• MEU SOGRO • romance Capítulo 13

"Até quando você vai tentar apagar as suas vontades por medo do que os outros vão dizer?" — Autor desconhecido

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— Vamos para o hangar Cristophe. — Ligando o carro o motorista dirige calmamente pelas ruas de Londres.

Durante toda viagem permaneceu calado. Em sua mente se questionava onde havia errado.

Os minutos se passam. Entrando em um hangar particular, Berriere olhava chocada para o jatinho a sua frente. — Ele tem um jatinho.

— É seu? — Olhando incrédula de Bronck ao avião, questiona.

— Sim, vamos.

— Lindo. — Para não ter problemas, espera que abra a porta para que possa se juntar a ele.

— Nossa! — Segurando sua euforia caminha para o interior do jatinho.

Como um bom cavalheiro a senta e coloca seu sinto.

— Após levantar voo, você pode se soltar. — Focando em seus olhos a deixa sem jeito.

— Obrigada! O que faremos nessas nove horas de voo? — Pergunta na tentativa de aliviar a tensão.

Sentindo que está desconfortável se afasta sentando de frente para ela. Colocando o sinto pegava uma pasta que está ao seu lado. O motorista entra trancando a porta e seguindo para a cabine os deixando a sós.

— Bom, vou te ajudar com sua postura de CEO, se saiu bem para uma reunião de última hora, porém, precisa de alguns ajustes.

— Sei que sou tímida, mas estou disposta a aprender. — Mais calma responde observando-o folhear alguns relatórios.

— Por favor, não me entenda mal. — Olhando por cima dos óculos a encara. — Você não sabe se vestir ou se portar na frente das pessoas e isso será o seu fim.

— Não seja grosseiro, mas estou disposta a melhorar isso, se puder me ajudar ficarei grata.

— Farei isso, te dou minha palavra de homem! — Diz sem nem olhar para ela.

— Obrigada! — Revirando os olhos admira o avião levantar voo. Ficando tensa com o balanço, fechando os olhos e segura firme na cadeira.

— Calma menina. — Abrindo os olhos se perde no sorriso do seu sogro.

— Ele tem covinhas! — Balbuciou.

Rindo do nervosismo dela admira sua beleza. Ficando sério volta a encarar os papeis.

Não sabia o porquê dessa atração por sua nora, desde o primeiro contato visual no hospital não a tirava da cabeça e se culpava, sabia que nunca teria uma chance de se envolver com a mulher do seu falecido filho.

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— Meu Deus! Fui de um casamento calmo a um caos onde viro viúva e como se não fosse o suficiente, fui traída. — O choro a invade — Minha vida parece uma mentira.

— Sinto muito menina. — Bronck se vê em uma posição difícil, está louco para abraçá-la, se sente como um ferro sendo sugado por um ímã chamado Berriere.

— Se soubesse como me irrita me chamando de menina, não falaria mais essa palavra. — Olhando pela janela evita contato visual.

— Me desculpa Berriere. — Respondeu.

Não fazia por mal, mas para se proteger, queria acreditar que era uma menina para não se apaixonar ainda mais por ela.

Se soltando coloca seu notebook em sua mesa e analisa as planilhas da empresa do seu filho, fazendo o mesmo se estica para olhar os papéis que tanto prendiam a atenção do seu sogro.

— Se quiser descansar tem uma cama nesse jatinho, venha comigo te levo até lá. — Ambos se levantam e vão para a parte do fundo do avião.

— Deite um pouco, a viagem será longa. — Ajeitando a cama se afasta para que possa se deitar.

— Sozinha? — Sem graça volta para onde estava.

— Tenho que ler uns relatórios não posso me dar ao luxo de dormir agora.

— Estou sem sono, vou te ajudar. — Concordando ambos voltam a se sentar, entregando um contrato para que possa ler foca em seu notebook.

— Toma esse aqui, leia atentamente. — Olhando em seus olhos a admira.

— Pare de me olhar assim. — Sem graça levanta os ombros.

— Olhei normal. Me desculpe. — Voltando sua atenção para o notebook distraia sua mente.

— O que são esses contratos? — Analisa curiosa.

— Supostos associados para sua empresa, veja se vale a pena se ligar a eles, leia tudo, até as letrinhas miúdas, vou ler essas. — Espantada olhava para as duas pastas sobre a mesa.

— Duas? — Questiona.

— Oito, tem essas aqui também. — Retirando do assento ao seu lado puxa várias pastas.

— Tudo isso? Em que momento você conseguiu esses associados? — Folheando o contrato via que eram todos milionários.

— Sou um homem fluente, tenho muitos associados e outros que desejam se associar, só transferi alguns para ver se é viável para sua empresa. Leia essa aqui, vou ler as outras. — Dividindo as pilhas de contratos entrega mais três para ela.

— Tá bom, mas não sei muita coisa, digo, o funcionamento da empresa até onde exportamos, quantos meios de transporte temos. Como farei isso?

— Leia e veja qual desses podemos marcar uma reunião presencial. Todos são contratos milionários, posso fornecer ajuda, tem meu nome na porta. — Focado em seu notebook conversa sem direcionar o olhar em sua direção. — Dei uma nota oficial ao jornal que estou me associando a sua empresa. O número de pessoas querendo se associar aumentou.

— Nossa! — Pensou: "então era isso que o prendia ao celular". — Você é rápido né.

— Sou empresário, é da minha natureza. Antes que eu me esqueça, você é dona dos 100% da empresa.

— Eu sei que você mentiu. — O encarando fica furiosa por não olhar para ela durante toda a conversa. — Prefiro que olhe para mim quando falar comigo.

Levantando os olhos, a encara.

— Estou olhando. — Sorri ao ver o rosto ruborizado de Berriere. — Melhor assim?

— Por que mentiu? — Resolve mudar de assunto.

— Antes de me chamar atenção pela pequena mentira, deixe-me explicar. — Apoiando os braços na pequena mesa se justifica. — São uns sanguessugas Berriere, não são seus amigos, muito menos do Kamael.

Respirando fundo se levanta e caminha para o banheiro. Após alguns minutos volta com os olhos vermelhos de quem andou chorando. Se sentando dar continuidade e em algum momento ficou revoltado.

— Estou te ajudando, já tem meu sobrenome na fachada. Vamos, leia que serão 4 para cada.

— Grosso, não te fiz nada para que essa grosseria toda? — Para não ter mais grosserias, foca nos relatórios.

Passaram a viagem toda lendo os contratos, até que sonolenta se recosta na cadeira. Focado nas planilhas e nos roubos, não percebeu que tinha pegado no sono.

— Tivemos um grande avanço. — Desviando o olhar repara que adormeceu. — O que está acontecendo comigo, ela é minha nora! Não posso ficar afim dela. — Sussurrou.

Os poucos dias que passaram juntos dormindo abraçados só alimentou ainda mais esse sentimento proibido, na tentativa de afastá-la a trata com ignorância e isso está funcionando por hora. Voltando a trabalhar, as horas passam e já estão sobrevoando Seattle.

A endireito no acento e coloco seu sinto.

— Como é linda! Esses olhos serão meu fim, não posso ficar a fim da mulher do meu filho. Ela está mexendo comigo e isso não pode acontecer. — Suspira enquanto se senta e coloca seu sinto.

Chegaram...

Acordando-a, olha diretamente em seus olhos, aqueles olhos azuis que mexia profundamente com ele.

— Já chegamos? — Sorrindo se espreguiça. — Peguei no sono nem vi a hora passar.

— Sim, vem. — Entrando no carro pega no sono com a cabeça em seu ombro.

Sentindo sua respiração leve, sabia que tinha pegado no sono novamente.

Finalmente chegaram em sua casa.

— Chegamos! Menina. — Tenta acordá-la.

Passando a mão em seu rosto, ela acorda. Ficando sem graça se fasta.

— Vamos, te levarei ao seu quarto. — Dando a volta abre a porta para que saia.

— Já chegamos?!

— Sim. — Vendo que ainda está sonolenta a pega no colo. — Vou te ajudar.

— Obrigada!

Já é noite em Seattle, resolveu levá-la direto para seu quarto.

Sonolenta alisa seu peito o deixando arrepiado.

— Obrigada sogro. — A palavra sogro foi um soco em seu estômago, rapidamente a coloca na cama, assim que se acomoda volta a dormir.

Olhando-a por mais uns minutos decidi sair de seu quarto.

— Preciso de uma mulher urgente. — O carinho o deixou bem excitado, correndo pra seu quarto entra em seu banheiro. — Preciso transar, tirar essa mulher da minha cabeça.

Lingando o chuveiro entra para abaixar a temperatura do seu corpo.

— Vou ao Púbis, preciso ver a Ana. — Se arrumando verifica se ela está bem e vai de encontro ao Club.

— Vou tirar essa menina da minha cabeça ou terei sérios problemas.

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