No Morro romance Capítulo 36

Guilherme/Lobão - Narrando

Desci para casa preocupadão com a mina, ela não podia ter ficado em casa mas não foi pá guerra, vejo a hora dela ir e eu ficar em casa esperando, vocês acreditam nesse b.o.

- tu tá bem ? - falei chegando nela que tava com uma garrafa de whisky na mão

Minha mãe tava passando um curativo no seu ombro e seu braço também tava com uma faixa, minha mãe botou uma tipoia nela e pronto

- pronta pá outra, amor - falou me dando um beijo e eu senti o gosto do whisky

- nada disso, aquieta o cu - falei e notei Rafael e minha com os zoi vermelhão

- Tua tia morreu - ela falou baixinho no meu ouvido

Passou mó as ideia na minha cabeça mas o que ficou mermo foi, a mulher nunca sobe pro morro e quando sobe é pra levar pipoco, é pra se fuder.

Né sendo ruim não, mas mal por ela eu num tava não, tava por Rafael e pela minha mãe que curtiam ela, pá mim foi tarde, aquela lá se pudesse tinha era rajado bala em mim até parece que eu sou besta.

Minha cabeça só pensa merda tá ligado, tipo eu ameacei que se ela subisse de novo ia descer com bala mas a bicha é tão ruim que levou bala pra subir de novo, ou seja nem os gambé(policial) queria a madame.

- Vem cá minha coroa - falei abraçando ela - meus pêsames, vou resolver os bagulho tudo tá- falei dando um beijo na cabeça da minha velha

- preciso ligar pro meu pai, não sei se ele vai gostar que eu volte - Rafael falou sem chorar já

- eu vou te dar assistência parceiro, tu vai ficar aqui com nós - falei e ele abriu um sorriso o moleque não gostava mermo do pai

Mas eu ia dar uma assistência maneira, tem meu sangue e os bagulho rolou no meu morro, querendo ou não pelos meus rolos mas a vida é assim.

- Eu vou dormir um pouco, e tomar um analgésico - Ísis falou se levantando

- tomou álcool pá porra e vai tomar analgésico, sobe e toma banho pô - falei enquanto ela subia pro quarto e me mandou dedo

Mandada do carai, o cara pensa nela e ela toda grossa, por isso tem que meter a porra, pá respeita.

Tô tirando tio, eu bato em mulher não, pelo menos eu evito bastante mesmo que a Ísis me foda com o gênio dela, nunca levantei a mão e espero permanecer assim, ou já? não lembro, bater eu nunca bati, ou bati? quer saber lembro não.

Só ela não agir no errado e não vai precisar ser cobrada, as regras do morro é uma só, se não deixo ela carequinha meu parceiro.

tava descendo para resolver funeral e enterro daquela mandada lá, quando vi Sol subindo voada.

- Cadê ela ? - perguntou

- Ela quem? - perguntei na cara de pau mermo

- minha amiga, a Ísis- falou e eu fiz cara de cu

- Na moral se fosse tua amiga tu tinha colado pro almoço, mandei um mói de mensagem, mas como eu não vou nem render, ela tá lá em casa - falei e desci o morro

Ela tava mais "acabada" em sentido de tá com umas olheiras, o cabelo sem tá hidratado e olha que antes ela cuidava pá porra desse cabelo, ela nem tinha mais aquele sorriso, o que me matava era isso, o sorriso dela tinha sumido.

- Dale menor, quero que desenrolem um enterro e funeral massa - falei e os moleques assentiram

- meus pêsames ai patrão - barata me deu e eu apenas acenei com a cabeça

- A veia morreu mermo? - Igor fala chegando perto de mim

- morreu, queria fazer com que ela descesse picada de bala e ela levou foi picada de bala pá subir

- tu é um desgraçado, mas como tá Ísis? - perguntou

- ela ia dormir, Sol acabou de subir pá ficar com ela - ele fez cara de poucos amigos

- Tranquilo, vou ver os corpos com os moleques e tem que receber mais munição - falou

Ele desceu com os moleques e eu subi pá ver esse bagulho, tava pilhado de sono mas ia resolver esse bagulho logo, ainda ia ser longo esses dias, fazia tempo que eu não colava no comando, daqui a pouco puxam meu tapete.

Eu tenho uma cadeira no terceiro comando, nunca fui peixei pequeno não, por isso os caras quer tanto minha cabeça e meu morro, mas uma porra que vão pacificar isso aqui, se eu caio hoje tem 20 pá assumir e assim vai sendo. Mas a cadeira do comando, foi meu pai que deixou pá mim, ele lutou pá porra pra ter depois que um dos poderosos da época veio crescer pá cima dele porque achava que ele era peixe pequeno, se fudeu, ele subiu de patente lá dentro e foi um dos poderosos e sem pisar na cabeça de ninguém, tudo certo pelo certo, ok que matou o outro lá mas foi ele que procurou, meu coroa tava suave

Tava cansadão, resolvi os negócio tudo e meti o pé pra casa, cheguei em casa e Rafael tava amuado num canto e minha mãe tava comendo pizza em outro.

- Tem pizza para tu e Ísis na cozinha - falou e eu assenti

- bença minha rainha - falei e dei um beijo nela

- Deus te abençoe

Fui para cozinha, peguei uns três pedaços de pizza e comi, tava numa larica danada, levei uns para Ísis.

- Ísis? - chamei assim que não vi ela na cama

- Oi - falou saindo do banho com o braço na tipoia e de roupa

- pensei que tava tomando banho - falei

- não, tava soltando o barro mermo - falou e se sentou na cama - que namorado maravilhoso eu tenho -falou pegando o prato de pizza

- olha que interesseira do caralho - falei tirando onda com a cada dela - vou tomar um banho

- nem perguntei, cuzão - falou e eu mandei dedo para ela

- enfia em um lugar mais proveitoso - sorriu malicioso

...................

Acordei e Ísis tava trocando o curativo, tava feião e eu senti uma leve culpa, na moral se ela num tivesse comigo, ela podia tá de boa na casa dela, mas sou muito egoísta para deixar ela.

- a bela adormecida acordou - chega em mim e me dá um beijo - já já é o funeral da tua tia

- problema é dela, colo lá não - falei me virando pra lado

- Vai sim, vacilo com tua mãe não ir, dar suporte né pô - falou e continuou andando pelo quarto de calcinha e sutiã

Na moral, mulher gostosa da porra que eu tenho.

- Tu vai botar essa blusa preta de manga e essa calça jeans escura - falou tirando os bagui do meu guarda roupa

Ela bota um vestido que ela tinha comprado naquela loja 21 sei lá o que, ficou gostoso pá porra nela.

- tranquilo- me levantei indo tomar banho

Tô indo por ela não, ela merece nada de mim não, tô indo pelo moleque e pela minha mãe.

.....................

O enterro foi aquelas coisas né, só quem tava chorando mermo era Rafa e minha mãe, a coroa tava malzona mas eu entendo era irmã dela e tinham brigado antes, tô ligado como tem sido dose, Igor e Mari também tinham colado mas nada de Solange, ela não pensou mermo na minha mãe, só vacila véi.

Eu queria vim não, assim como Igor e Mari mas geral compareceu pela coroa que criou tudinho, vacilo bonito.

Assim que terminou o bagulho, minha mãe e Rafael foram para casa, e eu junto com Ísis, ficamos conversando com os moleques.

- Na moral, a bicha ai é pedrada patrão - Leão falou sobre Ísis - ela pegou minha glock a força, parceiro e ainda deu ordens tu acredita nisso?

- Desculpa ai, depois eu te devolvo, tava estressadona - Ísis falou e deu um sorriso para ele

- Imagina eu que aguento essa vagabunda todo dia - falei e ela me deu um murro

- me trata bem na frente do povo, puto safado- levei outro tapa

- ai sua filhote do cão, tua mão é pesada - ela me dá outro murro - Ísis, eu vou te dá uma bicuda que tu vai descer esse morro, filha da puta - falei

- Meta de relacionamento - barata fala e geral ri

- Pá se fuder, mulher é bagulho doido - Mari falou

- né não, e tu ainda preferi xota - gato falou pá tirar onda com ela

- qual foi cuzão, homem é pior, não tem um que preste - falou e geral se doeu menos a mandada, lógico

- isso ai, parceira - Ísis fez um toque com ela

- eu te trato direitinho, fala para essa Chuck invejosa também - falo com Ísis

- mas não presta igual - faço cara de ofendido e os moleques tiram onda - to brincando meu bandidão - me deu um beijo

A gente continuou conversando besteira, e tirando onda com a cara dos moleques. Eu gostava dessa resenha, só o papo bom, sem guerra com ninguém.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: No Morro