LASCIVA romance Capítulo 26

Capítulo 25

Isis Melo

Jaime estava irritado, mas isso é natural dele. Não sabia o que tinha acontecido, mas eu estava feliz e não iria deixá-lo estragar, mesmo que ele fosse uma parte do motivo da minha felicidade.

- Se alguém ver você nua. – Falou irritado e se aproximou para que eu saísse da água. Tirou a sua camisa seca para poder me cobrir. Eu imagino que não tenha ninguém, e além do mais está anoitecendo, ninguém verá nada. Joguei água nele e gritei.

- Entra aqui. Está tão gostoso. – Falei provocante. Seus olhos escureceram. Imagino que ele teve as mesmas segundas intenções que tive. Ele olhou ao redor, como se pensasse se deveria entrar, mas não esperei para ver. Joguei água nele que ficou todo molhado e rindo, falei.

- Venha-me pegar. – Murmurei e mergulhei.

Fui puxada pelo pé antes que pudesse ir mais longe. Jaime pegou-me pelo pé, e fez com que meu corpo ficasse grudado ao dele.

- Você é uma safada teimosa. – Sussurrou sem a raiva de antes.

- Mas é desse jeito que você gosta. – Sussurrei. Sentir sua ereção na minha barriga. Está duro e grande do jeito que gosto. Lambi os lábios em expectativa. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Jaime colocou-me numa pedra grande e abriu minhas pernas. Arfando colocou-se dentro de mim, de uma vez. Gritei... Dor e prazer se fizeram presentes.

- Você é minha. – Sussurrou com possessão. Estocando-me. Dentro, fora, dentro, fora... Várias vezes. Quando estava me aproximando do orgasmo Jaime retirou todo o pau, e me fez ficar de costas. Resmunguei, mas ele estava no modo autoritário e me ignorou, mas o que ele fez em seguida fez meu corpo explodir e pude até ver as estrelas no céu.

- Segure-se firme. Serei mais duro que esta pedra. – Sussurrou no meu ouvido. Meu corpo inteiro se arrepiou. Segurei na pedra como se minha vida dependesse disso.

Ele penetrou-me mais duro e forte que antes. Sentir o clitóris esfregar na pedra, mas não foi de um jeito ruim, fez meu prazer aumentar. Minutos depois explodir de prazer, Jaime me acompanhou no mesmo ápice do gozo...

Estávamos na beira da lareira que acendemos há poucos minutos. Bebendo vinho "Chateau Petrus" e comendo Paella de frutos do mar, a comida foi Brad que trouxe não sei de onde, mas o vinho tinha na adega que eu nem havia visto. Jaime falava sobre o vinho que vinha da França e muitas outras coisas, eu estava prestando atenção, porém não entedia muito de vinho. Quando ele terminou de falar, eu disse.

- Você sabia que essa comida é afrodisíaca.

Jaime soltou uma gargalhada gostosa de ouvir, eu o acompanhei mesmo sem saber o motivo do riso porque a risada dele foi daquelas que contagiam e todos acabam rindo ao mesmo tempo.

- A gente não precisa de comida afrodisíaca. Meu desejo e seu fogo já são suficientes. – Falou e eu fiquei estranhamente envergonhada. Nunca tinham me chamado de fogosa. Eu gosto de sexo, e aproveito como se deve, sem pudores e sem vergonha, com tanto que estejamos entre quatro paredes. Ele acariciou meu rosto, e sussurrou. - Ficou vermelha.

Eu apenas sorrir e continuei a comer. Ficamos conversando sobre coisas bobas do dia a dia. Contei a ele o motivo de eu ter ido trabalhar como dançarina, que tive que trancar minha faculdade para pagar as contas e ajudar minha mãe a sobreviver. Ele disse que eu era muito nova para passar por tudo isso sozinha. Eu estava sentada e encostada no peitoral de Jaime, enquanto éramos aquecidos pelo fogo da lareira.

- O importante é que conseguir sobreviver até aqui, mesmo com todas as ilusões do mundo. Você tinha que ver e ouvir as coisas que já ouvir, as promessas de homens ricos, ou a falsa ajuda de cafetões. Eu vi menores se prostituindo para ter o que comer ou onde dormir, outras usando drogas. Nem sempre as pessoas sabem como lidar com os problemas da vida, e acabam se perdendo.

- Não devia ter te tratado como prostituta no dia em que nos conhecemos, mas na boate você era a única exceção. Todas as mulheres ali vão para a cama com homens por dinheiro, e outras tentam conquistar um milionário para se casarem. Não tinha como saber que você era diferente. – Falou. Alisando o meu braço.

- Jamais me deitaria com um homem por dinheiro Jaime, mas... – Ia falar de Conrad, algo que tinha acontecido apenas uma vez. Não me deitei por dinheiro, foi por desejo mesmo, mas Conrad pensou que fosse uma prostituta e deixou o dinheiro que por necessidade eu acabei usando. Porém, preferir deixar isso no meu passado. Não quero estragar este momento que estamos tendo. Apesar de estar apaixonada, não sabia se teríamos futuro, nossas vidas são muito diferentes. – Mas algumas pessoas não têm outra escolha. – Complementei. Ele colocou-me deitada no tapete, e com as lambidas das chamas nos entregamos um ao outro novamente. O desejo, a paixão e a luxuria com que me entreguei a Jaime foi tanta que foi como se ele fosse o primeiro homem a me tocar.