De Secretária a Mamãe romance Capítulo 12

POR Samuel Heughan

Depois de sairmos do meu apartamento, eu já havia pressentido que o dia não iria bem com base em Sophia, mas nunca imaginei a magnitude da frase "não iria bem".

Já havíamos passado pela empresa causando um alvoroço, depois a grande golfada de leite e por fim, os acionistas mais importantes da empresa tinham visto a cena de minha secretária e eu... certamente a cereja do bolo.

Tentamos manter o assunto mais formal o possível na sala de reuniões central, mas quem disse que bebê estava de acordo? Pois é, não estava.

Aquele pestinha me enforcava de tanto puxar a gravata, e só depois de muitas tentativas falhas de chamar sua atenção, foi que obtive minha liberdade.

Terminado a reunião, nos despedimos e decidimos explicar a situação. Apesar de alguns deles se mostrarem indiferentes e compreensivos por serem pais, outros deram risadas dizendo coisas por nossas costas.

Deixamos a sala e voltamos ao escritório, Sophia se encarregou de lhe dar a mamadeira. E olhando a dedicação dela com o garotinho birrento, mais uma vez uma ponta de inveja passou por mim. Queria ter sido criado por uma mãe, como a que Sophia estava sendo para Seth. Talvez a minha personalidade chata e desenfreada venha pela minha criação, mas era meu jeito e nunca tive alguém com quem bater de frente para me mudar. Diferente dos últimos dias, eles estavam sendo incrivelmente desafiadores, mas só os vencia ao lado de Sophia.

— Seu almoço está quase chegando. — Sophia disse a mim, enquanto limpava a boca do bebê.

— Certo. — Respondi ainda perdido em meus pensamentos.

Eram muitas as recordações infelizes de minha infância e demonstrações de afeto me disparavam flashbacks involuntários.

De repente volto a mim e a secretária está tão perto que me assusto.

— Quê isso, Sophia?

— É Srta. Carson no escritório. — Ela diz e volta-se para olhar Seth, como si se divertisse por eu estar sem foco.

— Claro, Srta. Carson.— Enfatizei seu sobrenome. — Tem alguma ideia para lidar com a mídia? — Perguntei olhando da janela e vendo a multidão de jornalistas tomar a frente do prédio.

— Nem a mais mínima ideia.

— Não pode ser.... — Disse em um Murmúrio tentando pensar em algo.

De um lado a outro, sem ideias, e também sem enxergar uma mísera luz no fim daquele túnel, desisti encarando Seth que dormia no colo de minha secretária.

— Ótima hora para uma soneca ...

Sophia então me olhou, parando de balançar o pequeno e focando em mim.

— E se dissermos a verdade? — A pergunta dela me confunde.

— Que verdade? Nem mesmo nós sabemos qual é mesmo a verdade.

— Quer uma prova de paternidade?

— Do quê está falando, sabe que não fizemos o teste de DNA ainda. — Digo sentando-me em minha cadeira.

— Não. Vêm olhar isso. — Ela pediu, me fazendo levantar.

Segui até Sophia e olhei para onde ela me apontou. Detrás das orelhas de Seth, uma pinta rosada em formato de meia lua, deixava em claro que aquele monstrinho só podia ter meu sangue.

Não era qualquer marca, aquela era uma marca registrada em nossa família. Meu pai e meu tio também as tinham, assim como eu e meu primo, Victor.

— Eu não ... — Estava começando a ficar atônito.

Todas as preocupações do trabalho, sobre os jornalistas e sobre o que mais poderia recair em má publicidade, tudo deixou de importar ao me dar conta daquela prova praticamente irrefutável.

A criança era minha, e a pior coisa que poderia surgir na vida de Seth, era eu.

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