Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 75

O punho de Heath se apertou contra a mesa de metal, e os nós dos dedos se projetaram tão ferozmente que sua pele pareceu translúcida, enquanto o rosto de Paloma se fechava em um semblante decepcionado. Kate estava quase com vontade de marchar até o bar, repreender Colton por seu comportamento de merda e arrastar a bunda dele de volta para a mesa, mas sabia que, no momento, a melhor coisa que podia fazer era tentar redimir a felicidade sobre o anúncio. Apontando para o copo de limonada, Kate ergueu uma sobrancelha curiosa. "Então, você não estava bebendo soda com vodka antes?"

Paloma soltou um suspiro divertido, erguendo o olhar das peles soltas ao redor de suas unhas. Um sorriso brilhou em seu rosto, e as feições severas de Heath relaxaram por um minuto. “Era água”, ela riu. “Mas fico feliz em saber que quando você me vê bebendo um líquido transparente, a sua primeira suposição é que seja vodka”.

Dando de ombros com indiferença, Kate sorriu, batendo os dedos contra o aço frio. “Então, me conte tudo. Como você descobriu? Como você contou pro Heath? Floss já sabe? Ela está animada?”

Uma pontada aguda irradiou através de seu estômago com a forma como Paloma olhou para Heath; os olhos vidrados com um brilho de lágrimas enquanto ela recontava a história de seu teste de gravidez positivo. Forçando um sorriso, ela tomou um gole de sua bebida, esperando que o copo escondesse a tristeza que estremecia seu queixo. O terror que acompanhou seus testes de gravidez positivos estava muito longe da alegria para Paloma. Kate lançou um olhar para o bar e curvou a boca em uma careta triste ao ver o corpo rígido de Colton empoleirado em um banquinho, descansando os antebraços derrotados contra a bancada, com a cabeça baixa. Cada músculo se contraiu, ansioso para chegar até ele, envolvê-lo em seus braços e confortá-lo. Respirando fundo, ela se obrigou a ouvir Paloma, assentindo e sorrindo nos momentos apropriados. A doce história parecia se arrastar para sempre. O olhar atento de Kate contava as doses que Colton virava goela abaixo. Quando Paloma terminou, Kate se levantou apressada, desculpando-se antes de atravessar os grupos reunidos de pessoas conversando animadas, completamente alheias ao coração partido a um metro e meio de distância delas.

Kate se aproximou de Colton e colocou a mão em seu ombro caído, massageando o músculo tenso. Empurrando ao redor com um punho fechado, Colton soltou um longo suspiro enquanto relaxava. O álcool revestia seu hálito, e Kate torceu o nariz com o cheiro.

"Eu achei que você fosse a Carla".

Kate franziu a testa, confusa, e inclinou a cabeça. “Quem é Carla?”

“Porra, Kate. Eu sempre achei que você só me queria pelo meu corpo, mas isso já é o fim da picada. Você não ouve nada do que eu digo?” O brilho de seus dentes era visível por trás dos lábios carnudos, e Kate não pôde deixar de rir ao beijá-lo. “Carla é a porra da minha sombra no trabalho”.

"Bem, seu corpo é incrível, e eu acho extremamente difícil me concentrar nas palavras que saem de sua boca, mas..." As mãos de Colton agarraram a cintura dela, girando em seu assento para prender Kate entre suas coxas musculosas. Empurrando para trás os grossos fios de cabelo que caíam na testa dele, ela riu. “A garota do seu trabalho se chama Geórgia”. Os olhos divertidos se fecharam, e uma risada rouca retumbou em sua garganta, enquanto Kate balançava a cabeça. "Você não chamou ela de Carla esse tempo todo, né?"

Ele se afastou dela, pegando o copo meio vazio do balcão. “Variações disso, sim”.

Os dedos delicados envolveram seu pulso grosso, esperando atrapalhar sua habilidade de levar o copo aos lábios. “Eu acho que você já bebeu o suficiente, grandão. Isso não está ajudando em nada”.

“Está me ajudando”. Com o mínimo de esforço, Colton afastou a mão dela, engolindo os restos de sua bebida como se tivesse acabado de correr uma maratona e aquela fosse a última garrafa de água. Ele bateu o copo vazio na bancada pegajosa, sorrindo triunfante quando o barman deslizou um litro de líquido preto em sua direção. O homem magro atrás do bar fez um sinal para um bando de mulheres que riam, todas vestidas muito elegantes para o bar em que estavam. Sentada no final, com um sorriso tímido no rosto, estava Geórgia. Os olhos azuis brilharam quando Colton levantou a mão em gratidão, e sua boca em forma de coração se curvou em um sorriso vitorioso.

"Você não vai realmente beber isso, vai?", Kate perguntou, desvencilhando-se de suas pernas e se afastando. A sensação inquietante se misturou com a pontada aguda de mágoa de antes, e por um breve momento, ela sentiu náusea.

"Por que não?"

A frustração tomou conta dela e ela deu um tapa na mão dele, afastando-o do vidro. Foi então que ela notou que suas mãos estavam tremendo. Os olhos desafiadores a encararam incrédulos, voltando ao copo para levantá-lo mais uma vez. Kate ergueu as mãos em rendição antes de batê-la em suas próprias coxas em sinal de derrota. "Quer saber? Beba então. Todos nós sabemos o que aconteceu na última vez que você ficou bêbado”.

“Isso é baixo”.

No minuto em que as palavras a deixaram, Kate sentiu um arrependimento instantâneo. Tinha sido mesmo baixo. Uma pequena luz brilhou dentro dela enquanto Colton bateu o copo, o líquido escuro espirrando pelos lados, derramando sobre o balcão brega. Ela suspirou, roçando os dedos na linha afiada de sua mandíbula, vagamente consciente dos lindos olhos azuis que os observavam. “Eu sei que você está sofrendo, amor. Eu também estou, mas eles são nossos amigos e isso é enorme para eles. Se os papéis fossem invertidos, eu gostaria que eles ficassem felizes pela gente”.

“Mas não são invertidos. Eles vão ter um bebê. A gente, não".

"Você não tem que me dizer isso", ela suspirou. “Olha, eu vou voltar para comemorar o anúncio dos nossos amigos. Eu realmente gostaria que você voltasse comigo, mas se você quiser ficar aqui e beber até morrer, tudo bem. Vou ficar na casa da Paloma esta noite”.

Kate cruzou os braços sobre o peito e girou nos calcanhares, massageando sua pele fria. Os gritos derrotados com o nome dela se aquietaram quanto mais ela se afastava de Colton. Quando ela chegou à mesa, os dedos de Colton se entrelaçaram com os dela e seu coração pulou uma batida. Ela não achava que seu peito pudesse apertar ainda mais ou seu estômago se revirar ainda mais como aconteceu ao ouvir a excitação de Paloma e Heath sozinhos. Ela odiava admitir, mas a inveja fervia em seus ossos também; sua cara de pôquer era muito melhor que a de Colton.

Caindo no banco irregular, Colton puxou Kate para ele, arrastando seus quadris para prendê-la no lugar em seu colo. Ele descansou o queixo no ombro dela, com seu hálito quente causando pequenos arrepios ao longo da escápula dela, e então suspirou. "Eu sinto muito". Ele engoliu em seco, com as palavras soando ácidas quando saíram. "É só... é um assunto delicado".

Ele apertou mais as mãos na cintura de Kate, afundando-a na curva de seu peito oco. O coração dela amoleceu, mas parou de novo assim que Heath estalou os dedos.

“Minha namorada grávida é um assunto delicado?”, ele exclamou com uma risada desprovida de diversão morrendo em seus lábios. “Você sempre foi um idiota egoísta”.

"Amor", Paloma o repreendeu, apertando o ombro de Heath calmamente antes de voltar seu olhar suavizado para Colton. "Eu entendo. Obrigada por se desculpar. Provavelmente deveríamos ter anunciado quando todo mundo estava sóbrio”.

Heath soltou uma gargalhada aguda. “Não teria feito porra de diferença nenhuma, P. Colton teria feito tudo ser sobre ele, não importa quando e onde a gente fizesse o anúncio”.

“Ei”, Kate partiu em defesa, franzindo a testa para a hostilidade de Heath. Sua mão traçou linhas suaves contra a coxa dura de Colton, tentando acalmá-lo antes que ele explodisse. “Ele se desculpou. Segue o baile".

“Considerando que não foi a porra de um pedido de desculpas sincero, eu não acho que vou seguir o baile”, Heath rosnou, cruzando os braços sobre o peito. “Porra, você está começando a ficar igual a ele, Kate. Achando que você pode dizer pra todo mundo o que fazer”.

"Não fale com ela assim, porra".

Heath caçoou, lançando a mão na direção de Colton. “Lá vai você de novo, dizendo pras pessoas o que fazer, porra”.

"Quer saber?", Colton estalou, apertando os punhos na parte óssea da cintura de Kate. Ela estremeceu sob seu aperto. “Não foi um pedido de desculpas sincero. Isso é uma piada. Não tem cinco minutos que você está namorando...”

"Mais do que você e a Kate quando você engravidou ela".

Os olhos negros se estreitaram. “Foi diferente. Já nos conhecíamos antes”.

“Ah, sim, eu me lembro. Lembro de sair com você e de te ver tentar adivinhar qual garota seria a foda mais barulhenta e levar a menina para casa só para irritar a vizinha 'vadia metida'. Uau, realmente parece que vocês se conheciam bem. Ótima maneira de começar um relacionamento”. O sarcasmo escorria de cada palavra, e o rosto de Heath se contorceu em um sorriso vaidoso.

As belas feições de Colton se comprimiram em um ataque de fúria. “Não comece com essa merda! Você sabia exatamente porque eu fazia isso. Foi você quem me tirou disso, lembra? Você quem me disse que eu claramente tinha sentimentos mais profundos por ela”.

"Exato!", Heath caiu na gargalhada. “Você precisava que eu te dissesse que você tinha sentimentos por ela! Não tinha como gostar mais dela, tinha?”

Colton tentou tirar Kate de cima dele, mas ela permaneceu firme. Não tinha dúvidas de que se ela permitisse que ele escorregasse debaixo dela, ele não perderia um segundo antes de se lançar sobre a mesa e socar a cara presunçosa de Heath. Mas ela não precisava mais se preocupar quando Paloma bateu seus pequenos punhos contra a mesa, sacudindo-a. “Porra. Vocês são dois idiotas. Obrigada a ambos”, ela retrucou, revezando seus olhos furiosos entre os dois homens irados: “por fazerem o que deveria ser um anúncio especial ser uma merda de uma briga completa. Eu estou indo pra casa, Heath. Você vai comigo ou pretende ficar aqui com essa discussãozinha ridícula?”

Ela não esperou pela resposta dele, invadindo o bar e empurrando as pessoas para fora de seu caminho com mais força do que seu pequeno corpo lhe dava crédito. Heath correu atrás dela, tentando deslizar a mão ao redor de sua cintura. Ela disparou para fora de seu alcance. A cabeça de Heath girou para trás dramaticamente enquanto ele dava um último olhar para o outro lado do recinto, garantindo que Colton soubesse que Heath o culpava por aquilo. A porta se fechou atrás deles, e um último lampejo de cabelo preto desapareceu na noite.

"Bem", Colton bufou, batendo as palmas das mãos suavemente contra as coxas dela. “Vou pegar outra bebida. Você quer uma?"

“Você não pode estar falando sério”, Kate respondeu, virando-se para encará-lo. “Quer saber, Colton? Nem sempre é tudo sobre você”. Ela pulou para fora do colo dele, jogando a bolsa sobre o ombro e lançando um olhar fuzilante em sua direção. “Eu também perdi um bebê. Ouvir a novidade deles também me machucou e, em vez de processar isso com você do meu lado, eu tive que lidar com você bebendo demais e brigando com seu melhor amigo. E agora...”, Kate parou, chupando o lábio inferior em uma tentativa de abafar as lágrimas que ameaçavam cair: “e agora, essa notícia, que deveria ter sido feliz e maravilhosa pra Paloma, foi marcada pelo mau comportamento seu e do Heath. Você sabia que o maior medo dela era não poder dar um irmão pra Florence? Você sabia que ela ficou em um casamento deteriorado, onde a autoestima dela era despedaçada, na esperança de dar pra Florence alguém para brincar no futuro?”

"Eu... eu não sabia".

Kate exalou, derrotada, passando as mãos pelos cabelos: “Eu quero ir pra casa, Colton. Você vai me fazer ir pra casa sozinha?”

"Claro que não. Eu não sou tão idiota”.

“Você poderia ter me convencido do contrário”.

A irritação de Kate vacilou um pouco quando Colton a envolveu em um abraço apertado, e os lábios carregados de álcool pressionaram-se descuidadamente contra sua cabeça. A respiração dele estremeceu contra a orelha dela, e a rouquidão de sua voz foi suficiente para entorpecer a raiva de Kate. A mão dele estava úmida e seu anel de tungstênio tilintou contra o anel de noivado dela quando ele entrelaçou seus dedos aos dela, conduzindo-a através da multidão e saindo para o ar fresco da noite. Kate não tinha percebido como suas bochechas estavam quentes até que a brisa fria passou por elas, fazendo seus olhos lacrimejarem com o contraste.

Deslizando para o banco de trás do táxi, Kate olhou pela janela e para as gotas de chuva batendo contra o vidro. Nuvens esparsas cobriam o horizonte e a lua espreitava por trás deles. A vidraça da janela esfriou sua crescente dor de cabeça. Mas foi fugaz; seu corpo foi puxado para Colton. O frio foi substituído pelo calor do peito dele; a batida constante do coração dele foi uma distração bem-vinda da pressão crescente entre suas têmporas. Os dedos dele traçaram linhas contra o braço dela, e ele descansou o queixo em cima de sua cabeça. Enquanto o táxi passava pelas ruas de Columbus, a dor que ela sentiu antes – a sensação de estar incompleta – começou a se dissipar aos poucos.

NOTA DA AUTORA

Eu queria responder aos poucos comentários que recebi de pessoas frustradas por eu postar apenas um capítulo de cada vez. Quando o primeiro livro foi publicado, há três meses, eu tinha acabado de dar à luz meu terceiro filho. Eu subestimei muito o quão popular seria e pensei que teria muito mais tempo para escrever uma sequência. Vendo a resposta esmagadora para o Livro Dois, tomei a decisão de postar meus capítulos enquanto os escrevia. Acreditem em mim quando digo que entendo completamente como é frustrante esperar por um capítulo, ainda mais quando você está tão absorto em uma história, mas eu queria que todos soubessem que todo tempo livre que tenho é gasto escrevendo este livro. Estou me esforçando ao máximo para divulgar a todos vocês o mais rápido que posso, e realmente aprecio sua paciência.

Estou incrivelmente agradecida que a história de Colton e Kate seja amada por tanta gente e espero que vocês continuem gostando! Obrigada :)

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