LASCIVA romance Capítulo 45

Capítulo 44

Isis Melo.

Eu estava sentada no banco de trás do carro de Fernando, tentava me acalmar e evitar os soluços, mas a imagem do homem morrendo na minha frente não sai da minha cabeça. Assim que peguei o celular para ligar para ele, vi seu carro se aproximando, então resolvi esperar ele chegar para falar com ele, mas se tivesse visto aquele maldito sinal antes, teria corrido para bem longe. Assim que meus olhos cruzaram com os dele, percebi que havia algo de diferente nele que nunca havia visto antes, o que eu vi foi maldade, a maldade nua e crua. Foi apenas um segundo para que eu visse seu sinal, vi o sinal na sua mão, mas não tive tempo de correr. Meu celular ficou caído no chão, e o segurança que estava se encaminhado para a casa de Jaime tentou fazer algo, mas foi atingido com vários tiros. O sangue do homem espirrou para todos os lados, e ainda havia manchas de sangue na minha blusa branca.

- Isis meu amor, acho melhor você calar essa boquinha linda. Se não vou ter que parar o carro e enfiar meu pau nela. – Falou com aquela voz que eu achava ser doce. Sentir ânsia de vomito só de pensar nele concretizado suas palavras. Comecei a chorar silenciosamente. Ele dirigia sem parecer ter fim, estava com medo de saber qual seria o nosso destino. Pensava em Jaime com mais intensidade do que nunca, e sabia de uma coisa, não deixaria esse desgraçado me tocar. Preferia morrer a deixar isso acontecer.

- Por que tudo isso Fernando? Sussurrei mais calma. Ainda não podia acreditar que aquele homem do Central Park fosse o mesmo que estava me ameaçando desta maneira, e o mesmo que matou uma pessoa a sangue frio.

- Eu a amava, estava pronto para me casar com ela, mas quando eu chego de viajem o que eu encontro. A minha namorada querendo me largar, e ainda descubro que ela queria me deixar por causa de um depravado. Por um homem que a humilhava, dividia seu corpo com outros homens, e fazia tanta bizarrice com ela. Tudo isso me deixou louco, acabei estuprando-a e matando, mas não se preocupe o seu destino não será diferente do dela. – Tentei conter o choro.

- Mas por que eu? Ele sorrir cruelmente.

- Quando mandei aquele vídeo para aquele depravado, pensei que nunca teria o prazer de me vingar, pois ele nunca havia se apaixonado por ninguém. Ele continuou tendo a vida dele depravada de sempre, nunca se sentiu culpado pela morte de Marisa. Seguir a vida dele durante dois anos, não queria mata-lo, isso seria muito pouco para aquele filho da puta. Quero que ele sinta na pele como é perder a própria mulher. Preferia que você tivesse se apaixonado por mim, ao invés dele, mas quando achei que vocês não estavam mais juntos, você dançou para ele e ali ficou óbvio o amor que ele sente por você.

- Você está enganado sobre Marisa. – Tentei Falar. Iria falar que Jaime se culpa muito pelo que aconteceu, e que ele não sabia que ela tinha namorado, mas ele não me deu chance.

- Cala a boca sua puta. – Falou transtornado. Encolhi-me com suas palavras.

Dirigiu por mais alguns minutos e depois parou o carro.

- Tire a camisa. – Falou. O olhei em choque. Balancei a cabeça assustada. Percebi quando alguns homens se aproximaram do carro, um deles abriu a porta e Fernando saiu do banco do motorista e entrou na parte traseira onde eu me encontrava.

- Não Fernando, por favor. – Implorei para que ele não encostasse em mim, mas ele sorriu diabolicamente, como se sentisse prazer com meu desespero.

Ele puxou a minha camisa pela minha cabeça. Cobrir meus seios que estavam com sutiã. Meus olhos se arregalaram quando ele puxou algo do bolso, pensei que fosse uma arma, mas era seu celular.

- Que tal fazer um vídeo antes de embarcarmos. – Falou e começou a filma. Embarcamos? O medo tomou conta do meu corpo, achei que fosse desmaiar.

- Sorria Isis. – Falou de forma doente. As lágrimas desciam pelo meu rosto por saber que nunca mais veria Jaime novamente.

- Quer dizer algo para o seu noivo. – Fernando falou com deboche. Passou as mãos pelos meus seios, descendo até minha cintura e abrindo o botão da minha calça.

- Eu te amo... – Falei pensando em Jaime, e pensando que tudo isso é minha culpa.

- Oh... Você disse as mesmas palavras que Marisa falou antes de morrer. – Disse irônico. Ele pegou a arma e fez com que eu saísse do carro.

Do lado de fora havia vários homens de preto e um jatinho. Só de olhar para as escadas do jatinho eu sabia que se entrasse ali dentro seria o meu fim, imagens horríveis passaram pela minha cabeça. Ele colocou a arma na minha cintura e andando ao meu lado, falou.

- Anda que não tenho o dia inteiro. Mesmo com a arma na minha cintura, não conseguia andar. Não entraria naquele jatinho, isso seria pior que a morte.

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