• MEU SOGRO • romance Capítulo 9

"A dor é tão necessária quanto a morte!"

— Autor desconhecido

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Chegando em casa, Bronck não aguenta mais segurar o choro. Retira seu paletó e caminha para o sofá. Percebendo seu desespero tenta acalmá-lo, mas é afastada.

— Por favor, eu preciso de privacidade. — Virando de costas para ela que fica sem jeito e se afasta.

— Eu quero ficar perto de você. — Caminhando em sua direção tenta colocar a mão em seu rosto, ele se afasta novamente.

Preciso sentir meu luto. Por favor, me deixe sozinho menina. Conversamos depois.

Sobe as escadas para lhe dar um pouco de privacidade.

— Precisa desse momento a sós. — Já em seu quarto, escuta os gritos em seguida as coisas se quebrando.

Entra em pânico com a situação e contra sua vontade, desce correndo e a cena que vê corta seu coração.

— Não posso deixá-lo assim. — Diz se aproximando. — Eu não vou deixar.

O encontra ajoelhado e gritando.

Berriere entra em desespero quando ver o sangue em sua mão.

— Para! Por favor. Deixe-me te ajudar.

— Saia. — Sussurrou de cabeça baixa.

— Não! — O abraçando ajoelha no chão cheio de cacos de vidro.

Novamente a empurra para que se afaste, mas não sai de perto dele.

— Para! Eu só tenho você Bronck, não me deixa sozinha, não faça besteira. — O abraça mais uma vez e para sua surpresa é correspondida sendo abraçada forte contra seu peito.

Sentindo seus joelhos arderem com os cacos que a furam, aguenta o máximo que pode com medo dele a afastar mais uma vez. O desespero dele acelera seu coração.

— Eu falhei como pai, falhei como marido. Eu sou um ser humano desprezível e não mereço viver menina. Me deixe morrer, tudo que amei me deixou.

— Para! Você prometeu. — Vê-lo dessa forma e exposto sente uma vontade incontrolável de ajudá-lo.

Totalmente vulnerável a encara. Aquela casca de durão sumiu. Ela o abraça forte, ele deixa a emoção o tomar por completo.

— Vamos sair desse chão por favor. Meus joelhos estão cortados. Por mim, vamos sair daqui. — Suplica.

— Me perdoa pelo surto. — Me pega no colo e se levanta. E nos leva para o quarto, sinto suas lágrimas caindo na minha cabeça.

— Seus joelhos estão muito doloridos? Me desculpa.

Vai passar! — O que é um joelho machucado para quem perdeu o amor de sua vida e um filho? Não é nada!

— Vou tomar um banho, com licença. — Saindo do quarto se levanta, fazendo o mesmo. Toma um banho e desce para limpar tudo.

Começa a preparar o jantar. Como não desceu, fica preocupada. Sobe as escadas e o encontra dormindo em sua cama.

O alívio é nítido. Soltando o ar dos pulmões desce e termina o jantar. Depois de finalizar tudo faz um prato e leva para ele.

— Aqui, tenta comer um pouco. — Colocando o prato na cama fica sem graça com a cara que faz.

— Hã! — Surpreso se expressa.

— Trouxe o jantar para você, come. — Se sente ainda mais envergonhada quando repara seus joelhos.

— Você não é minha empregada menina.

— Sério que é isso que tem a dizer por eu fazer essa gentileza para você seu grosso? — Sem esperar a resposta sai do quarto chorando com a grosseria.

Antes de chegar ao fim do corredor a alcança e segura seu braço.

— Me solta! — Manda.

— Desculpa se fui grosseiro, é que você não é minha empregada. Não precisa fazer isso por mim. — Ela o encara.

— Eu só fui educada seu grosseirão. — Tenta soltar seu braço, mas é puxada de leve à fazendo confrontar sua atitude.

— Você é minha nora, não minha empregada! Tira esse espírito de serviçal de si menina.

— Eu gosto de ser assim. — Declara.

— Não, você não gosta! Apenas se acostumou com isso. Obrigado pelo jantar, mas pare com isso ok. — Pede a olhando nos olhos.

— Tudo bem. Agora me solta! — Ele a solta e volta para o quarto.

— Grosso, o Kamael teve a quem puxar.

(...)

Em seu quarto, Bronck tem uma briga interior com seus sentimentos: É sua nora, pare de olhar para ela desse jeito.

— Preciso voltar para casa. — Afirma.

Come, escova os dentes e volta a dormir.

(...)

Na cozinha janta com muito custo e limpa tudo.

Sobe e percebe que já dormiu. Procura uma roupa decente, toma um banho e fica quase uma hora chorando.

— Como será minha vida? Será que é uma boa escolha ir para Seattle? — Confusa se veste e vai pra sua cama, após tanto chorar adormece.

04:00...

Acordo com ele me abraçando. Tento me soltar e não consigo.

— Nossa, que homem forte. — Sussurrou. — Oi! — Chama na tentativa de se levantar, nada dele acordar. Se sacudindo, consegue se virar ficando de cara com ele.

Vira o rosto apoiando em seu pescoço. Pensou: como é cheiroso, que perfume bom. O cheira mais uma vez fazendo-o se mexer.

— Hum! — Mas não acorda.

— Me solta, quero ir ao banheiro. — Fala mais alto. — Me solta!

Como não acorda, resolve dormir novamente.

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