• MEU SOGRO • romance Capítulo 18

"Ainda que outros duvidem, você conhece realmente seu valor e não deve desistir até conquistar suas metas. A vida é como um jogo de futebol, cada lance pode definir sua trajetória." — Autor desconhecido

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Dentro do seu quarto Bronck caminha de um lado ao outro com os punhos cerrados, sentindo-se péssimo por estar se apaixonando. A cada minuto fica cada vez mais difícil se controlar, tem medo de perder a cabeça e esquecer que é sua nora.

— Não posso desejar essa mulher, preciso arrumar alguém ou vai me tirar do sério. — Sentando- se apoia o rosto nas mãos e respira fundo. — Ela não sai da minha cabeça... meu filho acabou de partir... como não consigo me controlar. — Tenho que me afastar o mais rápido possível, preciso sair de perto dela, quase a beijei.

Passa horas lendo os papéis da empresa dos chineses. Enquanto faz as malas escuta Carmem chamar por ela e logo um silêncio toma conta da casa. Achando que já foram toma um banho e se arruma com calma.

— Preciso ligar para meu irmão e avisar que tive que sair mais cedo. — Manda uma mensagem para seu piloto avisando que estará no hangar em uma hora, terminando liga para seu irmão conversa por uns minutos e desliga. — Sei que não devia sair sem me despedir, mas não posso olhar aqueles olhos ou vou cometer uma loucura.

Pegando sua mala sai do quarto. Passando pelo dela vê a porta aberta. Colocando a cabeça entre a fresta a ver encolhida.

— Ela não saiu? — Caminha até a ponta da cama e a chama. — Berriere.

— Sai! — Cobrindo a cabeça se encolhe ainda mais.

— Para com isso, olha para mim.

— Sai! Eu sei que você tem vergonha de mim, você e o seu filho são iguais. Só humilham de maneiras diferentes. — Essas palavras, o faz trocar o peso de uma perna para outra.

— Cala sua boca Berrie. — Fala alto demais. Desperta sua atenção fazendo destapar a cabeça. Seus olhos vão direto para os dela que estão vermelhos.

— Pare de me chamar assim. Quero voltar para Londres, para minha casa. — Soando o nariz volta a tapar a cabeça.

— Porra! Você é cega?! Não vê o que está fazendo comigo!? — Irritado acredita que percebeu o seu interesse.

— Sai do meu quarto! Pode deixar que serei aí a tal mulher que você tanto quer. Assim que estiver do jeitinho que deseja vou pegar minhas coisas ir embora deste lugar e sumir da sua vida. — Confuso tenta entender o que quis dizer com a "mulher que ele quer."

— Olha para mim. — Se sentando na beirada da cama decide que precisa saber mais sobre o assunto.

— Não. — Saiu quase como um sussurro.

— Por favor eu preciso que você olhe para mim Berrie. — Com uma voz calma pede, tocando seu pé por cima da coberta.

O tom de voz a fez destapar a cabeça e se sentar recostando na cabeceira da cama.

— Sinto muito se transpareci ter vergonha de você, é que sou assim, falo a verdade sempre, nunca tive que me ponderar com uma pessoa tão frágil como você, prometo tomar mais cuidado com a forma como falo contigo. Estou passando por um momento complicado, perdi meu filho e estou desejando uma coisa que não posso ter. Acredite! Sempre consigo tudo que quero, só que dessa vez está fora do meu alcance. — Sua voz sai baixa enquanto olha em seus olhos.

Dando o assunto por encerrando faz uma coisa que para ele foi um ponto final, na possível esperança que tinha de ter percebido que estava apaixonado por ela.

— Boa viagem meu sogro. — Sua cara ao ouvir essas palavras a deixou curiosa. Observando com os olhos arregalados e com um brilho como quem segura as lágrimas que começam a minar.

Se levantando segura sua mala. Olha para o teto por um segundo e volta a encará-la.

— Obrigado, até domingo. — Se retira a deixando sozinha.

— O que deu nele?! — Deitando novamente volta a dormi.

Estava tão cansada que emendou e dormiu por doze horas.

(...)

Seattle - 05:00...

Acorda com Carmem chamando, desperta sem entender o que faz em seu quarto sendo que o dia nem amanheceu.

— Acorda chefa, vamos nos prepara para matar o leão do dia. — Com um sorriso no rosto tenta encorajá-la a se levantar.

— Oi! Como assim? Que horas são mulher?

— Cinco e oito, vamos, se não iremos nos atrasar. Posso até ganhar bem, mas acordar cedo para te ajudar não dá. — Com um sorriso fraco tenta esconder alguma coisa. — Tenho um filho e minha mãe disse na minha cara que estou indo me encontrar com macho às quatro da manhã. Tudo porque meu patrão me ofereceu mais dinheiro e como preciso para sair da casa da minha mãe, aceitei a oferta.

Não ligando para grosseria que recebeu pensa: "Nossa! Ela tem uma vida bem difícil." Se levantando vai até ela e a abraça forte.

— Desculpa por te fazer passar por isso. Muito obrigada e antes de voltar para Londres te darei um grande presente. — Levantando as sobrancelhas Carmem a olha surpresa.

— Que isso chefa, não me faz borrar a maquiagem. Vamos, o trânsito aqui em Seattle é um caos. — Tomando um banho seca os cabelos e faz um rabo de cavalo.

Carmem comprou duas roupas novas para que pudesse escolher, pegando a que mais gostou se arruma e coloca um saltinho. Percebendo chocada a péssima escolha que fez, pensa se deve ou não dizer a verdade para sua chefe.

— Como sua empregada não posso falar a verdade, mas por me considerar sua amiga posso ser sincera... você tem um péssimo gosto mulher. — Chocada para na frente do espelho.

— Para com isso Carmem! Ficou bom.

— Não. Com certeza pode ficar melhor. Você é linda chefa. — Segurando em sua mão volta a conversar. — Tenho 5 dias para te deixar sexy, veja como é linda... vamos, temos que ir para a empresa, preciso te deixar por dentro de tudo.

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