Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 33

A batida na porta fez Colton correr. Deslizando sobre o vidro quebrado e a perna da cadeira lascada, ele escancarou a porta, rezando para o que quer que ele acreditasse que Kate estaria do outro lado.

Mas ele sabia que não estava. Por toda sua bondade e compaixão, ela era teimosa para caralho. Assim como ele.

Um caco de vidro afiado atravessou seu pé e, quando ele olhou para a pessoa do outro lado da porta, soltou um agressivo: “Merda”.

"Adorável ver você também, Colton", Paloma fez uma careta, olhando por cima do ombro dele, para a bagunça que ele havia feito. "Porra, o que aconteceu?"

Colton se jogou no sofá, acenando para ela entrar e analisando o dano que o caco de vidro tinha feito na sola de seu pé: "Kate não está aqui, se é para isso que você veio".

“Ela não atende a porta, nem o telefone, por falar nisso. Você sabe onde ela está?"

Ela estreitou seu olhar para Colton e franziu as sobrancelhas, enquanto os dedos grossos e unhas cortadas dele tentavam cavar o vidro. Ele deu de ombros, com indiferença: "Ela não saiu do apartamento. Ela coloca os fones de ouvido e ouve música para ignorar minhas batidas sempre que brigamos”.

Paloma revirou os olhos: "Pinças podem ser mais úteis".

"Bem, eu não tenho nenhuma porra de pinça, tenho?"

Paloma pisoteou a bagunça, vasculhando a gaveta da cozinha em busca de uma faca. Voltando para o sofá, ela deu um tapinha no colo, encorajando Colton a colocar o pé ali: "Vou tirar isso enquanto você me diz que merda aconteceu entre vocês dois”.

Ele arregalou os olhos, mas obedeceu. Só esperava não chutar o rosto dela. Porra, ele não conseguia imaginar Kate o perdoando por dizer as merdas que ele disse, e muito menos se ele chutasse o rosto de sua melhor amiga, sem querer ou não.

"Tivemos uma briga."

Enfiando a lâmina da faca no corte do pé dele, Paloma o encarou. “O que você fez?"

“O que te faz pensar que fui eu?”

"Porque eu tenho um maldito cérebro", ela bufou. “Só me diz o que você fez para que eu possa te ajudar a melhorar as coisas”.

Colton estremeceu, passando os nós dos dedos inchados pelo cabelo bagunçado: "Ela está indo para uma porra de festa de despedida do idiota do andar de cima, que fica dando em cima dela toda vez que eles se encontram. Eu não fui convidado, e eu só... fiquei com raiva porque ela concordou em ir”.

Paloma mordeu o lábio inferior, e sulcos marcaram sua testa enquanto ela se concentrava até enfim conseguir tirar o pedaço de vidro do pé ensanguentado dele. Ela se levantou, tirando o pé dele de seu colo, e lavou as mãos e a faca na pia da cozinha antes de se recostar no balcão. Seus braços estavam cruzados sobre o peito.

“Você acha que ela está interessada nele?”, ela zombou, e o olhar de Colton disparou timidamente para o chão. “Ou ela machucou seu ego?”

"Você não está ajudando muito", Colton resmungou, mas dentro de seu estômago algo se apoderou dele. Ele sabia que Kate não estava interessada em Wade. Ele sabia disso.

"Eu só estou achando isso uma besteira, Colton." Paloma se manteve firme, estreitando os olhos em direção a ele. “Kate teve macho controlador na vida dela mais do que suficiente pra uma vida inteira. Ela não vai tolerar outro. Eu não vou deixar, porra. Se você não quer perder a Kate, você precisa confiar nela. Confie nela para tomar as decisões certas, mesmo que você não concorde”.

"Então eu deveria deixar ela ficar sozinha com aquele merdinha?"

Paloma riu, balançando a cabeça, descrente: “Por que não?”

Colton abriu a boca e parou por um momento antes de fechá-la. Paloma estava certa. Ele não tinha uma boa resposta para dar a ela; não tinha resposta nenhuma. Vasculhou sua mente, tentando encontrar uma razão pela qual Kate não deveria ir, mas não conseguia pensar em nada plausível.

Paloma sorriu, observando os fragmentos de seu temperamento antes de virar para a porta. “Limpe essa bagunça e vá falar com ela. Não apenas fale com ela, peça desculpas pra ela. Eu sei que você a ama, Colton, e você vai se arrepender de deixar ela ir embora por causa disso”.

Colton forçou uma risada, balançando a cabeça com veemência: “O quê? Eu não amo a Kate, porra. Você está delirando”.

"A-hã", ela assentiu, sumindo de seu campo de visão e descendo a escada: "eu que estou delirando".

*

2:55

Os fones começaram a irritar seus ouvidos, e a bexiga de Kate estava prestes a explodir. Ela suspirou, rolando para fora da cama e descartando os fones na mesa de cabeceira.

Enquanto ela se sentava no vaso sanitário, prendeu o cabelo bagunçado em um coque e esfregou os olhos sonolentos. Um baque ecoou de sua porta da frente, e ela franziu a testa. Foi apenas um e desapareceu tão rápido quanto havia surgido. Ela balançou a cabeça. Talvez estivesse imaginando coisas.

Ao terminar, puxou os shorts e lavou as mãos. Outro baque surdo permeou a noite até então quieta. Curiosa, ela foi até a porta, ficando na ponta dos pés para dar uma boa olhada pelo olho mágico.

Não havia ninguém. Um calafrio a percorreu, e sua mente vagou por pensamentos intrusivos de Harry.

Outro baque.

Ela franziu a testa, suavemente destrancando a porta e abrindo-a. A corrente se esticou, permitindo apenas que uma lasca da luz do corredor entrasse.

Deparou-se com a mulher alada nas costas de Colton. Ele estava sentado, cambaleando quando ela puxou a madeira da porta para longe de suas costas musculosas. O cabelo caiu bagunçado no rosto, e a trepidação cresceu em seus olhos negros quando ele inclinou a cabeça para olhá-la.

"O que você está fazendo?", ela murmurou, fechando a porta para destravar a corrente antes de abri-la mais uma vez. Suas mãos se atrapalharam para levantá-lo, e então ela cruzou os braços sobre o peito. “Há quanto tempo você está sentado no corredor?”

Colton deu de ombros e esfregou o pescoço, fazendo uma careta: "Eu não sei. Um tempo. Eu sabia que você ia tirar os fones de ouvido mais cedo ou mais tarde. Você sempre faz isso."

"Você me conhece muito bem", ela sorriu, tentando conter uma risada, mas sem êxito. "Eu deveria estar tão brava com você, Colton."

"Eu sei", ele murmurou, dando um passo em direção a ela. Kate notou o pequeno sorriso que curvou em seus lábios carnudos quando ela não recuou. “Você deveria estar. Sinto muito, Kate. Eu não sei que merda tem de errado comigo. Eu não quero mais ninguém além de você. Mais ninguém. E eu sei que você não está interessada no Wade. Eu só..."

Diminuindo a distância entre eles, as mãos de Kate deslizaram para os bíceps dele, permitindo que o cheiro inebriante do perfume de Colton permeasse seus sentidos. “Eu sei. Você fala merda porque está com medo. Você realmente tem que trabalhar isso”.

"Sim. Eu... eu vou”, ele pausou, olhando para o chão enquanto seu braço se levantava para coçar timidamente seu pescoço. A letra cursiva rabiscada em seu bíceps interno ficou visível, e o núcleo de Kate se contraiu. Era apenas outra tatuagem que ela ainda não havia tido a chance de memorizar. "Você... você acha que vai..."

“Sim, Colton. Eu vou no jantar. Vou ficar lá por uma hora, talvez duas, e depois volto pra você, ok? Eu prometo”. Ela não queria começar outra discussão e passou os dedos pelas dobras do pescoço dele, que estava desajeitado contra a porta.

Ele derreteu com o toque dela, e sua boca encontrou a dela na penumbra. “Eu realmente sinto muito. Eu sou um idiota do caralho”.

Rindo contra seus lábios, Kate assentiu: “Sim, você é, Colton. Mas você é o meu idiota”.

"Só seu", ele sussurrou. Levantando-a em seus braços fortes, Colton a embalou contra seu peito, rindo enquanto ela soltava um grito leve. "É sério. Assim que eu disse aquilo, eu quis me dar um soco na cara. Não tem mais ninguém, Kate. Só você."

"O sentimento é recíproco", ela sorriu.

“Qual sentimento? De querer me socar na cara ou de não querer outra pessoa?”, ele sorriu.

“Ambos”, ela riu, apreciando a urgência de sua boca na dela mais uma vez, enquanto ele a carregava para a cama, onde ele deveria estar a noite inteira.

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