Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 14

”Vamos, Kate”, choramingou Paloma, sua voz ressoando pelo celular. "Vai ser divertido. Você não saiu de casa desde o último final de semana, a não ser para trabalhar! Até faltou na ioga.”

“Eu só não estou com vontade”, Kate murmurou. “Austin tem estado aqui comigo, não é como se eu tivesse ficado sozinha.”

“Heath já combinou com Austin. Ele vai também. Vamos, vai ser divertido. Vamos tomar umas bebidas e nos divertir.” Sentindo a hesitação de sua amiga, Paloma cantarolou: “Por favoooor.”

Kate deu uma gargalhada: “Tá bom. Manda os detalhes por mensagem.”

"Aê!", Paloma gritou. “Nós vamos no pub na Quinta Avenida, então vá bem biscate.”

Kate desligou, balançando a cabeça. Paloma se sentia tão confortável com sua sexualidade. Isso tinha sido a ruína de seu relacionamento com Dylan. Ela precisava de mais do que ele podia dar, e quando ela o confrontou sobre isso, ele a fez se sentir como se não fosse mais atraente depois de ter Florence. Kate estava feliz por ela, feliz por sua amiga estar desfrutando de sua recém-descoberta liberdade com Heath, mas uma parte dela desejava que Heath não fosse amigo de Colton. Não que isso fizesse alguma diferença, agora que ela e Austin estavam meio que namorando. Não era nada oficial, mas considerando que ele havia passado todas as noites daquela semana na casa dela, eles poderiam dizer que estavam namorando.

Colton tinha passado todas as noites da semana comendo alguém diferente, uma mais escandalosa que a outra. Uma parte de Kate esperava que aquilo fosse uma vingança, que ele estivesse com ciúmes dos barulhos vindos da cama de Kate na maioria das noites, mas ela sabia que isso era besteira. Colton sempre teve mulheres todas as noites desde que ela morava lá. A ideia de que ele podia ser afetado por ela era ridícula, e ela sabia disso. Kate estava tentando desesperadamente convencer seu corpo disso, sem sucesso.

*

O pub estava bombando quando Kate passou pela porta, atrasada, como esperado. Ela havia cogitado não ir, mas Paloma lhe enviara uma mensagem dizendo que a arrastaria pelos cabelos se ela não estivesse lá às 23h, e ela não estava brincando.

Os olhares se voltaram para Kate enquanto ela adentrava o salão coberto de luzes resplandecentes, puxando para baixo a barra da saia. O tecido bordô, bem justo, esticava-se sobre seus quadris. Os seios estavam cobertos por um top preto, deixando à mostra a barriga sarada pela qual trabalhava tanto. O cabelo castanho ondulado estava preso em um rabo de cavalo, com mechas finas emoldurando seu rosto maquiado. Kate não tinha certeza se sua roupa era biscate o bastante para Paloma, mas esperava que a quantidade de pele à mostra mantivesse a amiga de boca fechada durante a noite.

Um assobio baixo vindo de trás dela rompeu a música, e Kate se remexeu, nervosa, quando mãos seguraram seus quadris. Ela se virou, deparando-se com o corpo musculoso de Austin, coberto por um par de jeans claros e uma camiseta branca: sua roupa coringa.

"Você está uma delícia", ele murmurou, roçando os dentes na orelha dela.

Kate riu, dando-lhe um selinho. Ela pôde sentir o gosto do álcool em seu hálito, e o jeito como ele a beijou, com uma intensidade urgente. Ela se afastou, entrelaçando seus dedos nos dele: “Vamos. Eu quero uma bebida.”

Austin a conduziu solicitamente pela multidão até o bar, pedindo-lhe uma vodca e um suco de laranja, e uma cerveja para ele. Ele a beijou mais uma vez, antes de manobrar pela multidão suada até a parte externa. Os aquecedores estavam ligados, esquentando a área, e Kate viu Paloma e Heath atracados em um dos sofás. Austin se jogou no sofá ao lado deles, e suas mãos conduziram Kate para seu colo.

Ela sorriu, apreciando a sensação dos dentes dele mordiscando seu pescoço. Todas as manhãs e noites, ela cobria meticulosamente a marca deixada por Colton com corretivo. Quando enfim permitiu que Austin tomasse banho com ela, a marca já tinha quase desaparecido. Ela odiava admitir, mas se sentiu triste de ver o chupão indo embora.

"Ei!", Paloma gritou, acenando em aprovação para a roupa de Kate. "Bom te ver produzida!"

Kate riu e tomou um gole de sua bebida. Austin se remexeu embaixo dela, com uma saliência dura já crescendo em seu colo.

Paloma saltou, tomando sua bebida colorida e acenando com a mão: “Vamos dançar.”

Kate esvaziou o resto de sua bebida, apreciando enquanto o gosto azedinho e doce do suco de laranja se misturava ao ardor da vodca. Ela deu um beijo suave em Austin, antes de alcançar a mão estendida de Paloma e segui-la até a pista de dança.

A música estava alta, e a pista repleta de corpos suados piscando diferentes cores sob as luzes estroboscópicas. Elas sequer tinham acabado de descer até o chão quando mãos começaram a agarrá-las, na esperança de puxá-las para um amasso. Paloma empurrou todos para longe, com seus olhos escuros os encarando ferozmente, enquanto Kate dava risadinhas. Ela não conseguia parar de dançar com a música, seus quadris balançando de um lado para o outro, os dedos escovando as mechas de seu cabelo para longe de seu rosto úmido.

Kate não gostava de admitir isso com frequência, mas Paloma estava certa. Uma noite fora de casa estava sendo ótimo. Quando ela voltasse para seu apartamento, Colton já teria terminado com sua companhia da noite, e ela poderia dormir pela primeira vez sem seu estômago se revirar. Não seria consumida pela culpa por desejar que fosse ela a mulher da vez, ao invés de estar atracada com Austin.

Depois de dançar um pouco, Paloma fez sinal de que precisava de uma bebida. Kate assentiu, seguindo-a até o bar e pedindo outra vodca com suco de laranja e uma dose de tequila. Paloma e Kate tomaram as doses e estremeceram com o gosto, antes de se embrenharem na multidão e voltarem para a área externa.

O cabelo loiro de Austin se destacou ao lado do cabelo liso de Heath, e Kate sorriu quando os olhos azuis dele encontraram os seus. Ele também sorriu, lambendo os lábios ao ver suas bochechas coradas.

"Oi, bebê."

Kate riu quando ele a puxou para seu colo, afastando seu rabo de cavalo ondulado de suas costas úmidas. “A gente mal podia dançar até o chão sem algum babaca agarrar a gente”, Paloma balbuciou, balançando a cabeça dramaticamente enquanto Heath sorria, passando a língua por uma gota perdida da bebida dela. “Da próxima vez, você vai ter que ir com a gente”.

“Deus, isso deve ser a morte para você, Austin. Imaginar as mãos de outro homem na sua mulher.” O murmúrio rouco ressoou ao lado de Kate, fazendo com que ela arregalasse os olhos ao encarar o sorriso malicioso de Colton.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Vizinho Pervertido