• MEU SOGRO • romance Capítulo 11

"O sucesso não acontece por acaso. É trabalho duro, perseverança, aprendizado, estudo, sacrifício e, acima de tudo amor pelo que você está fazendo ou aprendendo a fazer."

— Autor desconhecido

...ᘛ...

As portas se abrem na recepção da cobertura olham a sua volta, Berriere observa seu sogro que parece procurar por algo.

Segurando sua mão caminha olhando para todos os lados, quando um dos irmãos vai de encontro a eles.

— Não sabia que viriam. — Nervoso, Bruno caminha apressado até os dois. Bronck parece encontrar o que tanto procura.

O encarando respira devagar, Berriere o olha curiosa com o que iria dizer, tinha certeza que sairia alguma coisa de sua boca. Sendo pai de quem é, não era difícil imaginar alguma arrogância saindo de seus lábios

— Caso você não saiba, somos os donos, então, posso vir aqui a hora que eu quiser. — Sem retirar os olhos dele Bronck o intimidava. — Preciso que convoque todos que são realmente importantes por favor. — Tenso com o pedido assente.

— O que fazem na minha empresa já pela manhã? — Grosseiramente tenta amedrontar Bronck, coisa que não consegue. Berriere fica assustada com o seu tom de voz, tenta dar um passo para trás fazendo Bronck cortar seu contato visual com o Bruno lhe dando o gostinho temporário de poder. Só não contava que tal atitude deixaria o Bronck furioso.

— Para mim você reconhecia um alfa. — O tom de voz persuasivo de Bronck fez Bruno dar dois passos para traz.

— O... o que? — Gaguejando olha para Berriere que desvia o olhar.

— Um ALFA acorda cedo para supervisionar a alcateia. — Berriere o segurando, ou tenta, já que Bronck avança três passos ficando rente a ele. — Vim descobrir como meu filho, um homem de exatas conseguiu falir uma empresa que tem tudo para render milhões por mês.

Essas palavras fizeram Bruno passar a mão no rosto para enxugar uma gota de suor que se formava em sua testa. Berriere o cutuca avisando que chegava reforços. Marco se aproxima e repara o nervosismo do irmão.

Como um leão preste a abater sua presa, Bronck não tirava os olhos de Bruno. Que desvia o olhar. Marco tenta chamar atenção de Bronck para si focando em Berriere pois, já sabia que isso atrairia a atenção dele.

— Bom dia Sra. Mondova. — Mordendo os lábios, Marco tenta tocar nos cabelos de Berriere fazendo Bronck respirar fundo.

— Bom dia! — Responde desviando da sua mão e ficando vermelha. Encarando seu sogro, repara que o mesmo olhava para todos os lados como quem acha o pote de ouro, caminha em direção a uma sala que deve ser a de reuniões.

Deixando os dois para trás caminha com pressa forçando-a o acompanhar. Entrando ela o para.

— O que vamos fazer aqui? — Soltando sua mão caminha para o fundo da sala.

— Colocando ordem nessa bagunça. — Reparando que não retira os olhos do telefone o segue sem graça.

Puxando uma cadeira a convida para sentar, que aceita. Se debruçando Bronck a deixa vermelha, percebendo sorri. Próximo ao seu ouvido sussurra.

— Se acostume com o trono menina. — Engolindo em seco tenta falar alguma coisa, mas logo se afasta e pega o celular. — Respirando fundo gira a cadeira para olhar em seus olhos.

— Meu nome é... — Nem permite concluir e a interrompe.

— Berriere! — Revirando os olhos dá as costas para ela que finge não ligar.

Em uma ligação passa a localização detalhadamente. Ficaram esperando os funcionários por quarenta minutos. Berriere já está inquieta, pois Bronck não saia do celular andando de um lado para o outro. Finalmente todos começam a chegar. Total de 15 homens e a maioria mal vestido. Pensou Berriere.

Alec entra pedindo desculpas pela demora.

Com vergonha Berriere evita procurar por seu sogro, encara a todos reparando nas gravatas tortas de cada um deles. Bruno não está com uma cara muito boa.

— Podemos? — Pergunta se sentando na cadeira de frente para Berriere.

— Só um segundo. — Berriere se vira para olhar para ele, assim como todos ela o encara chocada. Bronck está falando em Chinês ao telefone. Como entendia um pouco reconhece quando o mesmo comunica algo sobre fechar negócio com a sua empresa.

Pensou: — "É um arrogante filho da puta, que não está nem aí para a equipe a sua frente."

Pouco tempo depois entram três pessoas, sendo uma mulher linda e elegante. — É, realmente estou mal vestida. — Balbuciou.

— Bom dia a todos, desculpa a minha falta de educação. — Marco murmura algo que Bronck conseguiu ler em seus lábios e com um sorriso presunçoso o encara.

— Bom dia! — Responde Berriere chamando a atenção de Bronck para si que sorrir para ela. Em sua cara era nítido, ficou espantada. Isso era novidade. Ficando sem graça foca nos funcionários a sua frente.

Levando a reunião com facilidade, Bronck explicando tudo. Berriere repara os homens do velório furiosos, mas fica quieta, não estava a fim de contrariar seu sogro.

— Você pode tomar essa decisão sem a minha permissão? — Questiona Bruno se levantando.

— Sim, eu posso! Primeiro, tem meu nome na fachada e não o seu. E segundo, essa é a dona de 51% da empresa. — Todos o olham espantados. Marco olha chocado para os irmãos sem entender.

— 51? E de quem são os outros 49 %? — Questiona furioso.

— Meu! — Berriere fica calada, mas sabia que estava mentindo.

— E agora o que irá acontecer? — Pergunta Marco respirando fundo encarando Bronck.

— Essas pessoas são da minha equipe, estão sendo agregados ao quadro de funcionários. — Se levantando, Marco faz companhia a seu irmão que já está escorando-se na parede encarando Bronck que vomita as palavras na cara deles com um tom sarcástico. Como consegue ser assim? Pensou.

— Como assim? Nossa equipe está completa! — Alerta Marco passando as mãos pelos cabelos.

— Cabeças irão rolar queridos. — Tomando coragem Berriere se pronuncia.

Bronck a olha orgulhoso. Feliz pensa: — Posso até estar mal vestida, mas essa empresa é minha!

— Começaremos com os cortes de funcionários imediatamente. — O espanto na cara dos funcionários era nítido, mas Bronck não para por aí. — E tem mais.

Bruno o interrompe.

— Como assim? — Marco se junta ao irmão.

— Investimos dinheiro nosso para essa empresa não afundar. — O encarando Berriere resolve se pronunciar mais uma vez.

— Devolverei tudo que for provado. Transferências para a conta da empresa, nota fiscal até de uma caneta que foi comprada, se provar, terá o estorno.

Orgulhoso Bronck alisa seu ombro, Berriere fica tensa, mesmo percebendo o constrangimento dela continua com a mão no mesmo lugar.

— A área administrativa o acompanhe por favor. — Cinco pessoas se levantam e vão com um dos rapazes da confiança de Bronck.

Volta a falar e apresenta a mulher.

— Essa é a Maria German, é a melhor da gestão empresarial de minha empresa em Seattle. — Se levantando a mesma chama atenção de todos na sala.

— Bom dia senhores! — Berriere a olha admirada com a facilidade que tem em manter a seriedade na frente de todos.

— Bom dia! — Bruno a encara descaradamente. Sendo totalmente ignorado por Maria em toda sua gloria e poder o deixando sério.

— Vim de Seattle para descobrir o porquê de cento e sessenta e sete milhões de Euros terem sido desviados e retornados a empresa como doações. — Berriere observa o rosto de todos os três e repara que Alec ficou nervoso.

— Milhões? ¬— Pergunta chocada olhando para seu sogro que está tão chocado quanto ela. — Conte-me tudo Maria, por favor.

— Sim. Estou com os balanços do mês e de três anos, mas pode ser muito mais. — Bronck vai até ela pegando os papéis e lhe entrega, passando o olho Berriere constata que não era mentira da moça.

— A empresa a partir de agora está sob nova direção. E nesse relatório tem uma lista de demissão dos 78 funcionários. — Bronck informa com a maior tranquilidade como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

— Não temos dinheiro para pagar todas essas demissões.

— Eu tenho em minha conta de solteira 100 milhões de euros. — Todos a olham espantados. Menos seu sogro que está olhando para o celular. Furiosa pensa: — Que ódio! Eu aqui toda poderosa e mal vestida e ele nem aí.

— Ok. Eu tenho milhares tanto em dólares como em outras moedas de diversos países. — Todos o encaram com olhos arregalados.

— Sou a nova presidente dessa empresa! — Maria se apresenta.

— Seja bem-vinda! — Berriere toda sorridente a cumprimenta. Maria retribui o sorriso gentilmente.

— Como é? — Bruno grita fazendo todos o olharem assustados e mais uma vez Bronck o ignora.

— É isso mesmo que você ouviu. — Afirma toda poderosa. Berriere a idolatrava internamente.

— O atual presidente será o vice. — Afirma olhando para o telefone. Dando a mínima para o desespero do Bruno que respira fundo fechando os olhos.

— Ok. — Responde com raiva se sentando novamente.

Bronck felizmente larga o celular e se volta para dar continuidade à reunião.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •