• MEU SOGRO • romance Capítulo 36

"Ser frio, calculista, desconfiado, não é meu gênero é meu escudo talhado pela vida." — Kléber Novartes.

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Londres - 13:00...

Dormiu a viagem inteira, acordou em Londres e foi direto para casa do seu filho. Tomou um banho, se vestiu de um lindo terno azul-marinho, uma gravata preta, camisa branca e com seu motorista vai para a empresa, lá encontra Maria.

— Conheceremos os novos donos. — Fala com sua gerente empresarial.

— Boa tarde chefe. Fez uma boa viagem? — Caminhando para o elevador o questiona. — Sabe dizer se eles já chegaram?

— Fiz sim, ainda não chegou ninguém. Como foi a demissão de todos? — Pergunta aliviado.

— Tudo bem, já retiramos seu nome da empresa, o da fachada será removido segunda como o senhor pediu.

— Muito obrigado Maria, fico aliviado de saber disso, não quero meu nome envolvido com lavagem de dinheiro. — Coçando a nuca confessa.

Assim que chegam à sala de reunião olham Fernando entrando agitado.

— Boa tarde, estou muito atrasado?

— Não, ainda faltam 15 minutos, porque está com essa cara meu filho? — Notando seu nervosismo o questiona.

— Tio, você não pode vender a empresa. — Responde com uma cara preocupada.

— Por que Fernando? — Tentando entender pergunta.

— Olha isso tio. — Responde com as evidencias encontradas.

Lhe entregando um documento onde contém informações que a empresa pertence à família do neto. Analisando os papéis chega à conclusão que fora enganado desde o início, na verdade, Berriere nunca foi dona da empresa.

— Que porra é essa? — Pergunta nervoso já que investiu em uma empresa que não tem nada a ver com sua família.

— O senhor não pode vender tio esse documento diz que o seu neto é o único dono, entretanto, algumas coisas não batem, só não mexi mais porque não tem nenhuma ligação direta da Berriere nem do senhor e não quero sujar minhas mãos. — Com um pé atrás de tudo que viu desde o início dessa grande confusão e a perda de dinheiro, só concorda com o sobrinho.

— Me conta o que você sabe. — Tenta juntar os pontos com suas suspeitas.

— Ele veio de Seattle para ficar com Berriere por interesse a usou para manter a empresa que trabalhava em pé, sua real nora é a sra. Katharine Baldwin, a Berriere nunca foi casada, era tudo falso e por esse motivo você não pode vender a empresa. Kamael enganou a todos inclusive os irmãos da mãe do seu neto.

Bronck o silencia, pois, viu que um dos irmãos passou pela porta.

— Já chegaram? Pergunta com um sorriso cínico.

— Não, aqui está nossa sombra que chegou na frente, nosso verdadeiro eu, chegará em alguns minutos. — Responde no mesmo tom.

Observa a cara do Bruno que se sentou na cadeira do presidente com um sorriso vitorioso no rosto sendo que a empresa está zerada.

— Quer dizer que gastei equivalente a um milhão à toa? — Admite sorridente.

— Sinto muito. — Fernando informa se juntando ao irmão e com o fã da Berriere a tiracolo.

— Oi! Cadê a Berriere? — Ignorando Alec totalmente, Bronck está perdido em seus pensamentos, sabe que existe algo de muito errado.

— Chegamos, daremos início à reunião.

— Sentem-se por favor. — Pede com educação para os outros que continuaram em pé.

— Olha, ele sabe ser educado. — Alec anuncia com um ar de superioridade.

— Preciso ser informado de alguma coisa Fernando? — Bronck pergunta sabendo que algo não se encaixa nessa situação.

— No momento não, mas ainda estamos investigando. — Os irmãos se olham preocupados.

"Puta merda, que porra de vespeiro é esse? Para melhorar até eu caí na manipulação do meu filho."

— Acabaremos logo com isso, perdi meu tempo e meu dinheiro honesto nesse pardieiro, sabe como é né, aquele suado e merecido que não é de lavagem ou de coisas ilegais. — Menciona deixando claro que sabe de tudo. — Como essa empresa nunca teve ligação com Berriere estou me retirando.

— Sabemos, só estamos aqui para buscar os documentos.

— Ok. — Se levantando Bronck caminha até eles e lhe entrega os papéis.

— Vamos embora daqui chefe. — Maria comunica com a mão nas costas de Bronck.

— Você pode ficar docinho. — Dando-lhe uma piscadela Bruno ressalva.

— Não trabalho para estelionatários e sinto lhe informar, a empresa está falida e você não tem dinheiro nem para o cafezinho. — Rebate olhando para a cara dele.

— Boa sorte! — Bronck fala com um sorriso no rosto.

Saindo do prédio os três vão sentido ao carro do Bronck. Quando veem o Marco vindo correndo até eles.

— Seu filho da puta.

— Não sou seu irmão meu jovem. — Declara já entrando no seu carro puto por ter sido enganado.

No automóvel observa o nervosismo de um dos irmãos, mas o que martelava em sua mente era toda essa mentira e no fundo sabia que de alguma forma essa empresa não pertencia a eles.

— O que não entendo é porquê eles tentaram comprar a empresa no velório do Kamael. Tem alguma coisa errada... contudo, logo descobrirei o que é. — Compartilha seu pensamento.

— O nome sairá da fachada segunda chefe. — Maria afirma olhando o celular.

— Mande retirar ainda hoje. Cristophe leve-nos direto para o hangar, voltaremos para Seattle agora mesmo. Preciso descobrir porque a Berriere foi tão importante para essa situação toda, tem alguma coisa que não bate nessa história e estou preocupado.

— Ela é muito rica tio pode ser isso.

— Fernando, aposto minha empresa e todo meu dinheiro que não é só isso, tem coisas muito bem escondidas. — Explica olhando as ruas movimentadas de Londres.

— Chefe sinto muito. — Maria expressa sua tristeza.

— Pelo quê? — Sem entender argumenta.

— Pela perda do dinheiro...

— Ah, por isso?! Não sinta, não tem como ganhar todas. — Fala tranquilizando-a.

No caminho para o aeroporto sua mente fervilha.

"Algo me diz que meu filho fez a cama para se deitar e o destino ou alguém o tirou do jogo. Conheço o Kamael ele é mente fraca pode ser manipulado facilmente. A pergunta é, por quem?"

— Tio. — Fernando chama o tirando dos seus pensamentos.

— Sim. — Distraído responde.

— Posso colocar o Andrews para investigar? Se você quiser é claro.

— Conduza isso por favor meu filho. Alguém aqui sabe o nome de solteira da Berriere? — Pergunta para ter uma visão além da grana.

Bronck julga que possa ter alguém na jogada já que ela não falou muito do seu passado, um pai fluente ou irmãos. Essa história não está batendo e já colocou na cabeça que irá descobrir o por que dela estar nessa situação.

— Não. — Ambos respondem em simultâneo.

— Tem alguma coisa muito séria acontecendo, chama o Andrews por favor, ele vai nos ajudar e outra, ninguém deve saber.

— Ok. — Confirma mandando uma mensagem para o homem citado durante a conversa.

Entram no hangar e aguardam a liberação para seguir o voo. Fernando se encarrega de ligar para o tal rapaz, Maria está com o marido ao telefone e Bronck conversa com seu motorista.

— Cristophe meu amigo, estou preocupado. — Confessa para ele.

— Sr. Bronck ninguém melhor do que o senhor para encontrar a resposta que tanto procura, o conheço há 12 anos e sei que a preocupação o está cegando, nunca vi suas desconfianças serem sem fundamento. Acredito que não esteja vendo por uma perspectiva mais clara. — Ouvindo aquilo Bronck fica mais calmo.

— Você tem razão amigo eu não estou observando pelo ângulo certo.

Se senta para esperar a hora de partir.

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