O Vício de Amor romance Capítulo 12

Ele sabe muito bem como ela é raposa!

Pensando na papelada que molhou com café na noite passada, Jorge foi para o escritório para pegar os papéis e levar de volta ao trabalho para imprimir novas cópias.

Assim que ele entrou, notou que alguém mexeu na mesa.

Ninguém nunca havia entrado aqui, exceto Joana. Nem mesmo Lucas ou Ester haviam entrado.

Quem foi?

Aquela mulher entrou aqui sem permissão dele?

Ele rumou a mesa e encontrou uma tradução escrita à mão de um dos documentos e, ao pegar, viu que fora escrito com uma linda caligrafia.

Ele estranhou, foi a mulher que escreveu isso?

Ela fala atalaico?

Jorge estava descrente.

Assim que ele largou o arquivo e ia procurar Natália para esclarecer isso, um recado caiu da pasta, que dizia:

“Lamento por entrar em seu escritório sem sua permissão. Foi minha culpa molhar os seus arquivos, então quero fazer o meu melhor para ajudá-lo a corrigir isso. É difícil aprender atalaico, eu o traduzi para te ajudar, para compensar o meu erro.

- Natália”

Jorge segurou o recado, olhou para as dez folhas traduzidas, todas escritas à mão, e sua raiva diminuiu um pouco.

Ficou curioso sobre ela ao olhar aquela linda caligrafia.

É incrível que ela possa falar uma linguagem tão pouco popular.

Jorge deixou o recado e levou os papéis para o escritório.

Já era meio-dia quando Natália acordou. Joana tinha preparado uma refeição para ela. Ela estava um pouco envergonhada de ter se levantado tão tarde.

Joana sorriu:

- Aqui é geralmente vagaroso. Sr. Jorge nunca se levanta tarde. Desde que você se mudou para cá, parece estar se tornando mais animado.

Natália sorriu:

- A Srta. Ester não vinha aqui muito antes?

Joana parecia surpreendida. Isso seria inveja?

Natália realmente não tinha segundas intenções, ela perguntou mas logo depois se arrependeu.

- Não muito, o Sr. Jorge costumava ser frio com ela também. - Joana também estranhou como a atitude em relação a ela mudou após uma viagem.

Como ele poderia se apaixonar em alguns dias quando ele não se apaixonou por ela todos esses anos?

Joana não entendeu.

Natália pensou:

- Eles dizem que as mentes das mulheres são impenetráveis, assim como as mentes dos homens, não é mesmo?

Especialmente um homem como Jorge.

Já que não conseguiu o emprego, Natália não queria ficar tão ociosa. Tinha que ter um trabalho estável já que o dote de sua mãe definitivamente não foi devolvido tão rápido.

Não tinha muito dinheiro. Ela não precisaria de muito para viver aqui, mas sua mãe precisava.

Depois da refeição, ela saiu.

É realmente difícil encontrar um trabalho para alguém como ela que não tem um curso superior e nenhuma experiência profissional.

Depois de dar de cara na porta em vários lugares, Natália só conseguia encontrar alguns trabalhos inferiores.

Surgiu uma vaga para garçonete em um restaurante sofisticado.

Não era necessária nenhuma instrução para esta vaga, contanto que fosse bastante prestativa e aprendesse rápido. Como precisava do dinheiro, se candidatou para a vaga.

Natália não conseguiu concluir sua faculdade, mas falava bem, tinha bons modos e aprendia qualquer ofício rapidamente.

O gerente disse-lhe que poderia vir trabalhar amanhã.

Pelo menos ela tinha um trabalho, Natália estava em um clima melhor e, ao sair do restaurante, passeou sozinha pela estrada.

O sol estava se pondo, os vestígios do sol deixando um brilho vermelho no céu, uma luz vermelha que refletia pela rua. Natália entrou em uma grande sombra.

Ela estava sozinha e parecia um pouco solitária.

- Natália.

Ao ouvir a voz, virou-se para olhar de onde vinha e viu Anderson atravessar a estrada correndo.

- Bem que pensei ter visto alguém conhecido. - Ele sorriu.

- Dr. Anderson. - Natália também ficou surpresa em vê-lo novamente. - Você não voltou para Atalaia?

Ele quis dizer algo para Natália, mas desistiu:

- Decidi trabalhar aqui.

Natália lembrou daquele dia no hospital. Ele havia sido convidado a trabalhar lá.

- O hospital está lhe dando uma boa oferta, não é? - Natália disse com alguma admiração.

Ela não se graduou porque estava cuidando de sua mãe, e agora é difícil encontrar um emprego.

Anderson sorriu gentilmente:

- É verdade.

Ele não teria escolhido permanecer na Santa Cruz, seja lá qual fosse o salário, se ela não tivesse ficado.

Ele não queria pensar nos problemas e nas pessoas aqui.

Natália olhou para o céu que estava escurecendo. Já eram quase dois meses desde que ela tinha retornado.

Agora, ela estava um pouco confusa e sobrecarregada.

Por que tomar de volta as coisas tinha que ser tão difícil?

Sentindo suas emoções, Anderson colocou um fio rebelde do cabelo dela atrás de sua orelha.

- Me diga, que problema está te incomodando?

Ele já a havia ajudado muito antes. Natália sorriu e balançou a cabeça.

Depois de passar tanto tempo com ela, ele aprendeu a entender seus pensamentos e emoções. Ela preferia sofrer sozinha do que dever gentileza a outras pessoas.

- Você é muito teimosa.

Extremamente teimosa que o deixou sentir compaixão.

Natália prendia os lábios, queria pedir ajuda, mas não queria dever favores a ninguém.

Ela não tinha como pagar estes favores.

- Já está tarde, o Dr. não vai para casa? - Natália perguntou.

Era assim que Natália costumava dizer, sempre o chamou de Dr.

- Nati - Anderson disse, - Não me chame mais de Dr., pode ser?

Ele olhou para Natália com um olhar sério.

- Me chame pelo meu nome, ou me chame de apelido Andy, como quiser. Nós nos conhecemos há tanto tempo, você sempre me chama de Dr., parece muito formal, você não acha?

Natália pensou sobre isso. Ele era mais velho do que ela e costumava cuidar dela como um irmão mais velho.

- Então é para te chamar de Andy?

- Pode ser. - Anderson aproveitou a oportunidade para se aproximar dela, deu um abraço enquanto sorria.

- A partir de agora, me chame de Andy, como minhas primas.

- Jorge, aquela é a Srta. Natália?

Jorge, que estava dirigindo, não notou a pessoa que andava pela estrada. Quando Ester disse isso, ele olhou nesta direção.

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