• MEU SOGRO • romance Capítulo 24

"A autoestima de uma mulher vem de quem ela é, não de quem ela aparenta ser. Valorize-se, você é única e incrível! Mesmo carregando feridas que quase ninguém sabe. "

— Autor desconhecido

— Chefa! Você realmente vai ao Púbis?

— Sim! Por que? — Pergunta comendo seu filé.

— Vai usar o vestido que eu gostei né? Vamos arrasar com a cara da sociedade. — Responde que sim e começa a rir com a animação dela.

Se preparam para ir em casa levar as coisas para o Mikael. Como ainda tem tempo toma um banho e resolve ligar para seu sogro.

— Oi! — Repara que ele está dentro de um carro.

— Conseguimos comprar tudo para o Mikael, ele está todo feliz.

— Que bom! Tenho que desligar agora, em 7 horas estarei em casa.

— Para de mentira Bronck. — Preocupado resolve investigar o motivo da saída.

— Posso fazer uma pergunta? — Curioso explora.

— Sim. — Consente.

— Por que você quer sair hoje? Seja sincera.

— Eu preciso ver gente Bronck, distrair a mente só isso. — Gostando de sua resposta sorri.

— Fica linda, por favor. — Pede para não sair.

— Hã? — Sem entender pergunta.

—Estou chegando. São exatamente 13:10 meu voo deve durar umas 8 horas e meia. Fica linda para mim que irei te buscar querida e te darei o que você precisa.

— O que eu preciso?! Como assim Bronck?! — Sem entender nada questiona.

— Isso mesmo, o que você precisa. — Saindo do carro responde.

— O que seria? — Indaga curiosa.

— Eu. Tchau! — Ele sorrir e desliga.

"Com certeza hoje ele não está bem, não está falando coisa com coisa."

Pegando sua bolsa desce e ver Carmem se levantando.

— Vamos Carmem.

— Obrigada por me ajudar, não tenho palavras para expressar a minha felicidade. — Abraçando-a Berriere fica feliz de ver sua amiga bem.

Voltando para o trabalho resolvem algumas coisas, hoje foi mais fácil. Às 17:00 já estão indo para casa se arrumar como uma predadora, como diz Carmem. Tomam banho e se preparam. Faz maquiagem e solta os cabelos. Está distraída quando Carmem assobia.

— Chefa você está gostosa! — Estalando a língua morde os lábios como quem está paquerando fazendo Berriere rir.

— Para com isso sua doida. E me chame de Berriere.

— Ok, Berriere. Você está linda! Se meu chefe te visse ia ficar louco. — Comenta se olhando no espelho ao lado dela. — Preciso beijar alguém hoje. — Arregalando os olhos encara seu reflexo. — Se eu sou você beijava também. O defunto não merece nem seu luto. — Sem graça muda de assunto.

— Fiquei bonita?! — Se virando para ela segura sua mão.

— Posso dar um conselho?

— Sim.

— Corta um pouco esse cabelão vai te deixar com cara de mulher.

— Outro dia, vamos?! — Pergunta eufórica doida para conhecer o tal Púbis.

— Vamos, mas antes me responde. E aí, estou bem?

— Está linda amiga! — Segurando a mão dela segue para o club.

Chegando repara que está lotado, a luz dói seus olhos já que não está acostumada com esses lugares. Carmem segura sua mão.

— Relaxa, em pouco tempo você se acostuma. Vamos beber um pouco e ficar louca. — Estão indo para o bar quando uma mão grande segura seu braço, nervosa Berriere olha para trás e encara o Brian.

— Cheguei! — Ele veste uma roupa casual calça jeans, blusa caramelo e uma jaqueta de couro. Está lindo e não foi só ela que percebeu, pois Carmem morde os lábios fitando-o de baixo para cima.

— Hum! Está bem bonito hein Sr. Brian. — Declara passando a mão em seu peito.

— Vocês também. Um passarinho do bico preto me contou que estariam aqui.

— Passarinho fofoqueiro. — Relata enquanto alisa a barba bem feita do Brian. — Vendo o clima, Berriere sabe que Carmem hoje vai ceder.

"Acho que agora vai. Do jeito que está, hoje sai um beijo."

— Vamos meninas. — Educado faz o convite.

— Para onde? — Curiosa Berriere pergunta.

— Área VIP.

— Como assim?! — Carmem puxa Berriere e dá a mão ao Brian o deixando guiá-las.

"Por que não ouvi o Bronck e fiquei em casa?!"

Sendo arrancada dos seus pensamentos Carmem a chama.

— Vem amiga, vamos dançar. — Seguem para pista de dança, ficam se divertindo por horas até o Brian dançou com as duas.

A hora passa ambas estão eufóricas, bêbadas e felizes.

— Nem parece que meu marido canalha faleceu há pouco tempo. — Diz para si mesma se sentindo radiante!

Parando um pouco voltam para sua cabine e se sentam.

— Você arrasa garota! — Carmem grita bêbada. — Se levantando Berriere procura por algo.

— Preciso ir ao banheiro. — Informa.

— Vai com ela Carmem, vou ficar aqui esperando vocês.

— Não precisa vou sozinha, alguém sabe a hora? — Pergunta louca para ir para casa. — Olhando em seu relógio Brian tenta informar.

— Onze em ponto. — O abraçando Carmem responde.

— Nossa! Passou tão rápido. Ainda bem que estamos em casa amanhã.

— Verdade. Já volto. — Está saindo quando Carmem chama sua atenção.

— Vou com você. — Saindo dos braços dele caminha até Berriere.

— Pode ficar, ele quer te beijar você não percebeu?! — Nada discreta solta a bomba e caminha sorrindo.

De soslaio repara na hora que o beija, admira a química entre eles se vira e vai para o banheiro.

— Meu casamento parece que foi de fachada. Será que ele alguma vez me desejou?! — Seus questionamentos a deixa triste. Usa o banheiro na volta alguém segura seu braço tenta sair, mas ele a puxa.

— Me solta por favor. — Puxando seu braço a segura com força.

— Te observei a noite inteira, você é linda! — Tenta um beijo, mas ela vira o rosto.

— Obrigada, mas não estou a fim.

— Só um beijo, tenho certeza que irá se apaixonar. — Gritando tenta se afastar.

— Me solta cara! — O rapaz tenta outro beijo quando sente uma mão pressionando seu ombro.

— Oi querida, demorei, mas cheguei! — Olhando assustada para o Bronck pensa: "de onde ele surgiu?!"

— Senti sua falta! Não posso viver sem você minha Berrie. — Alisando seu rosto a deixa sem graça.

— O... oi, eu também! — Ele sorri com aquelas covinhas fazendo seu coração acelerar. — Você veio mesmo. — Balançando a cabeça que sim se aproxima ainda mais dela.

Está segurando sua nuca. "Será que vai me beijar? Sei que não, mas desejo que sim. Não tenho forças para pensar, no fundo sei que é errado, mas nunca quis tanto beijar alguém como desejo um beijo do meu sogro." Desperta dos seus pensamentos quando escuta falar firme com o rapaz.

— Solta ela agora! — Gaguejando tenta se justificar.

— D... desculpas, vi que estava sozinha a balada toda... — não deixa nem terminar.

— Vim de Londres só para buscá-la. Vamos! — Frustrada continua pensando.

"Jurava que ele iria me beijar. Queria tanto isso, mas não o fez. Estou decepcionada! "

— Quero ir para casa Bronck. Já que você veio pode me levar? — Pede envergonhada.

— Eu disse que viria te buscar. Cheguei e vim direto pra cá. — Orgulhoso de si comenta.

— Sério?! Você disse outra coisa também. — Se lembrando sorri maliciosamente.

— Hã? Eu disse?! — Libertino finge ter esquecido.

— Sim! — Confirma com a cabeça também.

— O que eu disse? — Sem graça não responde, na tentativa de andar quase caí, mas ele a segura. — Curtiu bem a noite hein?! Não está conseguindo nem andar. 

— Sim, foi muito bom! — Afirma sorrindo.

— Já que curtiu bastante, podemos ir para casa? — Pergunta segurando-a rente ao seu corpo. Responde que sim e volta com ela para o local onde estão Carmem e o Brian. Chamando os dois para ir embora ajuda Berriere que está meio tonta.

— Amiga você está acabada! — Carmem grita rindo à toa.

— Estou tonta. — Cochicha em seu ouvido enquanto a segura.

— Eu cuido de você! — Ela fica arrepiada com o calor que emana de sua boca.

— Que graça é correspondido! — Carmem fala vendo Bronck sussurrando no ouvido dela. Brian olha curioso.

— O quê? — Indaga.

— Depois te conto. — Diz e beija a boca dele depois sai andando na frente deixando-os para trás.

— Nossa! Já estão assim Berriere? — Chocado, pergunta em seu ouvido.

— Sim! — Confirma sorridente.

— E você beijou alguém? — Na hora que eu ia responder Ana surge a empurrando para agarrar o pescoço do Bronck.

— Ai! — Reclama.

— Preciso de você hoje e da sua massagem. — Se soltando Bronck volta a segurar Berriere.

— Estou acompanhado Ana, com licença. — Encarando Berriere sorri de canto.

— Olha para ela... totalmente sem sal. — Os olhos de Berriere se encheram de lágrimas com a ofensa. Decepcionada larga da mão dele seguindo sozinha para fora do Púbis.

☬ - 24 | Um banho gelado

Nem todo mundo é forte o suficiente para sair de um relacionamento abusivo." — Autor desconhecido

...ᘛ...

Saindo do club sente a brisa gelada sobre seu corpo, tentando não cair caminha até a calçada.

— Meu Deus! O que estava pensando... que iria me beijar? Que patética! Olha para mim toda desengonçada e aquela mulher poderosa. — Respira fundo segurando a onda para não cair quando sente a mão quente de Bronck na sua cintura.

— Está maluca?! — Sua voz rouca a assusta.

— Vai ficar com sua namorada. — Suspira com tristeza.

— Ela não é minha namorada. — Meio constrangida tenta se afastar pois, seu estômago está se contorcendo.

— Você está pálida! O que aconteceu? — Preocupado indaga.

— Vou... — saindo da frente a segura pela cintura enquanto se debruça para vomitar, permanece ao seu lado alisando suas costas durante todo o processo.

— Bota pra fora querida.

— Me deixa! — Tenta empurrá-lo para trás, mas permanece firme.

— Não vou sair daqui pode esquecer isso Berrie. — Assim como disse que faria continuou firme ao seu lado dando apoio.

Depois de ter colocado seu estômago para fora ajuda a se acomodar dentro do carro. Confusa olha para todos os lados procurando Carmem e Brian.

— Ela já foi com meu irmão. — Informa percebendo que está procurando pela amiga.

— Nem me esperou. — Fica triste por ter sido abandonada.

— Eles foram transar Berrie. — Sorrindo acha que seu sogro está brincando.

— Foi nada. — Se recostando observa seu sogro ligar o carro.

— Foram sim. — Fala todo sacana quando passa os olhos nela repara que pegou no sono. — A babona dormiu.

Voltando sua atenção para as ruas de Seattle fica rindo da inocência de acreditar que Carmem e Brian a essa hora não estariam transando. Quando chegam em casa a leva no colo até seu quarto.

— Vai ter que tomar um banho gelado. — Nem se dá ao trabalho de colocá-la na cama, entra no banheiro com a mesma nos braços. — Acorda querida vamos tomar um banho.

— Não, eu tomei antes de sair. — Solta uma gargalhada e não acredita ter escutado isso.

— Não sabia que era porquinha. — Debocha.

— Estou limpa, banho só amanhã. — De olhos fechados tenta sair do colo dele.

— Negativo. Banho agora! — Sem pensar a leva para o box, entrando junto com roupa e tudo. Ligo na água fria.

— Meu pai do céu. — A temperatura natural a faz gritar de susto.

— Não grita, tem criança em casa. — Diz ajustando a temperatura para morna.

— Me tira daqui agora Bronck Mondova. — Sorrindo coloca ela no chão amparando seu corpo.

— Não, vou te dar um banho. Você não vai dormir fedendo do meu lado.

— Por favor. — Chorosa suplica.

Ele acha bonitinho o biquinho que está fazendo e alisa seu lábio pegando-a desprevenida.

— Se você não tivesse vomitado te beijaria agora mesmo.

— Beijaria? — Curiosa o olha todo molhado.

— Com certeza! — Sussurrou bem próximo enquanto segurava a barra de seu vestido puxando lentamente. Quando termina a observa só de calcinha.

— Porra. — Murmura

— Para de me olhar assim. — Pede meio sem jeito.

— Me desculpa vamos tomar logo esse banho. — Ela assente enquanto ver o homem se despir na sua frente.

Seus olhos param justamente em seu membro, fica sem graça quando segura seu rosto a fazendo olhar para ele.

— Foca no meu rosto. — Ordena.

— Desculpa é que nunca tomei banho com outro homem. — Confidencia.

— Mas e o Kamael? — Curioso pergunta.

— Foi o único homem para quem me entreguei. — Sem graça desvia o olhar. — Nossa vida sexual era igual a ele. — Critica abertamente.

— Como? — Indiscreto questiona.

— Chata. — Sobre o efeito do álcool tem uma crise de riso.

Alisando sua lateral Bronck para na barra da calça, devagarinho vai retirando e se agachando até pular para fora dela. Deixando um rastro de calor por onde suas mãos subiram devagar a deixando toda arrepiada.

— Linda. — Pressionando as coxas sente uma leve latejada em sua cavidade. — Vira. — Ordena e assim faz.

Com cuidado joga sabonete líquido nas costas dela que se arrepia com o líquido frio.

— Hum! — Fica tensa quando suas mãos macias alisam suas costas enquanto espalha o sabão por toda sua extensão, se aproximando ensaboa sua barriga sem encostar em seu corpo. Sussurra em seu ouvido.

— Você sabe o quanto é sexy não sabe? Percebe o quanto me excita?! — Sua respiração quente alcança seu ouvido a deixando excitada.

— Não sou sexy Bronck... — sua voz sai quase um gemido.

Usando seu corpo como guia a encosta na parede e beija sua nuca. Percebendo que tem permissão, levemente sobe suas mãos de encontro aos seus seios. Pressiona seus mamilos com os dedos a fazendo arfar e soltar um leve gemido.

— Ah! — Sentindo sua ereção em sua bunda fica constrangida. — Vamos dormir. — Se afastando rapidamente acredita ter passado dos limites.

— Me desculpa se passei dos limites. — Entra debaixo d'água para refrescar seu corpo.

Decidido não avançar mais, permite que se ensaboe e faz o mesmo. Ajuda secar seus cabelos, colocar uma das suas camisas e vestir uma calça. Voltando para o quarto ajeita a cama para se deitar.

— Quero dormir no meu quarto. — Olhando preocupado acha que sua atitude a deixou constrangida.

— Quer que eu te acompanhe até lá? — Com cuidado sonda.

— Sim, por favor. Estou me sentindo tonta. — Decide levá-la no colo até sua cama.

— Fecha a porta e deita aqui. — Ficou surpreso com o convite.

— Quer mesmo que eu fique? — Investiga.

— Sim, por favor. — Fechando a porta se deita e a puxa para seus braços.

— Senti sua falta. — Sorrindo beija sua cabeça.

— Também senti Berrie, você não tem noção. — Confortável nos braços dele pega no sono.

— Já dormiu? — Não obtendo resposta sorri repassando em sua mente o momento íntimo que tiveram no banho. — Tenho que me controlar ou vou acabar fazendo besteira.

Estava cochilando quando escuta os saltos da Carmem no corredor, se levanta para falar com seu irmão e percebe que a mesma está sozinha.

— Cadê o Brian? — Sua voz grave a assusta.

— Que susto chefe... ficou na casa dele.

— Mas...

— Mas nada, não durmo longe do meu filho. — Resolve encerrar a conversa, já que não pretende ser invasivo.

— Bom descanso.

— Escuta aqui Sr. Bronck Mondova posso até ter bebido, mas essa mulher não merece ser usada como você faz com suas namoradinhas. — Chocado com sua atitude arqueia uma sobrancelha. — Ela terá minha lealdade para todo sempre, como dizia minha avó quem meu filho beija minha boca adoça, não tenho medo de dar na sua cara se vier chorar porque a magoou. — Não gostando muito da intromissão a repreende.

— Está maluca?!

— Bêbada, porém lúcida e ainda consigo esconder um corpo. — Achando graça da defensora que sua nora arrumou dá uma gargalhada.

— Anotado, não vou fazer isso Carmem pode ter certeza. Acredite que é mais fácil eu sair magoado.

— Acho bom... e tchau! Vou dormir. — Retira os saltos e abre a porta devagar.

A observa dar um sorriso.

— Amanhã conhecerei seu filho. — Vendo sua atitude seu pensamento vai direto para Londres. — Meu neto é a cara do Kamael quando era mais novo por mim traria ele para cá, mas quis ficar com a mãe. — Parado no meio da porta fica na dúvida.

— E agora para onde eu vou, meu quarto ou fico aqui? — Admirando-a toda encolhida com seus cabelos longos espalhados decide ficar. — Fugi para não passar por isso e aqui estou eu igual um idiota babando novamente. — Se deita a abraçando.

— Hum! — Seu gemido o fez sorrir.

— Vai dormir menina. — Sussurra.

— Te odeio! Você me trancou em casa me impedindo de ser feliz, sou um lixo por sua causa Kamael. Me proibiu de ter um filho para ter com outra. — Se sacode tentando se afastar. — Tirou tudo de mim e agora estou com medo de viver sozinha... se queria me deixar esse lixo, parabéns você conseguiu. — Seu desabafo o pegou de surpresa. Dando um tapa nele choraminga. Para se defender segura seu braço.

— Me solta eu tenho ódio de você.

— Eu até gosto de levar uns tapas, mas em outra ocasião Berrie. — Fala alto para que acorde.

— Hã? — Confusa desperta assustada.

— Dorme querida, vai ficar tudo bem.

Se aconchegando em seus braços volta a dormir.

— Realmente acabou com ela. — Murmura. — Ficará tudo bem. — Abraçado a ela pega no sono.

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