"Descubra-se. Há tantas coisas que não sabe sobre você."
— Autor desconhecido
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04:00 - Londres...
A noite foi um apagão, ambos dormiram a noite toda. Bronck começa a despertar. Ainda sem entender o que está acontecendo se pressiona ainda mais contra o corpo em seus braços, quando sente o cheiro do cabelo de Berriere.
— Merda! — Balbucia.
Mais uma vez acordou agarrado a sua nora. Envergonhado se solta com pressa a acordando.
— Oi! — Berriere acorda assustada.
— Hã! — Sem graça se afasta. — Desculpa eu... estava te abraçando menina. Eu sinto muito! — Pede já levantando e indo em direção ao banheiro.
— Ok. Bom dia! — Se espreguiçando encara o teto. — Oficialmente viúva. — Suspira fechando os olhos.
— Precisamos ir para Seattle urgente. — Grita do banheiro. Voltando termina a frase.
— Tenho uma empresa que precisa de mim por perto, terei que ir a China o mais rápido possível para resolver uns assuntos inacabados. Meu jatinho deve estar a caminho, se possível partiremos amanhã bem cedo! Podemos ir a sua empresa resolver tudo que der, ainda hoje, um pessoal de minha confiança está vindo para nos dar um esclarecimento sobre as dívidas da empresa.
— Como achar melhor. Eu já decidi, vou vender a empresa.
— Não! — Quase gritando a assusta. — Tenho que saber o que aconteceu.
— Como assim? Mudou de ideia? — Retruca se levantando indo em direção ao banheiro.
— Sei que você sonha com a liberdade. Por mais que tenha vindo com uma perda inenarrável. — Faz uma pausa antes de continuar. — Essa empresa é sua, e se um dia você quiser voltar a mesma estará aqui te esperando.
Pensando o encara. — Está agindo como se quisesse me expulsar da sua vida.
— Você não me quer por perto? — Pergunta o encarando com um olhar triste.
— Eu não disse isso menina. — Ela vira as costas se trancando no banheiro. — Você não quer saber o porquê da sua empresa ter falido? — Grita do banheiro para que ouça.
Abrindo a porta o olha da fresta.
— Foi o que pareceu, se você quiser eu fico aqui. — Abrindo a porta com as mãos na cintura o encara.
Tenta argumentar, mas o corta de todos os jeitos possíveis até que sai do sério.
— Argh! Você é teimosa! Vou ligar para o hangar pedir que deixem o jatinho a nossa espera, voltaremos ainda hoje para Seattle. — Ela o olha chocada.
— Hoje? Eu nem me preparei ou fiz minhas malas.
— Então faça, leve só o necessário.
— Ok. — Se deitando volta a dormir. Corro para o closet e adianto todas as minhas coisas para a viagem.
— Nunca sai de Londres. — Ficando espantada se encara chocada no reflexo do espelho. — Ele tem um jatinho.
Olhando às horas se levanta e vai para o quarto. Passando direto para o banheiro nem nota que seu sogro não está mais na cama.
— Vou a empresa conhecer meus funcionários. — Tomando um banho se arruma com umas das roupas que o Kamael mais gostava.
Se olhando no espelho se dá um meio sorriso e volta para o quarto. Olhando para a cama não o encontra.
— Onde está? — O procura por todos os quartos e por fim dá de cara com ele na sala olhando para o nada.
O barulho dos seus saltos chama a atenção dele que a olha espantado.
— Vai se arrumar ou vamos nos atrasar. — Diz pegando seu celular.
— Eu estou arrumada! — Revoltada passa por ele indo em direção a porta.
Bronck a olha franzindo a testa.
Pensou: será que estou tão mal assim?!
— Não, você não está! — Segura seu braço a fazendo parar. — Você não pode ir com essa roupa conhecer seus funcionários.
— Vamos! — Revira os olhos, ele a olha incrédulo.
— Ok. — Ele abre a porta para ela que passa feito um raio.
Dentro do carro ficaram em silêncio.
O encarando pensa: Está silenciosamente irritante. Como assim a minha roupa não está boa? Esse conjunto é um Vickmodas. É caro! E foi o Kamael que me deu.
Depois de um longo tempo em silêncio a olha focando em sua roupa.
— Leve só o necessário, em Seattle vou renovar seu guarda-roupa. — Berriere o olha furiosa.
— Pare de falar assim, você me ofende dizendo isso. Foi o Kamael quem me deu e gosto muito desse conjunto. É da Vickmodas.
— Primeiro, você não me deve satisfações. Segundo, me dá o endereço desse estilista que eu mesmo vou ensiná-lo como vestir uma mulher. Terceiro e não menos importante, Kamael tem um péssimo gosto. — Afirma tranquilamente.
— Cala a boca! — Manda aos gritos.
Volta a ignorar Berriere olhando para o celular. Passaram uns trinta minutos dentro de um carro sem trocar uma palavra. Distraída nem percebe que chegaram.
— É essa? — Estalando os dedos chama sua atenção.
— Acho que sim. — Passando a mão pelos cabelos Bronck já estava sem paciência.
— Meu Deus! Como assim acha que sim?! Você vivia trancada em casa? Nunca passou na sua empresa menina?
— Pare de me humilhar. — Os olhos já lacrimejando encara suas mãos.
— Se dizer a verdade é humilhação garota, você está tão alienada quanto eu pensava. Essa porra é sua! Foi feita com seu dinheiro e se quer sabe onde é?! Olha o nome da fachada, é ou não essa? — Saindo do carro ela segue para a entrada do pequeno prédio.
Bronck não acredita no que presenciou, isso para ele foi o fim, pois, é um verdadeiro cavalheiro e se sentiu ofendido. Seu motorista o encara pelo retrovisor o deixando ainda mais constrangido. Saindo do carro a chama.
— Menina! — Todos no local redirecionaram a atenção para ele que pouco se importou com a atenção que estava provocando.
Se virando vê em seus olhos uma ira que ainda não tinha visto. Chega próximo a ela respirando rapidamente, era nítido a raiva em seu rosto.
— No meu mundo eu sou um cavalheiro, seja uma dama! É meu dever abrir a merda da porta do carro, isso é uma coisa que você terá que fazer por mim ou nunca mais sairá junto comigo ok?!
— Tanto faz! — Tentando dar as costas a segura.
— Se o meu cavalheirismo é um tanto faz, você voltará sozinha.
— Não! — Rebate achando que tem poder sobre ele.
— Você vai! Fez pouco caso do meu cavalheirismo e isso me ofendeu. — Segue para dentro do prédio.
— Que idiota! — Murmura olhando para Bronck que a espera do lado de dentro da empresa.
Tomando coragem caminha para a entrada. Reconhecendo um rosto, Berriere olha para Bronck que ignora totalmente o rapaz.
Pensou: é um dos rapazes do velório o mais novo.
Ele caminha para conversar com o Bronck que se vira para encarar Berriere o deixando falar sozinho e seguem até a porta abrindo-a para que ela pudesse passar.
— Obrigada. — Mais calma agradece.
— Vamos! — Sussurra.
Alec corre para alcançar os dois, já que Bronck caminha com rapidez até o elevador.
— Oi Sra. Berriere. — Grita desesperado.
— Mondova por favor. — Arregala os olhos vendo seu sogro sorrir de canto discretamente.
Voltando a atenção para o rapaz, Berriere fica sem graça.
— Não se lembra de mim? Fizemos faculdade juntos... — olhando para ela da cabeça aos pés desperta o olhar do Bronck. — Você continua linda! Não mudou nada.
— A pronto! — Debochando Bronck o encara. — Entendi tudo, esse amor é da faculdade? — Alec o encara com as sobrancelhas levantadas.
— Hã? — Sem entender olha nos olhos de Bronck.
— Você a ama desde a faculdade? — Alec se prepara para responder, quando as portas do elevador se abrem e Bronck a pega pela mão e entra rapidamente no mesmo.
— Com licença. Gostaria de subir sozinho com minha nora, vai no próximo.
— Eu estou...
As portas se fecham Berriere se vira para encará-lo.
— Você é um grosso! — Respirando fundo se vira para as portas do elevador.
— Como vocês jovens dizem. Tanto faz! — Retruca sarcasticamente.
— Porquê fez isso com ele?
— Irritado a ignora totalmente. A única ligação entre eles são as mãos que não se desgrudam.
Percebendo solta sua mão das dele e o encara. Ele finge nem ligar.
Segurando o choro pensa: Que homem é esse? É pior que o Kamael. Que ridículo!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...