POR Samuel Heughan.
Acordei como se não tivesse dormido nada, estava acostumado ao silêncio do meu apartamento, mas agora já não o tinha.
Com a cabeça recostada em meu peito e seu leve suspiro em meu pescoço, sentia que Sophia ultrapassava muros que nunca antes foram cruzados por ninguém.
Ao meio de nós, Seth dormia agarrado a minha secretária, como se precisasse dela para respirar.
— Acho que isso vale a pena por minha pobre coluna ... — Sussurro rindo de minha estranha manhã.
Estava prestes a me afastar para levantar quando Seth despertou. O pequeno, se espreguiçou se afastando pela primeira vez dos braços da mulher que o aninhou a noite toda apesar de suas inúmeras reviravoltas sobre os lençóis.
Seus olhos redondos e tão parecidos aos meus, me fitaram com fugacidade, pois logo voltou-se para minha secretária.
— Ei ... — Chamei a atenção do monstrinho barulhento. — Vem, deixa ela dormir. — Disse o pegando no colo, surpreso com o fato dele não chorar por isso.
Talvez eu finalmente tivesse a minha chance de domá-lo como Sophia o fazia.
A ponto de eu estar saindo do apartamento, me dou conta de que preciso de minha secretária, não poderia passar o dia sem ela.
Por outro lado, olho para o menino, com quem o deixaria?
Antes de pensar em algo, ela já estava de pé a minha frente, saindo do quarto com Seth encaixado a sua cintura e o cabelo mais desarrumado que havia visto em toda a minha vida, mas ainda sim, estranhamente linda.
— O quê é? — Ela pergunta claramente incomodada com meu olhar.
— Nós ... — Eu pisco algumas vezes voltando a mim. — Nós estamos atrasados.
— Já sabe quem ficará com Seth?
— Não. Mas não há outra forma, ele vêm com a gente. — Disse odiando as circunstâncias.
Era provável que atrairiamos todas as atenções, no entanto preferia isso a deixar a criança com uma babá dispersa, que poderia abrir a boca e me deixar em maus termos com as mídias. Havia pensado sobre o assunto e seria melhor arrancar o bandeide por nós mesmos do que de maneira sensacionalista por outros.
— Tem noção do quê está dizendo senhor? — Ela diz com uma banana na boca e por alguns minutos me faz pensar besteira.
Não era do tipo que me iludia ou criava fantasia sobre qualquer coisa, mas se algo devo admitir é que sei muito bem que minha secretária quase sempre passa seu tempo pensando em me matar, tenho consciência de que não sou um bom chefe, mas a única coisa que parece me divertir é vê-la irada. Também sei que me comporto com um menino do ensino fundamental, chateando a garota que ele gosta, mas não sei agir de outra forma com Sophia.
— Uma foto? — A pergunta repentina me tira dos meus pensamentos.
— O quê?
— Quer tirar uma foto? Assim você pode passar mais tempo olhando. — Ela estava definitivamente irritada.
Parecia que meu jeito de encará-la não a agradava nem um pouco. Então só para atormentá-la um pouco mais, segui a deixa.
— Quero sim. — Disse tirando o celular do bolso e fazendo uma selfie.
Com meu rosto na frente e as duas criaturas atrás, foi a primeira foto em que tive prazer de estar.
Tudo tão estranho e ao mesmo tempo uma sensação desconhecida e maravilhosa se instalava em mim.
— louco. — Ela murmurou voltando para meu quarto.
Ainda passávamos o terceiro dia de convivência e eu já não me sentia o mesmo, seria possível me curar se a mantivesse ao meu lado mais tempo?
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