com minhas obrigações como tantas vezes ele me recordou. Ainda assim temi...

– Eu posso me ensaboar sozinha.

– Você é minha e eu te quero. – Respondeu ele com água na boca.

Atílio me abraçou de costas, senti seu órgão rígido me roçar as nádegas e desceu ainda mais a mão até parar entre minhas pernas, alisando minha intimidade com carinho.

Jamais havia experimentado nada parecido com aquilo que estava sentindo com o toque dele, cheguei a perder as forças, mas ele me manteve de pé.

– Pare. – Suplicou ela repousando a cabeça para trás no corpo dele.

– Não é o quer que eu faça!

Ela tremia em minhas mãos e eu sabia que desta vez era de prazer, enquanto eu agarrava um de seus seios sustentando seu corpo nu para que não caísse rendida de tanto desejo no chão daquele banheiro, minha outra mão lhe dava prazer ao mesmo tempo em que limpava o sangue de sua primeira vez ao cair da água.

– Atílio isso...é...Deus! – Guadalupe gemia e se esticava nos braços dele.

– Prazer, apenas desfrute minha amada!

Guadalupe gemia e se contorcia de prazer e eu estava louco de vontade, cessei os movimentos dos dedos entre suas pernas.

A virei para mim, abocanhei seus lábios com os meus em um beijo tórrido e que ela não recusou, minhas mãos percorreram cada pedaço daquele corpo sinuoso e molhado. Fui beijando lentamente seu pescoço até descer para sua barriga, como era doce aquela pele lisa e macia e eu queria descer até meus lábios encontrarem...enquanto descia minha cabeça até onde mais desejava estar, Lupe sentiu o caminho para onde os meus beijos se encaminhavam...

Ela gemeu, eu sabia que ela queria tanto quanto eu.

Por timidez apertava as coxas na tentativa de que eu desistisse de adentrar minha língua naquela carícia e sentia minha barba recém feita em seu umbigo e descendo a cada instante um pouco mais.

– Quero que você relaxe, eu só quero te dar prazer. – Disse ele entre gemidos de vontade.

Eu continuei, admirei aquela parte tão bem feita quanto todo o resto, não havia mais sangue apenas o elixir de sua excitação, mergulhei entre suas pernas e beijei sua intimidade como se tivesse fome daquele momento e sim eu tinha a muito tempo!

Lambi, chupei e me esbaldei o quanto pude até ouvir seus gritos, eu estava ficando sem controle e notei que ela ficava ainda mais molhada enquanto a água do chuveiro molhava nós dois.

Aquele era o momento que eu esperava, não aguentava mais precisava adentrar e me sentir novamente apertado por suas entranhas. Posicionei-me entre suas pernas e logo meu órgão duro e latejante encontrou o caminho de minha amada Lupe, que já estava preparada para mim e eu forçava com cuidado enquanto ela gemia.

– Isso dói. – Reclamou apertando os braços dele.

– Quer que eu pare?

– Não!

Ela tentava se inclinar para cima onde fugiria de minha penetração, ao mesmo tempo em que me abraçava forte e puxava os meus cabelos contra seu corpo encostando a boca no meu corpo.

Aquilo doía, mas ao mesmo tempo me dava tanto prazer eu estava gostando dos carinhos que Atílio me fazia. Jamais imaginei que entre marido e mulher pudesse haver um momento como aquele, doloroso e perfeito ao mesmo tempo!

– Eu te quero tanto, agora e para sempre você é minha. – Atílio beijou os lábios dela mais uma vez silenciando os gemidos de ambos.

Ele forçou apertando e invadindo meu corpo pela segunda vez, empurrou com força para dentro e eu gritei, ele me projetava meu corpo para cima me levantando pela cintura para que nos movêssemos mais. Me beijava os lábios enquanto eu me senti apertar contra a parede fria.

E como era apertada quente, muito melhor do que em todos os meus pensamentos sempre imaginei e sonhei em estar dentro dela. Apesar de sua doçura sempre idealizei nossos corpos como uma fonte de prazer para ambos.

– Me beije! – Ela clamou fazendo ele sorrir e realizar seu desejo.

Guadalupe conseguia desfrutar do prazer que era ser preenchida por inteiro, desfrutaram alguns minutos daquele prazer sem desgrudar os beijos Lupe começou a mover os quadris e o apertou com força dentro dela, abraçando os quadris dele com suas pernas. Aquilo permitia um penetrar mais profundo e Atílio enquanto mordia sua orelha, não podia mais segurar, gemiam forte dessa vez juntos.

– Ahhhh você me tira o juízo. – Atílio contraiu o abdome.

Ele liberou seu gozo dentro dela agarrado exausto em seu corpo, aquele jato era quente ela sentiu deixar seu corpo uma descarga de energia que nunca havia imaginado sentir, ela havia tido seu primeiro orgasmo.

Atílio relaxou uns instantes descendo o corpo dela retirando-se de dentro com cuidado, estavam exaustos e felizes.

Olhei para o rosto dela, estava avermelhado e molhado. Ela não podia ver o quanto estava linda e o quanto eu estava realizado em ter dado prazer a ela pela primeira vez. Aquilo me deu esperança de um dia conseguir seu amor, só de poder tocá-la sem tantas lágrimas e medos era muito mais do que eu poderia sonhar. Peguei a toalha e sequei cada pedaço do corpo dela com muitos beijos, de tanto estudar cada centímetro eu poderia desenhá-la com perfeição.

Nos vestimos e ofereci meu braço, Amélia nos esperava com um jantar especial e flores enfeitando a mesa.

Puxei a cadeira e me sentei ao seu lado, não conseguia disfarçar a cara de bobo apaixonado Amélia percebeu a quilômetros.

– Como estão seus braços? – Amélia perguntou.

– Só doem quando os tocam com força.

– Aqui está Lupe, fiz uma massa italiana para o jantar. Espero que goste!

– Sim eu gosto e estou faminta apesar de tudo.

Ela comia depressa e realmente parecia estar com fome, algo tão simples e que me dava prazer apenas de olhar. Por que a amo e vê-la feliz, me faz feliz.

Jantamos Amélia retirou os pratos e foi se deitar, claro que pretendia nos dar mais privacidade.

– Gostou da comida?

– Sim, Amélia cozinha muito bem. – Guadalupe tomou um copo d’água.

Ela deu um singelo sorriso enquanto se levantava, a muito tempo não a via feliz.

– Adoro quando você sorri.

Ela abaixou a cabeça e eu a levantei delicadamente pelo queixo.

– Me perdoe por ter atirado em seu cavalo, eu ia te dizer tantas coisas e coisas que ainda estão aqui presas dentro de mim...

Ela colocou a mão em meus lábios me silenciando.

– Nada disso importa mais, vamos seguir em frente.

A peguei nos braços.

– Assim vai parecer que além de cega eu não ando! – Guadalupe disse a sorrir.

Eu sorri.

– Depois de tantas confusões entre nós, só quero parecer um pouco mais cavalheiro.

Parei na sala, coloquei ela no chão e me sentei no banco do piano.

– Sente-se aqui ao meu lado um pouquinho.

Guiei seu corpo até a cadeira.

Ela se sentou, dedilhei algumas notas usando a mão dela. Guadalupe sorriu e suspirou.

– Você tem um dom maravilhoso nas mãos.

– Acho que de alguma forma aprendi a dedilhar para você. – Sorri maliciosamente.

Guadalupe não entendeu o que eu realmente quis dizer tornando meu trocadilho inútil.

– Achei que não acreditasse nessas coisas de destino.

– Eu não acreditava princesa.

Suspirei.

– Mas, gostaria de aprender a tocar? Dessa vez posso te ensinar todos os dias um pouquinho mais.

– Acho que não consigo fazer isso.

– Eu discordo, acho que pode conseguir tudo nesse mundo e eu já te disse isso uma vez!

Guadalupe não tinha a noção do poder que tinha nas mãos, eu estava rendido e faria tudo nessa vida para fazê-la feliz. Se ela me pedisse o céu, eu estava disposto a dar.

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