LASCIVA romance Capítulo 15

Capítulo 15

Isis Melo

Estava tão brava por Jaime ter pagado a internação da minha mãe que quando dei por mim, estava na GC. O lugar ostentava luxo por toda a parte, tudo muito bem decorado e os funcionários todos vestidos formalmente, mesmo diante de tudo isso, não me contive e quando a secretaria disse que eu teria que agendar para falar com o senhor Jaime. Eu não hesitei ao invadir a sala que tem o nome dele, mas nada me preparou para vê-lo abraçado com uma mulher linda, muito elegante, morena, alta e de rosto marcante. Estava pronta para lhe dizer poucas e boas, mas ao vê-lo dessa forma com outra mulher me desestabilizou. Sentir algo no coração que não queria sentir, algo desconhecido, mas que sabia que me traria dor.

Quando Jaime me olhou, vi que seu olhar dirigindo a mim, era gélido, distante e frio. Não é o mesmo olhar de quando estávamos na cama.

- Não vai me apresentar sua amiga. – A mulher perguntou com um sorriso no rosto. Olhei confusa. Não entendi o sorriso no rosto dela. Jaime me cortou antes que pudesse abrir a boca para dizer meu nome.

- Não é ninguém que você precise conhecer. – Falou. Suas palavras me magoaram, mas não iria demonstrar jamais. Fiquei roxa de vergonha e de raiva. Cretino! Não iria fica calada diante das suas palavras.

- Você não costuma apresentar as mulheres que você fode. – Acusei e levantei a sobrancelha desafiando-o.

Ele ficou vermelho de raiva, mas não me importei.

- Pelo visto, a conversa é de casal. A mulher falou e olhou para Jaime. - Te espero em casa para terminamos de conversar. – Murmurou e saiu. Jaime e eu ficamos nos fuzilando com o olhar.

Ele andou na minha direção e a cada passo que ele dava eu dava outro para trás. Não queria ficar perto, não queria que ele me tocasse. Iria fazer o que precisava e iria embora. Acabei batendo as costas contra a porta, ficando sem saída. Ele fixou seus olhos selvagens nos meus e falou de forma cortante:

- Nunca mais entre na minha sala dessa forma, entendeu? O olhei e empinei meu nariz de forma desafiadora, se ele acha que vai me intimidar está muito enganado.

- Nunca mais se meta na minha vida. Ele me olhou confuso, mas também irritado por não ter acatado a sua ordem.

- De que merda está falando? Esbravejou.

- Não quero que pague nada para mim, muito menos para minha mãe. – Gritei da mesma forma que ele.

Ele me olhou e tive a certeza que realmente foi ele. Lágrimas se formaram nos meus olhos, mas não deixaria que caíssem. Dói saber que ele quis pagar por ter ficado comigo. A noite de ontem foi maravilhosa para mim, e nenhum dinheiro desse mundo pagaria a minha entrega.

Seus olhos ficaram amolecidos, ele segurou no meu queixo e fez com que eu o encarasse.

- Me escuta, Isis. Já tem duas semanas que paguei pela internação da sua mãe, e nesse período não estávamos juntos, e por mim, você nunca saberia que fui eu quem pagou. – Falou e me fez sentir um turbilhão de emoções.

Fiquei olhando-o sem entender nada. Qual teria sido o motivo dele ter feito isso? Jaime tem feito coisas para mim sem me cobrar nada, primeiro o segurança e agora isso.

- Por qual motivo tem feito isso por mim, Jaime? Perguntei. Eu queria saber, será que ele está desenvolvendo sentimentos por mim, e por isso toda essa preocupação.

Ele se afastou passando a mão pelo cabelo e falou.

- Não me peça para dizer o motivo, apenas aceite a ajuda de um amigo. – Falou.

- Somos amigos? Perguntei decepcionada.

- Não, mas quis ajuda-la e ponto final, Isis. Chega de perguntas, não quero que você pense coisas que não existem. – Falou me dando um banho de água fria. Eu precisava colocar os pés no chão, estava me tornando uma menina sonhadora e há muito tempo deixei de ser assim.

Sei muito bem o meu lugar!

- Obrigada pelo empréstimo, pois pretendo lhe devolver cada centavo. Caminhei até sua mesa e depositei o valor cobrado desse mês, e pretendia eu mesma pagar os próximos, não sei como, mas daria um jeito.

- O que você está fazendo? Não quero seu dinheiro. – Falou irritado.

- Muito menos eu. – Falei me retirando.

Jaime puxou meu braço, fazendo com que meu corpo batesse no seu. O contato com seu corpo másculo fez cada parte do meu corpo ascender.

- Como nós ficamos? Perguntou com os lábios encostando-se aos meus.

- Não existe, isso de nós. – Falei apontando para nós dois.

- Não é isso que seu corpo diz. – Falou arrastando beijos pelo meu pescoço. Passando a mão pelo meu mamilo que ficou rijo. Gemi.

Por mais que quisesse me manter afastada, o meu corpo quer o contrário, e agora que já provei do seu toque, da sua pele meu corpo se viciou e vai querer muito mais, mas não apenas o meu corpo quer, eu também quero muito mais. Não quero apenas servir de boneca para ele se aliviar sempre que quiser, eu não sou assim, e nunca vou conseguir ser.

Suas mãos estavam se encaminhado para dentro da minha calcinha, e por mais que meu corpo implorasse para que eu abrisse as pernas e deixasse que ele me possuísse aqui mesmo, fiz totalmente o contrário. Afastei-me, ofegante e desejosa.

- Não vou ser sua novamente, não assim. – Falei e fui embora, antes que eu mesma cedesse.

Quando fechei a porta da sua sala tive que encostar-se à mesma e respirar. Algumas pessoas me olharam curiosas, mas não falaram nada. Fui embora antes que meu fogo me fizesse mudar de ideia.

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