INSANO romance Capítulo 29

ANGELINA

Nos dias que se passam, Enrico fica olhando desconfiado depois do tapa que dei em sua cara.

Decidi não contar nada pra Fabrizzio por causa do cabaré que poderia acontecer e deixei pra lá.

***

Estou dormindo com ele no meio da noite, me acordo ao sentir que ele não está do meu lado.

Ao olhar para o lado, vejo ele sentado na cama, segurando algo e olhando fixamente.

- Fabrizzio?

Ele se assusta, evitando olhar pra mim e fala:

- Volte a dormir, Angelina...

Ele não olha pra mim e continua olhando para o tal papel. A curiosidade me mata e me levanto da cama. Ele baixa a mão para eu não ver o papel.

- O que você está olhando e porque está chorando ???? - eu pergunto.

- NADA! - o italiano responde, grosseiramente.

Tomada pela curiosidade, decido pegar o papel da mão dele, sem ele esperar e vejo que se trata da foto da falecida.

A irá toma conta de mim. Eu jogo a foto na cama e saio do quarto, revoltada. Logo depois, me tranco em meu quarto e começo a chorar revoltada.

- Que raiva!!!!!!! Ele nunca esquecerá essa mulher!!!! Ahhhhhhhhh!

Me deito na cama e choro até adormecer mas ele não vem atrás de mim.

No dia seguinte, acordo cedo como de

ostume e vou ver senhor Stefano mas ele continua num sono profundo.

Decido ir tomar café e vejo Enrico comendo e conversando com dona Conceição. Ela parece gostar dele.

- Bom dia. - eu falo.

- Olá, meu amor. Como você está? -  Conceição fala.

- Estou bem, dona Ceiça.

- Bom dia para você também, Angelina. - Enrico diz para mim, todo simpático.

- Oi, Enrico. - me sento com cara de poucos amigos e ele percebe.

- Você tá bem? - ele pergunta, preocupado.

- Sim...

- Mentira. O que o Fabrizzio fez?

Eu suspiro e desabafo:

- Estou cansada de ter que aguentar a sombra de um passado que não volta mais...

Enrico fica pensativo e me indaga.

- Ele ainda dorme com a foto dela, não é?

Arregalo os olhos surpresa e afirmo.

- Sim...

- Se ele soubesse quem ela era de verdade, ele não faria mais isso... - Enrico fala meio revoltado.

- Como assim, Enrico?

- Nada... deixa pra lá...

Começamos a conversar assuntos aleatórios e ficamos rindo de algumas coisas.

Enrico não é tão nojento como eu pensava e sinto confiança nele.

De repente Fabrizzio chega na cozinha e nos vê sorrindo de algo.

Ele nem nos dá bom dia, só nos olha com ódio e sai bufando de ódio.

- Droga... Como diz a Dayanna... O cabaré vai começar. - eu digo preocupada.

Baixo a cabeça muito triste e fico com o coração apertado.

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