Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 19

CAPÍTULO 19

Luana Davis

É claro que o Igor estava incomodado com aquele lugar, ele é acostumado a ficar em lugares chiques e caros e ficar no armazém para ele deve ser um tédio, aqui já está um pouco abandonado, já faz um bom tempo que não vem ninguém para fazer uma limpeza, e sem contar que além de toda a comida e coisas armazenadas da própria Ilha, ainda tem um quartinho de bagunça que e só meu, que já faz muito tempo que ninguém mexe, e prefiro que o Igor nem saiba sobre ele.

Eu e ele fomos caminhando e conversando em volta de todo o armazém, fui lhe mostrando como funcionavam as coisas da Ilha, e para que servia cada peça dentro daquele lugar.

Ele sentou justamente, num banco velho de madeira que ficava em frente ao meu quarto da bagunça, uma espécie de local aonde eu guardo umas coisas que ninguém mais vê, e eu deveria tomar cuidado.

— Faz muito tempo que você saiu dessa Ilha? — fui tirada dos meus pensamentos quando ele me fez essa pergunta.

— Há, sim! Eu ainda era criança! A gente morava aqui enquanto a minha avó ainda era viva, mas depois que ela faleceu o meu pai não quis mais ficar aqui e fomos para Nova York, próximo aos parentes da minha mãe. Mas na verdade, a minha mãe nunca gostou de morar lá, e preferiu ficar aqui na ilha, então quando o meu pai faleceu, ela se enrolou mais alguns anos lá e acabou vindo morar na casa que era da minha avó, e que também foi nossa quando a gente estava aqui. — expliquei.

— E, você gosta da ilha? — perguntou ele.

— Eu, gosto! Só que eu já havia reparado que aqui não teria a faculdade que eu queria fazer, e seriam poucas as oportunidades de emprego para eu viver aqui, e como eu já havia me decidido a estudar lá, acabei ficando por lá mesmo, ao arrumar um emprego. — contei.

— E, a sua mãe deixou na boa? Acho que você deve ter penado para conseguir essa proeza, pois que velha chata dos infernos! — ele falou e nós dois rimos.

— A minha mãe é complicada! Até por isso que eu arrumei esse lugar aqui para guardar tantas coisas minhas, senão ela já teria colocado fogo em tudo! — coloquei as duas mãos na boca quando percebi que falei demais e acabei contando que tenho coisas guardadas aqui.

— O que foi, Luana? O que esconde aqui, que não queria que eu soubesse? — perguntou com cara de sacana, ameaçando se levantar para abrir a porta.

— Nem pense nisso, Igor! — ameacei a me levantar também. — são apenas velharias empoeiradas, coisas chatas que você nunca teria interesse em ver! — falei meio que o repreendendo.

— Ahhh! Duvido! Mais chatas que todos aqueles arquivos do escritório? Que por sinal sou obrigado a avaliar e organizar!? Ah, não! Já está chato o suficiente essa viagem, me dê um pouco de animação! — falou ele e eu pensei: “depende do tipo de animação que você quer, gato?“

Caramba! Estou me apaixonando pelo Igor! Como isso foi acontecer? Preciso focar, pois ele não gosta de mim!

— Tudo bem, então! Pode olhar! Mas, depois não venha me dizer que eu não avisei! — ergui as mãos rendida.

— Então venha! Me ajuda a abrir aqui! — disse ele, e quando coloquei a mão na maçaneta, ele colocou a dele sobre a minha, e um simples toque dele, ativou vários sentidos do meu corpo, e parecia queimar de desejo a minha pele junto com a dele, e precisei piscar muitas vezes ao abrir a porta, para conseguir foco, e resistir a não agarrá-lo ali mesmo, e colocar tudo a perder.

Logo que entramos observei os olhos dele diretamente na minha estante de esculturas, ele ficou sério olhando e analisando cada uma delas, e depois voltou a olhar para mim.

— Você coleciona esculturas? — perguntou.

— Ah... eu gosto delas, na verdade! Teve uma época que eu comprava bastante, e até ganhava, mas a minha mãe sempre odiou, então a cada vez que eu encontrava ou comprava uma nova eu trazia para cá, e assim foi enchendo essa estante, mas também já faz um bom tempo que não venho aqui, então estão todas empoeiradas, aí! — expliquei.

— Gente! Mas um pouco dou razão para a velha encrenqueira! Você tem uma escultura de Edvard Munch! Sério que guarda um treco esquisito, de “o grito?“ — zombou.

— Não ri do meu gritinho! É fofo, não é? Olha só pra ele! Na verdade, esse em específico é uma reeleitura! — falei, mas eu também não me aguentava de rir, pois para quem não gosta disso, é hilário guardar alguns tipos de esculturas.

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