O Vício de Amor romance Capítulo 126

Ele deve estar de brincadeira.

Ainda bem que ele não negou Mariana de pronto, sem problema se ele estava só de brincadeira.

- Obrigada - disse Natália, que ficou com vontade de chorar.

Ela virou para sair, mas Jorge a segurou pelo braço. Ele virou para Mariana e disse:

- Papai precisa conversar com sua mãe, pode esperar um pouco lá fora por favor?

Mariana concordou e foi se deslizando do lavabo para descer. Natália esticou o braço para segurá-la, mas ela não deixou:

- Não se preocupe comigo, pode conversar com o papai.

E logo ela saiu do banheiro.

Natália ficou ainda mais preocupada enquanto observava a filha sair, e se ela souber que esse não é o pai dela, como será que ela irá reagir?

Ela ficou sem coragem de continuar pensando nisso.

De onde ela tirou a ideia de chamar o Jorge de pai?

Que absurdo!

Enquanto Natália estava distraída, Jorge a puxou para si, ela perdeu o equilíbrio, caindo nos braços dele.

Natália levou um susto e disse:

- Estamos na sua casa, tem gente lá fora.

Jorge não a deu ouvidos e fechou a porta do banheiro.

O coração da Natália começou a acelerar.

- O que você pretende fazer? - perguntou Natália.

Jorge não a respondeu, mas continuou a olhar para ela sem piscar os olhos.

Natália evitou o seu olhar e disse:

- A comida já está pronta, está na hora de comer.

Jorge aproximou- se e a tomou pelo queixo forçando- a olhar para ele. S uas emoções se intensificavam junto com o seu olhar.

Natália ficou preocupada e perguntou:

- Você está zangado comigo?

Jorge permaneceu calado.

Natália ficou ainda mais preocupada:

- É por causa da Mari? Ela não tem pai desde pequena, e achou que você fosse o pai dela, por favor não fique chateado, eu vou...

- Você tem certeza que não conseguiram se aproveitar de você naquela noite?

Ela demorou a entender do que ele estava falando.

Ela ficou paralisada olhando para ele.

- Você se refere a... - Ela ficou tensa de repente, começando a entender do que ele estava falando.

Quando ela perdeu a consciência naquele dia, ela acordou sem roupa e a sua calça também estava desabotoada.

Mas ela tinha certeza de que não fora estuprada, apesar de não lembrar o que Anderson fez com ela.

Ela olhou para Jorge e disse:

- Eu não sei o que ele fez comigo, mas tenho certeza de que ele não conseguiu se aproveitar de mim.

Ou melhor, quando ele quis avançar para cima de mim, eu acordei.

Ela não imagina o que teria acontecido, se ela tivesse acordado alguns minutos mais tarde.

Ela olhou para baixo e seus olhos encheram de lágrimas:

- Me desculpe

Jorge lembrou da imagem dela sem roupa e não conseguia raciocinar direito.

- Desculpa por quê?

- Eu não sei.

Ela realmente não sabia, apenas sentia-se confusa.

Ela não sabia por que lhe pedia desculpas.

Ela tentou afastá-lo, mas Jorge se aproximou ainda mais e a beijou.

Enquanto eles se beijavam, ela ficou ainda mais confusa, ela se afastou e perguntou:

- Por que você está me perguntando sobre isso de repente?

Será que ele sabe de algo mais?

Algo que nem ela saiba?

Jorge não respondeu e voltou a se aproximar para beijá-la novamente. Natália queria saber, ela o empurrou com força e perguntou:

- Me diga, você sabe de alguma coisa?

Era inútil resistir, ele a beijava com mais fervor e intensidade, fazendo-a perder o fôlego. Sem conseguir resistir, ela começou a beijá-lo também.

O clima dentro do banheiro ficou cada vez mais intenso.

Ele se aproximou ainda mais, fazendo com que Natália dê um passo para trás e encoste na porta fazendo um barulho.

Joana e Fernanda, que estavam na sala cuidando da Mariana, ouviram o barulho vindo do banheiro.

Elas já imaginavam o que estava acontecendo lá dentro.

Joana sorriu e disse:

- Esses jovens de hoje.

Fernanda não achava gracioso como Joana, pois ela tinha receios.

Ela disse, enquanto dava comida para Mariana:

- Eles já são divorciados, isso não é apropriado.

- O que tem demais, se são divorciados podem casar novamente - Joana acha que os dois combinam.

Ela nunca viu o Jorge ter tanta paciência com uma mulher.

Sempre que Natália ia embora, ele ficava imprevisível e irritativo.

Ela nunca viu o Jorge irritado daquela maneira.

Fernanda respondeu:

- Não é tão simples assim.

A situação se complicou com essas duas crianças.

Ela não acreditava que Jorge aceitaria essas duas crianças.

Não só o Jorge, muitos homens não aceitariam.

Existem tantas mulheres por aí, vai procurar justo uma que tem dois filhos?

Se o filho dela ainda estivesse vivo e quisesse casar com uma mulher que tem dois filhos, ela também não aprovaria.

Ainda mais uma família como a Marchetti, com certeza não aprovaria.

Eles tem negócio de família e uma fortuna, com certeza não aprovariam qualquer pessoa para fazer parte da família.

Joana acredita que no fundo a Fernanda ainda está chateada com o divórcio entre Jorge e Natália.

Não se preocupe, isso logo vai passar, pensava Joana consigo. Assim que Matheus melhore, ela vai visitar Angelo e ver se ele tem alguma forma de descobrir se essas duas crianças são de Jorge.

Joana acredita que essas duas crianças são de Jorge. Eles tinham a cara dele quando era criança.

Hoje existe o tal exame de DNA, basta fazer um teste.

Ela ouviu que dá para fazer o teste com apenas um fio de cabelo.

Enquanto olhava em direção ao banheiro, Joana disse:

- Se a Sra. Terezinha escolheu alguém para Sr. Jorge com certeza é pelo bem dele.

Ao ouvir o comentário da Joana, Fernanda quis dizer algo, mas deixou para lá. Ela suspirou e voltou a dar comida para Mariana.

No banheiro, Natália estava ficando sem ar e seu rosto avermelhado. Ela tentava se livrar de Jorge batendo no peito dele, mas ele não se mexia.

Natália decidiu morder os lábios dele.

Jorge sentiu uma dor e a soltou. Natália o empurrou e disse:

- Estamos dentro de casa.

Está todo mundo lá fora, se souberem vou ficar com tanta vergonha.

Jorge não ficou bravo por ter sido empurrado e perguntou:

- Então quer dizer que se não tivermos em casa podemos continuar?

Natália ficou muda.

- Você... - você não tem jeito mesmo.

Jorge sorriu e tocou os seus lábios avermelhados:

- Ah é?

Natália baixou a cabeça pensando, que pouca vergonha tem ele.

Que falta de vergonha.

Sem vergonha?

Você não tem vergonha não?

Que malandro.

Eu não tenho vergonha nenhuma.

Natália ficou envergonhada.

Ela o encarou com curiosidade, como ele sabia o que ela estava pensando?

Será que ele consegue ler os pensamentos dela?

Jorge fez uma cara séria e disse:

- Consigo decifrar o que você está pensando olhando para sua cara.

- O que? - perguntou Natália.

Malandro sem vergonha.

Foi a primeira vez que Natália o viu fazendo brincadeiras assim.

Natália negava, evitando seu olhar:

- Eu não.

Ela falou baixinho, sem mostrar muita confiança.

Ela realmente o estava chamando de sem vergonha.

O celular de Jorge começou a tocar.

Mesmo sem olhar para o celular, ele já sabia quem estava ligando, ela mandou um vídeo faz pouco tempo e como ele não ligou, ela ficou sem paciência e decidiu ligar.

Natália viu que ele não atendia o telefone e perguntou:

- Seu celular está tocando, você não vai atender?

Jorge arrumou a sua blusa que estava um pouco desajeitada e disse:

- Me espere lá fora por favor.

Natália abriu a porta e saiu.

Assim que a porta do banheiro fechou, a expressão do Jorge mudou, ele estava muito mais sério.

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