LASCIVA romance Capítulo 12

Capítulo 12

Isis Melo.

Depois de ter passado o final de semana em casa, triste e remoendo a perda do meu trabalho, e o fato de que Jaime jamais iria mudar de ideia sobre mim, para ele eu era apenas uma dançarina que ele poderia transformar na sua acompanhante de luxo, apenas isso!

Na segunda-feira, saio pelas ruas de Nova Iorque espalhando meu currículo por todos os lugares possíveis, foram tantos que não me lembro de todos. Tento em algumas boates, mas os trabalhos nessas boates é o mesmo trabalho que Jessica fazia na boate Skin. O meu maior desejo é ter meu próprio negócio, poderia montar um salão de dança, eu ensinaria as mulheres todos os tipos de danças, mas tenho que batalhar e muito para ter algo só meu. Não quero depender de ninguém para sobreviver, isto é algo que a vida me ensinou a duras penas.

Duas semanas depois, fui chamada para participar de uma entrevista em um escritório de advocacia. É uma vaga para secretaria e que não exige muita experiência, o salário não é grande coisa, mas tentaria da mesma forma.

Estava sentada aguardando ser chamada para entrevista, eu estou vestida com uma blusa branca de manga, saia lápis até os joelhos e salto pretos.

- Senhorita, Isis Melo, pode entrar. – Uma das secretarias murmurou. Percebi um sorriso de canto no seu rosto, como se eu não fosse conseguir a vaga. Vaca!

Adentrei na sala e um homem que aparentava ter quarenta anos, alto e com o corpo normal estava sentado na cadeira que fica atrás da sua mesa.

- Boa tarde! – Murmurei.

O homem se levantou assim que entrei me avaliou de cima a baixo e ao invés de mandar eu me sentar, ele caminhou para frente da mesa e encostou-se a mesma. Não gostei da forma que ele me olhou!

- Senhorita Isis, avaliei o seu currículo e mesmo sendo muito simples quis te oferecer uma oportunidade, agora o restante dependerá de você.

Comecei a me sentir confiante, mesmo diante do olhar sem vergonha dele.

- A senhorita terá que passar pela minha avaliação. – Murmurou.

- Claro, farei o que for possível. Ele sorriu confiante e começou a abaixar o zíper da calça, agora que caiu a fixa, "passar pela minha avaliação". Quer dizer que tenho que chupar o pau dele. Que cretino doente!

Deixei que ele colocasse aquele pênis horrendo e pequeno para fora e sorrindo feito uma garota sem cérebro, me aproximei do imbecil e dei uma joelhada certeira na minhoca do filho da mãe. Ele urrou de dor e esse foi o momento em que saí o mais rápido possível. Ouvir quando ele me xingou. A joelhada que dei foi bem forte e tenho certeza que ele irá sentir bastante dor nos próximos dias.

Cheguei à minha casa e encontrei o segurança que Jaime contratou na minha porta, nunca mais o tinha visto, nem sabia que ele ainda estava por perto. Aproximei-me e falei.

- Aconteceu algo? Perguntei preocupada, pois ele nunca tinha ficado tão próximo da minha casa.

- Não senhora. – Murmurou e ficou lá parado. Dei de ombros e entrei em casa. Fui direto para o banheiro e lá chorei debaixo d'agua. Não sabia mais o que fazer, o pouco de dinheiro que tenho guardado vou utilizar para pagar a clínica, mas não vai sobrar quase nada, nem dinheiro para fazer as compras do mês. Só sei que preciso arrumar um emprego rapidamente.

Jaime Gandy.

Passaram-se duas semanas e Isis não me procurou em momento algum, eu me sentia tão frustrado que queria desistir dela para sempre. Mesmo dormindo com outras mulheres não me sentia completamente saciado, meus pensamentos sempre se voltam para ela. Na semana passada, liguei para a clínica onde a mãe dela está internada e paguei por todos os procedimentos necessários de todo o período que a mãe dela for ficar lá, não podia deixar a garota desempregada e com a mãe dela necessitando de assistência médica.

Uma coisa é certa, Isis é totalmente diferente de todas as mulheres que já conheci na vida. Mesmo passando por dificuldades, ela não aceita minha proposta, proposta essa que eu já desistir. Se eu quiser ter Isis comigo terei que mudar de tática, e afinal, eu poderia realizar todos os meus desejos do contrato mesmo sem ela assinar, se o problema era o contrato, então eu abriria mão dele.

O segurança que deixei para tomar conta de Isis me informou que Tony foi até a casa dela, mas que ela estava fora e eu sabia que ela tinha ido a uma entrevista, ela está tentando a todo custo conseguir um trabalho só para não assinar o contrato, e isso fez com que eu sentisse uma admiração por essa mulher que nunca sentir por nenhuma outra. Dei ordens ao segurança para ficar na porta dela e garantir que Tony não se aproximasse por nada.

Ausentei-me do trabalho mais cedo para ir ao restaurante de um amigo e também encomendei comida mexicana para levar.

- Jaime quanto tempo que não o vejo. – Oliver diz.

- Olá, meu amigo. Muito trabalho ultimamente. – Falo sorrindo.

- E as acompanhantes alguma em vista? – Pergunta-me. Oliver sabe do que eu gosto, já até compartilhamos algumas mulheres.

- Que nada mi amigo, uma ragazza está tirando meu sono. – Murmuro.

- Gostaria de conhecer está bela que conseguiu tirar o sono do meu amigo. – Murmura sorrindo.

- Ela é impossível, a mulher mais difícil que já conheci na minha vida. – Digo.

- Não acredito nisso. – Diz sorrindo.

- Pois pode acreditar. – Digo e pego minha encomenda que ficou pronta. Sinto o cheiro delicioso da comida.

- Traga-a aqui um dia desses, e quem sabe não podemos nos divertir nós três. – Diz.

- Não mi amigo, no momento a quero só para o meu prazer. – Digo. Nos despedimos e ficamos de nos encontrar em breve.

Isis Melo.

Depois do banho, vestir-me com uma blusa branca que vai até os meus joelhos. Fui até a cozinha preparar algo para comer, mas não tem nada atrativo, então iria apenas dormir. Deitei-me na cama e meu celular começou a tocar, era Fernando. Fiquei animada na mesma hora, será que ele já voltou de viajem.

- Olá – Atendi manhosa.

Pensei que Fernando tivesse voltado, mas não. Ele me ligou para me contar que está ajudando uma amiga a montar uma clinica de ortopedia e que quando tudo estiver pronto ele voltaria. Perguntou como eu estava, e eu apenas disse que estava bem, mas na verdade meu mundo está de cabeça para baixo. Queria só por uma noite não pensar em meus problemas e me desligar do mundo.

Estava pronta para ir me deitar, quando avistei o contrato de Jaime. Peguei uma caneta e comecei a reler o contrato. As propostas que tinha aqui mudariam a minha vida para sempre, eu poderia realizar todos os meus sonhos e trazer minha mãe para casa, quem sabe comprar uma casa maior e com uma enfermeira para cuidar dela vinte e quatro horas por dia, e teria sua presença todos os dias.

Fiquei mais nostálgica do que já estava e lágrimas caíram dos meus olhos, fazendo com que molhasse o contrato, diante desses pensamentos coloquei a caneta no papel e estava pronta para assinar quando alguém bateu na minha porta, assustei-me pelo horário. Era oito da noite, quem poderia ser esse horário? Deixei o contrato na mesinha e fui até a porta e perguntei quem era.

- Sou eu, Jaime. – Murmurou. Fiquei um tempo olhando para a porta e pensando se deveria abrir. Provavelmente, ele veio verificar se estou passando por necessidades e tentar me convencer a assinar o contrato. Respirei fundo e abrir a porta, pronta para dá uma patada nele.

- Trouxe comida mexicana. – Falou suspendendo duas sacolas, o cheiro delicioso invadiu minhas narinas, e minha barriga roncou. Acabei sorrindo, mas era notável a tristeza no meu olhar, fiz o possível para esconder isso dele.

- Entra. – Falei. Só o deixei entrar porque ele parece animado, e não veio com a arrogância costumeira.

-Imaginei que se te chamasse para jantar no meu quarto de hotel você não iria, então encomendei comida mexicana para gente, espero que goste. – Disse.

- Se você não quiser que eu seja grata por você ter me alimentado, eu adoraria comer com você. – Falei.

- Quero paz esta noite, Isis. – Murmurou sorrindo. Daria uma trégua a ele, trouxe comida mexicana que eu adoro, e não me tratou com arrogância, eu poderia facilmente gostar desse Jaime.

Sentei-me na cama com as pernas cruzadas, escondendo a minha melhor amiga que estava descoberta e desejosa. Jaime se sentou na minha cama e começou a desenrolar as comidas que vieram montadas em pratos, entregou-me um prato e se serviu com o outro.

- Hum... Que delicia. – Gemi ao morder um pedaço de burritos. Jaime sorriu da minha careta.

- Pensei que tinha me abandonado, desistido. - Murmuro quando termino de comer. Jaime se levanta, vai até o meu pequeno armário e pega dois copos, coloca um vinho que nem tinha o visto trazer, me entrega um copo e murmura.

- Não desistiria da minha regazza. – Diz e me olha com intensidade. Eu poderia facilmente ceder a ele nesse momento, eu o desejo tanto e ele me deseja também, mas tem algo que me prende, é algo que me diz que se eu fizer isso não terá mais como voltar atrás, e eu sei que o sofrimento será inevitável.

- Por que a carinha de tristeza quando eu cheguei? Pergunta-me. Penso se devo contar.

- Meu dia não foi muito proveitoso, fui para uma entrevista, mas o cara queria que eu chupasse o pau dele para ter o cargo. – Os olhos de Jaime escureceram imediatamente, a raiva ficou visível neles.

- O que você fez? Perguntou. Ele ainda tem coragem de perguntar o que eu fiz? Ele não me conhece mesmo.

- Conseguir o emprego, o que você acha que eu fiz. – Digo irritada.

Ele levanta-se furioso. Me pega pelos braços, e me aperta contra seu corpo.

- Você não fez isso. – Grunhiu.

- Claro que não! Seria mais fácil eu fazer o cara engoli o pênis pelo rabo. – Digo e nós dois acabamos caindo na risada.

- Você não existe! Ele murmura e balança a cabeça sorrindo. Eu não duvido de você. - Diz.

Jaime se senta na minha cama, encosta as costas na cabeceira da mesma e chama-me.

– Vem cá. – Fala manhoso. Ele faz uma carinha de inocente, mas de inocente não tem nada. Olho-o sem entender nada, ele está muito a vontade na minha cama, como se já tivesse passado várias noites nela.

- Não vou te morder Isis. – Diz vendo minha resistência em me aproximar.

Quando me aproximo ele complementa, - A não ser que você queira. – Eu dou risada.

Deito-me na cama e Jaime faz com que eu coloque minha cabeça no seu peitoral e fica alisando minhas costas. Eu não admito, mas seu carinho me conforta de uma forma que há muito tempo eu não experimentava, e eu sinto que resistir a esse homem vai se tornar cada dia mais difícil.

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