LASCIVA romance Capítulo 46

Capítulo 45

Jaime Gandy

Antes de sair de casa recebi o maldito vídeo no meu celular. Mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde o vídeo chegaria dei play com as mãos trêmulas. Eu precisava olhar o que tinha ali, precisava encarar tudo isso de frente. Ser forte e dá a minha própria vida para salvar a do meu amor se fosse preciso. Ver o vídeo fez meu sangue esquentar de tanto ódio, o desgraçado filmava Isis chorando, ele passava a mão sobre seu corpo, e no final ela dizia que me amava. Só conseguir visualizar a mão dele e mais nada. Faria questão de cortar a mão dele quando o pegasse.

- Inferno! Soquei a mesa. Todos em casa estavam aflitos, e minha mãe ao ver minha reação tentou me impedir que eu fosse atrás de Isis, e isto foi à gota d'água.

Conseguimos rastrear o anel de Isis e estávamos seguindo para o local que localizamos no mapa. Eu só pensava nas coisas que faria com este assassino assim que colocasse as mãos nele. Dois carros pretos seguiam o meu, que estava apenas Jody e eu, nos outros dois havia seguranças. Acionei a polícia e os mesmos estão indo para o local tentar prender o assassino, e não posso deixar passar de hoje.

Descemos próximo do local, e fomos andando até um galpão de céu aberto. De longe pude ver um jatinho e alguns capangas do homem que segurava Isis pela cintura, percebi que ele tinha uma arma na cintura dela. Sentir um calafrio percorrer meu corpo. O homem está de costas, por isso, não conseguir identificar seu rosto. Ouvimos o som dos carros da polícia. Inferno! Esses idiotas não sabem chegar ao local em silêncio, os capangas se apressaram em subir no jatinho. Enquanto o homem pressionava Isis para que ela andasse, mas ela parecia paralisada.

O homem ficou de perfil e logo identifiquei seu rosto. Céus, o tempo inteiro foi Fernando. O desgraçado apontou a arma para Isis e ouvir quando ele gritou com ela, ordenando que ela subisse no jatinho. Ninguém queria avançar por medo do homem atirar em Isis, mas eu não aguentei ver a cena e ficar parado.

- Fernando. – Gritei lhe agredindo. Ele jogou Isis contra o chão, e correu para o jatinho. – Volto para te buscar sua puta. - Ele praguejou e entrou no jatinho que estava pronto para partir. Os seguranças tentaram impedir o voo, mas nada adiantou. No momento a única coisa que me importa está caída no chão... Olhei para aquele jatinho e minha vontade é de explodir o mesmo com o olhar.

Isis Melo.

Ouço vozes do lado de fora, e tento acordar. Tento abrir os olhos mais é em vão... Acabo dormindo novamente. – Isis meu amor... Preciso tanto de você. – Ouço a voz de Jaime, mas não consigo acordar. Tem algo que me prende ao meu subconsciente e sinto que se acordar será o meu fim, sinto como se a dor e o sofrimento não fossem mais ter fim. Quero gritar para fazer tudo isso passar...

– Isis me perdoa por não ter te protegido... – Ouço a voz novamente de Jaime. Desta vez consigo abrir os olhos e a iluminação do hospital me faz gemer com o incomodo. Tento me acostumar com a iluminação e quando consigo vejo os olhos ansiosos de Jaime na minha direção. Céus! Lágrimas quentes escorrem dos meus olhos. Sinto um alívio imediato, ao vê-lo. Agradeço mentalmente por aquele doente não ter me levado.

- Meu amor, acabou, acabou... – Jaime sussurra no meu ouvido. Sua voz está completamente embargada, e vi que seus olhos estão marejados.

Balancei a cabeça negando... Ainda não tinha acabado, além de Fernando ter conseguido fugir, ainda tem Conrad e o nosso segredo. Gemi ao sentir uma pontada na cabeça, mas eu preciso falar logo o que tanto me atormenta.

- Preciso te falar algo... – Ele me interrompeu.

- Agora não, você precisa descansar.

- Não... – Tentei falar, mas o médico entrou no quarto e disse que precisava fazer alguns exames. O médico fez uma bateria de exames e disse que a depender do resultado eu terei alta amanhã.

Durante a tarde a mãe de Jaime e Nanda estiveram no hospital. A mãe dela apenas disse que ficou feliz por nada ter me acontecido, não sei se acredito nela. Nanda ficou conversando comigo.

- Fico tão feliz por você está bem. – Nanda falou me abraçando. Eu apenas sorrir fracamente.

- Nunca havia visto meu irmão tão transtornado, Isis. A forma como ele ficou nos últimos dois dias, ele se desesperou quando recebeu o vídeo. Pela primeira vez na vida ele brigou com a mamãe, nunca tinha o visto falar com ela daquela forma. Conrad nem respirava dentro de casa, com tanta tensão. – Falou apressadamente.

Lágrimas caíam do meu rosto, e meu coração estava pequenino de tanta dor. Minha cabeça latejava, e a dor que sentia por guardar esse segredo apenas crescia dentro de mim. Suspirei cansada e, por isso, Nanda disse que iria embora.

- O seu afilhado também ficou muito feliz por não ter acontecido nada com a madrinha dele. – Falou me pegando se surpresa. Dito isto, ela saiu do quarto sorridente. Ela não imaginava o efeito que suas palavras tiveram em mim.

Jaime Gandy.

Nos dois dias que Isis ficou desacordada tomei algumas decisões. A primeira é que preciso ir embora. Não faz bem para nós dois ficarmos aqui em casa, minha mãe não aceita Isis, e nem tenta conhecê-la, ainda tem o traste do Conrad que não consigo engoli, eu não acredito e não confio nele. Quando Isis estava inconsciente, Conrad teve a ousadia de visita-la, eu o peguei acariciando o rosto dela, como se eles fossem íntimos. Se o médico não estivesse ao meu lado eu teria feito uma besteira.

- Tire suas mãos dela. – Falei furioso. Minha mão estava cerrada e pronta para atacar. Ele se afastou rapidamente. Seu olhar preocupado na minha direção.

- Calmo cunhado. Isis é da família e tenho todo o direto de visita-la. – Falou.

Não iria ficar discutindo com esse idiota. Peguei-o pela camisa e o coloquei para fora do quarto. Toda essa tensão e esses conflitos fazem mal para qualquer um que ficar por perto. Fernando está sendo procurado pela polícia, acusado do assassinato de Marisa e por sequestro, ao menos, agora temos um rosto.

Eu não esperava a visita de Oliver no hospital. Ele ficou sabendo o que aconteceu com Isis, e disse que tinha que ver como estávamos. Fiquei surpreso com sua visita, mas alegre ao mesmo tempo. Conversei com ele sobre as ameaças que recebia desde a morte de Marisa, disso ele não sabia. Ele me pediu desculpas pelas coisas que aconteceram no restaurante e disse que sentia falta da nossa amizade.

Isis ainda não sabe das decisões que eu havia tomado, mas ela saberia em breve. Não pretendo mais esperar para me casar com ela, quero que isso aconteça o mais rápido possível e logo depois vamos para a nossa lua de mel. Farei o que for preciso para que tenhamos um pouco de paz.

Isis Melo.

Desde o dia que cheguei do hospital Jaime me enche de cuidados e de carinho. Pediu-me desculpa por não ter me protegido e se culpa pelo sequestro que sofri. Se ele soubesse que a maior culpada foi eu. Se não tivesse inventado de fugir nada daquilo teria acontecido. No dia em que cheguei do hospital, ele me deu banho, me alimentou, penteou meu cabelo, e ficou comigo o dia inteiro no quarto. Dormir e acordei e ainda estava nos seus braços.

- Desse jeito vou ficar mal acostumada. – Sussurrei me aninhando ao seu corpo. Ele apenas sorriu. Estava me sentindo muito melhor na sexta-feira, e estou decidida a dizer a verdade a ele neste final de semana. Quero lhe contar quando estivermos sozinhos, onde eu possa explicar tudo o que aconteceu e o motivo de eu não ter contado antes. Sempre fui determinada, nunca fugir dos meus problemas antes. Sempre soube enfrentar tudo de frente e arcar com as consequências dos meus atos, mas não estava disposta a perder Jaime por uma coisa que aconteceu no passado, não mesmo!

Fui visitar minha mãe e acabei passando o dia inteiro com ela. Ela tem melhorado bastante, consegue conversar um pouco e mesmo com as mãos trêmulas ela consegue levar comida a boca. Estou tão feliz com sua melhora, não vejo a hora de ter uma casa grande e levá-la para morar comigo. Minha felicidade será completa.

Horas mais tarde, estava terminando meu banho e esperando Jaime para jantarmos. Porém, ele me ligou e disse que chegaria tarde, pois estava adiantando alguns trabalhos na empresa. Respirei fundo e fui jantar com a família Gandy, naquela mesa de jantar a única que gosta de mim de verdade é Nanda, e espero que depois que ela descobrir o que aconteceu possa me perdoar. Imagino que não será fácil para ela, ainda mais estando grávida.

Quando estava saindo do quarto encontrei Conrad parado em frente à porta do meu quarto. Assustei-me com sua presença.

- Fiquei tão preocupado com o que aconteceu com você. – Falou olhando nos meus olhos. Sua preocupação me desarmou. Não esperava esta atitude da parte dele. Ele se aproximou de mim, e me encurralou contra a parede.

- O que você está fazendo? – Falei e minha voz saiu trêmula.

- Eu não consigo parar de pensar naquela noite. – Sussurrou e olhou para os meus lábios. Sem pensar duas vezes dei uma bofetada no rosto dele. Ele se afastou.

- Você não pensa na sua mulher que está lá em baixo. Você não sabe como me arrependo daquela noite. Eu me entreguei a você e você deixou dinheiro pela noite que tivemos, me humilhou e tratou-me como uma prostituta. Se soubesse do seu casamento jamais teria ficado com você, jamais. - Falei.

- Perdoe-me, Isis. Tentei te encontrar novamente, mas ninguém quis me dizer onde você trabalhava. Você não sabe a raiva que sentir quando vi você com Jaime, logo com o arrogante do Jaime. Minha vontade é que ele descubra o que aconteceu entre nós. O todo-poderoso vai ser levado ao chão, mas não quero machucar Nanda.

- Que ironia! Murmurei sarcástica.

- O que está acontecendo aqui? – Ouvir a voz de Bernadete, a mãe de Jaime. Ela olhou para nós dois de uma forma confusa. Percebi que ela não tinha escutado o que conversávamos, mas estranhou a nossa proximidade.

Entrei no quarto e fechei a porta com força. Quero ser engolida por um buraco negro. Como se esta mulher não tivesse motivos suficientes para me odiar. Fiquei deitada na cama pensando no drama que se tornou a minha vida.

Não sei quanto tempo se passou, mas ouvir algumas batidinhas na porta e logo depois Nanda entrou trazendo uma bandeja com meu jantar.

- Não precisava. – Falei levantando-me. Peguei a bandeja e coloquei em uma mesinha que tem no quarto.

- Você tem que se alimentar. Não pode ficar sem comer, pois faz pouco tempo que saiu do hospital – Falou cuidadosa.

- Estou sem fome. – Falei e me sentei na poltrona.

- Uma vez você me ajudou quando estava com problema, então quero que saiba que pode contar comigo para o que for preciso. Vejo como meu irmão está feliz ao seu lado, mas acho que tanto ele como eu querem a Isis alegre de volta, então pode começar a falar o que você tem. – Falou.

- Ah... Nanda. Desculpe-me – Sussurrei e me levantei para abraçá-la. Abracei-a com força, tentando demonstrar o quanto eu sentia pelo que tinha acontecido. Sabia que provavelmente, este seria o nosso último gesto de carinho.

Não me lembro do horário que Nanda saiu do quarto, pois ficamos conversando até que eu peguei no sono. Contei a ela como era o meu trabalho na boate, e lhe falei dos bicos que fazia fora. Dançava em aniversários e em despedidas de solteiro, falei que jamais ficava com um homem casado.

Acordei com um bilhete deixado por Jaime.

Eu te amo. Sorrir, ao ler a primeira frase que havia no bilhete, pois desde o dia que saí do hospital esta frase se tornou o nosso bom dia. Então sempre que acordamos é a primeira coisa que dizemos um ao outro.

Quero que você se arrume e vá com Jody. Ele vai te levar em um lugar e quero que faça e use tudo que tem direito, não se preocupe com o dinheiro, pois para você é ilimitado. Quando você vier me encontrar entenderá a minha correria no trabalho e o motivo de ter saído cedo hoje. Para sempre seu, Jaime.

Tem como não amar esse homem. Ele tinha que me fazer uma surpresa quando tenho algo tão sério para contar a ele. Não iria conseguir relaxar o dia inteiro, não até acabar com esse pesadelo. Estava de saída com Jody, quando Amélia caminhou na minha direção e com um sorriso cínico falou:

- Espero que esteja aproveitando suas últimas horas de felicidade ao lado de Jaime. – Depois de jogar seu veneno, ela entrou em casa com um sorriso enorme. Sentir um calafrio na espinha. Eu preciso encontrar Jaime, e logo.

Jaime Gandy.

Faltavam apenas algumas horas para Isis se tornar a senhora Isis Gandy. Na casa de campo, eu organizei o nosso casamento. Contei com a ajuda de Oliver e Cíntia, os dois estão se envolvendo, então os convidei para serem os padrinhos. Só irá ter seis pessoas, Oliver, Cintia, Jody, Isis, o padre e eu. Não seria nada no estilo convencional ou religioso, será apenas civil. Porém, se Isis quiser depois poderemos nos casar no religioso com a mãe dela, Nanda, e outros amigos presentes, pois eu só quero pessoas que nos querem bem. Oliver e eu estamos nos entendendo aos poucos, e vamos superar as desavenças passadas.

Quando cheguei à minha casa, era de madrugada e Isis dormia lindamente. Os meus últimos dias no trabalho adiantei ao máximo todas as pendências, pois iremos passar uma semana fora e não podia deixar nada pendente. Comprei uma mansão em Manhattan, e quando voltarmos da lua de mel, a mãe de Isis irá viver com a gente.

No jardim tem um tapete vermelho que começa na porta daqui de casa e vai até o pequeno altar, no caminho tem colunas de flores formando um corredor para a minha mulher passar. O spa que Isis irá passar o dia, tem uma loja de vestidos de noiva, além de ter contratado uma equipe para atendê-la. Sei que foi tudo inesperado e em cima da hora, mas eu quero ter a minha mulher por completo, quero formar uma família e não posso esperar mais.

Oliver e Cíntia estão na cidade e se preparando para vir com o padre, e eu esperava-os. Na minha casa a única que sabia de tudo que eu estava preparando é Nanda, ela queria muito participar, mas eu não queria que a minha mãe soubesse e para ela não desconfiar preferir deixar Nanda de fora. Não quero que nosso momento saia nos jornais ou em revistas, é um momento nosso, apenas nosso!

Estou pronto e a cada minuto fico mais nervoso com a espera. Oliver, Cíntia e o padre chegaram, e todos nós nos posicionamos. Meu celular está no bolso, e eu estou à espera de uma mensagem de Jody para me informar da sua chegada. Ando de um lado para o outro, pensando que Isis poderá não vir e achar tudo isso cedo demais, penso na luta que foi para fazê-la minha. Acabo sorrindo com as lembranças.

- Calma meu amigo, depois de tudo que vocês passaram ela não tem motivo para desistir. – Oliver falou sorrindo.

Continuei andado de um lado para outro, à espera da mensagem que me deixaria calmo. Porém, ao invés de receber uma mensagem, acabei recebendo diversas imagens, que destruiu todos os planos que fiz nos últimos dias. Olhei várias vezes sem acreditar, e apertei o celular com força, sem acreditar nas imagens que acabei de receber... Você não fez isso comigo, não com ele, não com esse maldito!

Isis Melo.

Depois de passar a manhã e boa parte da tarde em um SPA, fazendo unha, cabelo, hidratação, banho de chocolate, massagem e tantas outras coisas que eu não sabia a serventia. Só me dei conta do que Jaime pretendia, quando retornei para a suíte e olhei alguns vestidos de noiva que estavam no manequim, quando meus olhos bateram em um que estava um pouco atrás eu soube que escolheria este.

Meus olhos ficaram marejados quando me olhei no espelho, vestida naquele vestido tomara que caia, com as costas à mostra e com uma pequena calda arrastando no chão. É um vestido estilo sereia muito bonito.

- Mulher tu és muito sortuda. – Cláudio, o estilista que me ajudou com o vestido, falou. Ele é todo doido e falou que é gamado em Jaime. Eu sorrir com a sua sinceridade. Eu estava praticamente pronta, mas eu sei que não posso casar com Jaime, não escondendo o que escondo. Lágrimas começaram a jorrar pelo meu rosto.

- Não chora, tu vai bora tora a maquiagem. – Murmurou.

- Não posso me casar. – Falei entre lágrimas.

- Como não? – Quase gritou no meu ouvido.

Alguns soluços saíram involuntariamente.

- Meu bem, o que houve? – Cláudio sussurrou preocupado.

- Fiz uma besteira. – Falei fungando. Ele viu que a situação era séria e por isso ficou preocupado.

Ele me ajudou a sentar na cama, e sentir um alívio enorme por poder desabafar com alguém. Eu precisava por um pouco para fora, se não iria explodir a qualquer momento. Antes de conhecer Jaime... Comecei. Quando terminei de contar resumidamente toda a história, ele falou.

- Meu bem, tu está fodida. – Falou e me fez rir, mas foi um riso de desespero.

- Eu sei. – Falei desanimada.

- Olha só, vamos começar arrumando essa maquiagem, pois você vai se casar.

- Mas...

- Mas nada, Isis. Como você mesma disse, isso aconteceu no seu passado e você tem que esquecer isso. Não pode ficar se remoendo por algo assim. Tem pouco tempo que você soube que o cara é cunhado de Jaime, já devia ter contado a Jaime, mas não contou. Agora é bola para frente, o que você não pode fazer é deixar um cara desses dando sopa por aí.

- Eu o amo tanto, Cláudio. – Falei.

- Ele também te ama tanto que preparou o casamento de vocês, e o bofe está te esperando. Levanta essa bunda daí, esquece o passado, e vai ser feliz mulher, deixe de sofrência.

- Deixe de quê? Perguntei com um sorriso no rosto.

- Esqueça. – Falou e voltou a me maquiar. Céus! Sei que tenho que contar a Jaime algum dia, mas Cláudio tem razão, não posso fazer isso hoje. Porém, é tarde demais.

Contínua em: Submetida – Segunda parte de lasciva que disponível aqui na Hinovel.

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