"Pense como uma rainha. Uma rainha não tem medo de falhar. Fracasso é apenas mais um degrau para o sucesso." — Oprah Winfrey
ᘛ...
07:00...
Disposta a mudar o visual, pesquisou na internet um salão e agendou um horário para às 08:00. Como era distante saiu bem cedo.
— Vamos nos preparar, a primeira mudança será física. — Ansiosa revela entrando no carro.
No caminho pensa no que Carmem disse sobre cortar o cabelo isso a deixa meio receosa pois, seus cabelos são enormes e teme por se arrepender. Assim que chega é muito bem atendida. Dando início aos cuidados decide fazer as unhas, uma hidratação nos cabelos, limpeza de pele entre outros.
— A senhora deseja fazer região íntima? — Pergunta a dona do salão toda animada.
"O que essa mulher quer fazer na minha piriquita? "
— Moça... er... ham o que seria isso? O que pretende fazer na minha região íntima? — Sem jeito pergunta.
— Depilação a laser, fica maravilhoso pode até fazer um penteado especial para seu marido. — Pensando em agradar Bronck decide fazer a tal depilação.
No começo ficou sem jeito, mas logo estava à vontade e fica tão feliz com o resultado que pensa em mandar uma foto para seu amado.
"Dei um trato na piriquita, acho que o Bronck vai gostar."
— Moça, pega aqui esse celular e tira uma foto bem bonita, por favor. — Pede sorrindo — Vou mandar para o Bronck, do jeito que é pervertido sei que vai amar.
Pede a depiladora que fica totalmente sem graça, era seu primeiro dia no salão e ainda não tinha tirado a foto da piriquita de nenhuma cliente. Percebendo isso, Berriere fica rindo da mulher que sai apressada.
— Ué! Não entendi. Ela deve ver várias piriquitas já que esse é o seu trabalho. — Comenta sorrindo olhando para a foto que ficou perfeita.
— Vou enviar a foto com a legenda,
"Penteado novo na bocheta."
Deve estar dormindo já que viramos a noite conversando. Saindo da mesa de depilação vai para o banheiro se vestir e escuta seu celular apitando. Correndo pega o telefone e ver que é o próprio ligando para ela.
— Bom dia. Aonde você está? — Pergunta com a cara toda inchada de sono.
— No salão, vim fazer um penteado novo. — Rindo da cara animada dela não acredita que tenha feito isso.
— Primeiramente, adorei, já era linda agora com esse penteado ficou perfeita, segundo... isso é tortura! Isso não se faz Berriere! — Excitado se senta na cama. — Mulher, estou longe e como vou analisar esse bigodinho de Hitler? — Dá uma gargalhada com o que saiu da sua boca. — Isso foi ideia de quem? Não me diga que foi Carmem quem falou para fazer isso. Ela é uma péssima influência para você. — Sorrindo reclama das coisas que sua secretária a tem ensinado.
— Bronck, a mulher do salão perguntou e eu quis fazer, para de falar da Carmem. — Reclama defendendo sua amiga. — Quer analisar? Voltar para casa... você sabe que cabelo cresce.
Explica toda tímida. Ele fica rindo de sua ousadia.
— Seja sincero, o que achou? — Pergunta louca para saber a opinião dele.
— Você foi no salão só para isso?
— Não, ainda estou fazendo hidratação no cabelo, vou retirar e ver se corto ou não.
— Quero ver o resultado depois.
— Pode deixar, assim que acabar te mando uma foto. — Garante saindo da cabine de depilação.
— Você nem dormiu né? — Bronck pergunta observando suas olheiras.
— Não. — Afirma.
— Após sua reunião, vá para casa e o Brian ficará no seu lugar. — Pede preocupado.
— Não, esse é o meu trabalho e vou executá-lo! Chega de ficar em casa. — Rebate se sentando na mesa.
— Ok. Mande foto da cabeça pronta que te mando da minha.
— Qual cabeça?! — Na dúvida pergunta já que o conhece e sabe que é bem safadinho.
— Essa mesma que está pensando.
— Qual seria a que estou pensando?! — Sorrindo o questiona.
As meninas do salão estão todas rindo da carinha vermelha dela.
Ele faz sinal para a de baixo fazendo dar uma gargalha e a mulher que está mexendo em seu cabelo segura a risada, ela tira foto do alto da cabeça fazendo Bronck rir de sua ousadia.
— Sua vez. — Fala tapando a boca.
— Se eu mandar agora todas à sua volta vão ver, quer realmente que eu te mande? — Percebendo o que estava fazendo em público fica toda sem graça.
— Não, acho melhor não.
— Boa garota, quando estiver em casa te mando tá bom?
— Eba! — Se sentindo uma adolescente fica toda feliz.
— Agora termina seu cabelo que vou me preparar para ir a Londres.
— Boa viagem e se cuida.
Se despedem e desligam. As horas passam, ela fez maquiagem e decide mandar uma foto com o resultado para ele.
— Agora vamos para a fase 2, postura de mulher independente. — Confirma entrando em seu carro indo para a Expor.
Assim que entra na empresa um senhor de idade com cabelos e barbas grisalhas vai até ela como se a conhecesse, estranhando a aproximação repara que é muito parecido com seu falecido marido. Se não tivesse certeza que Bronck era o pai diria que esse homem vindo ao seu encontro era o pai do Kamael.
— Linda. — Confessa sorrindo.
— Obrigada. — Educada agradece e vai para o elevador da presidência.
— Esse elevador é para a presidência mocinha. — Afirma com tanta intimidade e Berriere estranha a aproximação.
— Sei que é, estou indo para lá.
— O Bronck não está. Se quiser, a minha sala é próxima da dele você pode ir lá me fazer feliz. — Com um sorriso cínico lhe passa uma cantada.
— Não o conheço então por favor, se afaste. — Pede entrando no elevador e para sua tristeza ele faz o mesmo.
— Você pensa que é quem? — Pergunta se juntando a ela enquanto as portas se fecham a sua frente.
— Quem sou não é da sua conta. — Mantendo a cara séria evita olhar para o homem agora ao seu lado.
O elevador sobe e logo está na recepção da presidência. Quando avista Carmem solta o ar que segurava para não chorar de desespero.
— Chefa! — Vendo com quem está corre para ela.
— Chefa? — Olha para Berriere da cabeça aos pés com uma cara de nojo.
— Bom dia Sr. Mondova. — Ouvindo o nome acredita ser o outro irmão do Bronck.
A cara da Carmem não está muito cordial, parece ter medo dele e isso deixa Berriere ainda mais nervosa.
— Esse é o senhor Bartra o irmão do Sr. Bronck.
— Bronck se casou com uma fedelha. — Debochando diz. — Está fazendo o que aqui criança?
— Sr... — Berriere decide interromper Carmem antes que sua coragem suma da mesma forma que apareceu.
— Não te devo satisfações. — Confiante garante. — Vamos Carmem.
— Sim, senhora. — Com um sorriso que não cabe no rosto o deixa para trás com uma cara nada boa.
Assim que entra no escritório solta o ar que mais uma vez segurou.
— Fiz como Bronck disse. — Sentindo os olhos arderem segura o choro. — Que cara filho da puta, mas não conseguirá me desestabilizar tenho um negócio para fechar e preciso estar mentalmente bem ou perderei essa negociação. — Respirando fundo se senta e liga o computador. — É a minha primeira negociação bilionária, tenho que me livrar das amarras do Kamael. — Irritada se permite xingar seu falecido marido. — Seu filho da puta você até me fudeu, mas agora quem manda sou eu e não vou aceitar macho escroto me controlando.
Dando início aos trabalhos, começa ver uns e-mails que Bronck lhe enviou quando escuta a porta abrindo, olha em sua direção e segura a respiração.
— Essa cadeira não é para você criança, só os fortes sentam aí. — Bartra se aproxima.
"Não vou aturar isso, não mesmo!"
— Concordo com você. — Despojada se recosta na cadeira.
— Então saia daí imediatamente. — Grosseiro ordena.
— Sr. por favor, se retire da sala da Sra. Mondova você a está importunado.
Ele a coloca para fora e tranca a porta.
"Se eu fraquejar agora nunca mais serei livre e essa porra vai me perseguir."
— E aí mocinha, vai sair da minha cadeira ou não? Afinal de contas fico em seu lugar quando não está presente. — Sabe que está mentindo pois, o próprio Bronck na noite passada comentou que é um incompetente.
— Creio que você foi rebaixado, ou melhor, você continua na sua cadeira... essa aqui abraça meu corpo como se fosse feita para mim. — Debochada responde cruzando as pernas. — E corre boatos pela empresa que você é o irmão "mais velho". — Diz fazendo aspas no ar. — Que vive na fama do caçulinha. — Fingindo uma cara de preocupada continua. — Nervoso desse jeito você pode ter um infarto, se quiser pode pegar uma água para acalmar os nervos senhor.
— Está sentando no meu irmão e acha que pode sentar na cadeira dele? — Sorrindo rebate. — Aqui é bem diferente fedelha, olha para você, ele virou o que? Um pedófilo que curte criancinhas. — Ouvir isso a faz fraquejar.
"Meus olhos ardem, como pode tratar uma mulher assim? Vejo que Kamael teve a quem puxar. Que ódio!"
Disposta a não abaixar a cabeça resolver se manter firme e colocar esse homem em seu devido lugar. Dando um sorriso cínico para ele está decidida a mostrar que o mesmo não lhe põe medo.
— Está rindo de quê? — Olhando para ela questiona.
— Do show de humor gratuito que você está me dando. — Sarcástica o responde.
— Chefa está tudo bem? — Aos berros Carmem pergunta tentando abri a porta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...