LASCIVA romance Capítulo 29

Capítulo 28

Isis Melo

- Ele viu a gente fodendo... Se quiser pode voltar lá e deixar que ele tente ter algo com você, mas não pense que ele vai ter a mesma paciência que eu. Ele gosta de sexo depravado tanto quanto eu, e vai querer comer você e comer outras ao mesmo tempo. – Foi curto e grosso.

Fiquei sem reação. Oliver me viu com Jaime quando estávamos no banheiro. Lágrimas se formaram no meu rosto, mas não deixaria que caísse. Por isso os dois brigaram. Oliver era pior que Jaime.

- Isis... – Jaime ia falar algo, mas eu o interrompi.

- Cala a boca! – Falei com raiva e saí da sua sala. Como pude ser tão idiota. Oliver com aquele jeito dócil e preocupado não passava de um cretino. Não tenho sorte com homens, na minha vida só tem os que não prestam. O único que se salva é Fernando, mas nunca mais tive noticia dele. Faria Oliver engolir as próprias bolas e depois soltá-las pela bunda. Cretino!

Estava tão irritada que acabei descendo pelas escadas, quando cheguei ao térreo estava ofegante, mas nem tive tempo de respirar, pois Jaime apareceu e me jogou contra a parede mais próxima.

- Nunca mais sairá da minha sala desse jeito. Você vai subir comigo e conversar sobre a proposta de emprego que vou te oferecer, e depois de pensar com uma mulher madura, vai aceitar. – Falou com uma calma que não via nos seus olhos. Soltei-me bruscamente dos seus braços e o seguir.

Caminhei ao seu lado e voltamos para sua sala, ele andava ao meu lado com um olhar indecifrável e imagino que é esse olhar que ele usa em público. Esconde o Jaime atencioso, possessivo, intenso, e diria até romântico que conheci esse final de semana.

- Foi por ele ter nos visto que vocês brigaram? Perguntei assim que entramos na sua sala.

- Foi por isso, e por outros motivos, mas o que importa é que você não volte a trabalhar com ele. – Falou e se sentou no sofá, levando-me junto e fazendo com que sentasse no seu colo. Sei que o que Jaime e eu fizemos foi errado, mas Oliver não tinha o direito de ficar observando.

Lembrei-me das palavras de Jaime, que ele era tão depravado quanto Oliver. E pensar que ele já esteve com duas mulheres ou mais ao mesmo tempo me incomoda. Levanto-me e me sento na cadeira em frente sua mesa.

- O que você tem para me oferecer. – Perguntei me referindo ao trabalho. Não poderia fica me fazendo de difícil em relação a isso. Trabalho está cada vez mais difícil e não poderia desprezar se fosse uma boa oportunidade.

Jaime conversou comigo por um tempo. Dizendo que eu seria sua assistente pessoal, ajudaria a secretária dele no que fosse necessário, que viajaria com ele e que ele me ajudaria a fazer um curso para conseguir uma boa profissão. Fiquei emocionada. Ele falava sério o tempo todo, cheio de profissionalismo e atenção. Não esperava que ele quisesse fazer tudo isso por mim, não esperava por essa oportunidade.

- Não quero misturar as coisas, gosto de você e gosto de ficar com você, mas não posso aceitar. – Falo. Já imaginou ter Jaime como meu chefe. Ele iria querer mandar em mim, mas do que ele já tenta mandar.

- O que eu posso fazer para você aceitar? Passou a mão pelo cabelo frustrado.

- Nada. – Falei definitivamente. Não quero que ele seja meu chefe. Na nossa recente relação vivemos entre altos e baixos, e em um momento que as coisas dessem errado para nós dois ele me mandaria embora da sua vida, e ficaria sem emprego também. Jaime falou algo com o motorista, que apareceu na sua sala e me levou embora. Ele ficou tão irritado que nem sei quando o veria novamente.

Horas mais tarde na minha casa, recebi uma ligação de Fernando, dizendo que havia chegado e que queria ir jantar comigo. Falei para marcamos outro dia, pois estava com dor de cabeça e falei a ele que as coisas mudaram desde o dia em que ele viajou.

- Você conheceu outra pessoa? Perguntou. Não queria ter que falar isso pelo celular, mas não podia adiar.

- Sim. – Falei sem ter coragem de dizer mais nada. A ligação ficou muda por um bom tempo, até que ele disse.

- Mas você ainda me deve um jantar. – Falou e fiquei aliviada por ele não ter ficado com raiva.

Depois de tomar banho fiquei deitada lendo, mas quando estava quase dormindo alguém bateu na minha porta. Levantei animada pensando ser Jaime, mas só depois que abri a porta lembrei-me que Jaime tem a chave e por isso não poderia ser ele. Tony agarrou meus braços com força e prendendo os mesmos nas minhas costas, falou:

- Você é minha, minha e de mais ninguém.

- Me solta... – Gritei desesperada tentando me soltar, mas ele não permitiu. Apertou-me com mais força e me deu uma tapa no rosto.

- Você vai me pagar por ter fodido com outro homem... – Urrou.

Cuspir na cara dele. - Porco, medíocre, nojento... Me solta. Gritei novamente. Ele me bateu com mais força no rosto e sentir o gosto de sangue.

- Vou te mostrar de uma vez por todas que você é minha. – Falou e mordeu meu pescoço com força. Achei que ele arrancaria o pedaço. Gritei de dor e lágrimas desceram pelo meu rosto.

Quando dei por mim, ele me jogou na cama com força, abrindo minhas pernas e se encaixando entre elas. Debati-me, chutando-o, mas isso só fez que sua raiva aumentasse.

- Quieta sua puta... Gritou. Com quantos homens você fodeu naquela boate. Vou lhe foder o dobro. Nunca mais vou deixar nenhum deles te tocar... Você é minha. – Falou e retirando o pau para fora estava a ponto de me estuprar. Gritei o mais alto que pude, mas recebi um soco tão forte que sentir meu rosto todo anestesiado, e imaginei que seria meu fim. Conseguir manter os olhos abertos para ver Jaime, que derrubou a porta, avançou em Tony, jogando-o contra a parede, foram tantos socos no rosto de Tony que achei que ele iria matá-lo. Tony caiu no chão completamente inconsciente.

Comecei a soluçar e foi isso que fez Jaime prestar atenção em mim, ele me olhou e pude vê a fúria assassina nos seus olhos.

- Jaime... Solucei. Em menos de um segundo ele pegou-me nos seus braços e me abraçou forte. Deixei que toda a dor e medo que sentir nos últimos minutos saísse em forma de lágrimas, e a última coisa que vi foram os olhos de Jaime, os únicos olhos que me fazem sonhar.

Jaime Gandy

Não sabia como, mas traria Isis para trabalhar na minha empresa, mesmo que não seja diretamente comigo, só não posso deixá-la trabalhando com Oliver. Saí tarde do escritório e meu orgulho quase me impede de passar na casa de Isis, mas não aguentaria ficar sem a minha gatinha. É como se algo muito forte não deixasse que eu me mantivesse afastado dela.

Quando cheguei à porta da sua casa a primeira coisa que estranhei foi vê que o segurança não estava próximo, sempre que vinha para cá eu falava com ele antes, para saber se tudo ocorreu bem. Fui até o carro dele, e ao me aproximar percebi que ele está desacordado. Coloquei a mão no seu pulso e sentir os batimentos. Ouço o grito de Isis e meu coração acelera só de pensar em algo acontecendo com ela.

Praticamente voei até sua casa e ao chegar à mesma vi Tony tentando abusar da minha gatinha. Peguei o desgraçado e quase o matei, cada ferimento que havia no rosto de Isis fazia com que eu tivesse vontade de matar o desgraçado. Isis desmaiou nos meus braços, mas não demorou a acordar. A polícia chegou a casa dela e o delegado fez um monte de perguntas e claro que dessa vez Tony iria apodrecer na cadeia, e se isso não acontecesse, eu mesmo o mataria. Deixei claro que não queria isso no jornal e nem na imprensa. Depois que todos foram embora, ajudei Isis a vestir uma roupa e a levei comigo, mas não para a cobertura no meu hotel, mas para um flat que faria Isis morar a partir de agora e não aceitaria recusa.

- Que lugar é esse?

- Meu flat. Não vou deixar você voltar para aquele lugar nunca mais. – Falei curto e grosso.

- Você ficou louco. – Tentou argumentar. Fez uma cara de dor, pois o lábio está machucado.

Larguei-a falando sozinha. Fui até o banheiro e enchi a banheira. Isis veio atrás de mim, e continuou a falar que não podia viver em um flat, e que não tinha como pagar o aluguel de um lugar desses.

- Estou querendo fazer uma loucura... Respirei fundo. Quero ir até o hospital onde aquele delinquente vai ficar internado e mata-lo com minhas próprias mãos, então se você não calar a boca e entrar nessa banheira comigo vai ser isso que vou fazer.

Ela finalmente se calou e ficou me olhando perplexa. Começou a remover as próprias roupas e entrou na banheira. Fiz o mesmo que ela. Coloquei-a nos meus braços e fiquei alisando sua pele. Quando passei a mão pelo seu rosto pude sentir as lágrimas descerem, apertei Isis nos meus braços e falei.

- Nunca mais vou deixar ninguém te machucar. Prometo! – Falei tentando conter a raiva. Só de imaginar o que poderia ter acontecido faz meu sangue gelar. Se eu não tivesse ido para sua casa, há essa hora ela podia estar morta ou com sequelas irreparáveis. Cuidei dela durante toda a noite, lhe ajudei no banho, ajudei a se vestir, e penteei seu longo cabelo, e em seguida ficamos abraçados. Antes de Isis cair no sono profundo pude ouvi-la sussurrar. Eu te amo. Estas simples palavras me deixaram sem dormir a noite inteira. Não tive como evitar e lembrei-me do vídeo de Marisa, que o amor que ela sentia por mim a levou a morte e, por isso, eu não posso aceitar o amor de mais ninguém, ninguém!

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