FABRIZZIO
Desço do carro, vou até ela, a indagando.
- Tem certeza?
- Sim...
Nessa hora, uma senhora de meia idade, toda rabugenta, chega com 2 homens e fala de forma grosseira com Angelina:
- Ora ora, Angelina! Achou que iria fugir dessa vez ???? Ou me paga o aluguel atrasado agora ou vou te colocar pra fora!!!!!
- Eu, eu vou pagar! Só me dê mais um mês, por favor! - Angelina fala nervosa.
- Não! Rapazes, tirem as coisas dela aí de dentro! - a velha rabugenta esbraveja.
Angelina começa a chorar e eu me enfureço com a tal mulher.
- PARE! - grito possesso, assustando a todos - Quanto ela deve do aluguel dessa pocilga????? - eu pergunto.
- QUE? Quem é o senhor??? Meus imóveis não são uma pocilga! - a dona da pensão me pergunta.
Me aproximo, a encaro e falo rudemente, fazendo-a tremerna base:
- FABRIZZIO CHIAVENATTO!
A senhora rabugenta arregala os olhos com medo e os homens dão alguns passos para trás.
- Ohhhhhh, senhor Fabrizzio... Eu não estava o reconhecendo... Eeeee, conhece essa moça? - ela pergunta, morrendo de medo.
- Sim e vai trabalhar para mim. Agora me diga, quanto ela deve!
A mulher fala o valor, então eu pego minha carteira, tiro as notas e dou pra ela, a repreendendo.
- Devia ter vergonha de cobrar um valor desse por este moquifo!!! Angelina, pegue sua mala com suas roupas e vamos dar o fora daqui!
- Que? Mas, pra onde eu vou ? - Angelina pergunta assustada.
- Pra minha casa! Já que vai cuidar do meu avô, terá que ficar no quarto que era de Rosa. Depois você aluga outro lugar provisório e mais decente.
- Mas...
- Vai logo, Angelina!!!
Na sequencia, ela entra toda nervosa na casa e arruma as poucas coisas que tem em uma mala. Angelina veste uma blusa branca e uma calça, um tênis e amarra o cabelo de forma irregular. Parece uma criança travessa.
- Só tem essa mala??? - pergunto incrédulo.
- Sim, não tenho muitas coisas. - ela responde envergonhada.
Pego a chave da mão dela e dou para a dona.
- TOMA! Entra no carro, Angelina!
Ela engole em seco e entra no carro. Ao dar partida, a noto pensativa e assustada. Então eu pergunto:
- Tá com fome?
- Não, senhor.
- Mentirosa. Vamos tomar café da manhã numa padaria, estou morto de fome...
Ela evita olhar pra mim e fica olhando para a janela.
Apos alguns minutos, chegamos na padaria e descemos do carro. Sentamos na mesa e eu peço um café da manhã delicioso para nós dois. Ela olha pra mim envergonhada e fala:
- Senhor, eu vou te pagar o dinheiro do aluguel, eu prometo.
- Não precisa. Você irá cuidar do meu avô, já é o suficiente.
- Ok, senhor Fabrizzio.
A menina baixa o olhar mas ao ver a comida chegando ela arregala os olhos.
Eu falo todo bruto:
- COME!
Ela engole seco novamente, começando a comer os deliciosos croissants.
- Tá gostoso? - pergunto, vendo ela cheia de fome.
- Muito... isso é tão bom...
- Verdade... Come com vontade.
Ela trava o olhar no meu e volta a comer, toda envergonhada.
A forma como ela come me deixa super excitado.
Essa boca dela é um pecado.
Olho para ela e falo sério:
- Angelina, escute. Quando estiver em minha casa, pode comer o que quiser, entendeu?
- Sim, senhor, obrigado.
Eu não respondo, só tomo meu café e a observo atentamente.
Os cabelos bagunçados dela estão deixando ela com um ar selvagem e eu fico louco com isso.
Porra, essa menina mexe muito com minha mente...
Quando ela termina de comer, eu falo com ela:
- Escuta, você tem conta no banco?
- Sim.
- Lembra de cabeça da conta?
- Aham.
- Me passa agora, vou transferir seu salário agora pra lá.
Ela fica surpresa e fala toda teimosa:
- Não! Eu vou trabalhar o mês inteiro e depois o senhor me paga!
- Arg!!!! Garota, me passa tua conta agora! Você precisa de dinheiro para comprar umas roupas decentes, não vai andar na minha casa com essas tralhas!
- Queeee??? Minhas roupas não são tralhas!
Eu a encaro, vejo ela tremer ao meu olhar e falo todo bruto:
- Estou começando a perder a paciência com você... Não me faça se arrepender de ter ido atrás de ti. ME PASSA A PORRA DA CONTA!
A garota engole seco e fala com os lábios tremendo os dados da conta, logo depois, transfiro 10 mil reais pra ela.
- Olha pelo seu celular, já transferi.
- Eu, eu não tenho celular, senhor. Tive que vender pra comprar comida.
- Ok. Você vai hoje no shopping com o motorista e comprará tudo o que precisa. E por favor, compre uma porra de um celular! Eu vou precisar te ligar para saber como está meu avô.
- Sim, senhor. Muito obrigado pela sua generosidade.
- Não se acostume, isso é raro da minha parte. Agora se levanta e vamos embora. Estou atrasado, de novo!
Angelina, se levanta e ao tentar entrar rapidamente no carro, ela esbarra em mim.
Eu seguro ela nos braços, olho-a intensamente e sinto uma corrente elétrica percorrer pelo meu corpo...
Isso é muito louco, pois nem as mulheres que eu fico me fizeram sentir isso.
- Cuidado por onde esbarra, anjo. - falo ao ampará-la nos braços.
Na sequencia, a linda menina se afasta rapidamente e entra no carro, com o rosto todo vermelho de vergonha.
Eu vou dirigindo devagar até a minha casa, somente para observá-la por alguns momentos.
A beleza dela é angelical e ao mesmo tempo selvagem.
Isso mexe com o animal que está dentro de mim.
Eu não me aguento e pergunto:
- Tem namorado, Angelina?
- Que? NÃO! Nunca tive, na verdade.
- kkkkkkkkkkkkk, pare de mentir, garota.
Que conversa é essa?
- É serio. E me desculpe, mas não quero falar sobre esses assuntos com o senhor.
-Tem razão! Você é só a enfermeira do meu avô!
Decido me calar, com o tora dela e sigo em direção a minha casa. Entrando lá, ela desce do carro e me despeço dela:
- Cuide bem do meu avô. Tenha um bom trabalho.
- Obrigado, senhor.
Nos encaramos por alguns segundos, então eu ligo o carro e vou embora para a empresa.
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