Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 18

Encolhida na cama, com o braço tatuado de Colton enrolado firmemente em sua cintura, Kate soltou um suspiro satisfeito. Eles estavam conversando por horas sobre coisas aleatórias. Colton tinha contado a ela sobre como ele conheceu Austin, como ele jogava futebol na escola, mas era péssimo, então mudou para o boxe. Contou sobre como começou a lutar clandestinamente para ganhar dinheiro, mas conseguiu escapar dessa vida devido às conexões de seu pai. Kate perguntou sobre sua família, mas Colton mudou de assunto. Ele não foi sutil de forma alguma, e ela percebeu que era melhor deixar quieto. Seu corpo ficou tenso e seu cabelo arrepiou sob o toque dela. Claramente aquele era um assunto delicado.

A respiração dele se tornou profunda, e seu peito subia e descia lentamente. Os olhos de Kate viajaram para a tatuagem que ele tinha no peito: um crânio preto e cinza com uma cobra apertando-o, que cobria a maior parte de seu músculo peitoral esquerdo. O desenho continuava em seu ombro e abaixo do bíceps esquerdo. Ela se perguntou se aquilo tinha algum significado, decidindo indagá-lo quando ele acordasse.

Cílios escuros cobriam seus olhos magnetizantes, e seus lábios carnudos escondiam o piercing de língua enquanto ele exalava suavemente. Ele era um pouco moreno, e sua barba preta por fazer cobria a mandíbula afiada. Estava claro por quê as mulheres o bajulavam, por quê se permitiam ser tratadas como um pedaço de carne por uma noite. Kate odiava que agora fosse uma delas, mas não podia se arrepender dos momentos que tinham passado juntos.

“Vá dormir”, ele murmurou, puxando-a para ele com o braço, o cheiro forte de perfume em seu pescoço emanava de onde ela se aninhou.

Kate soltou uma risadinha de leve: "Eu gosto de olhar para você."

“Já ouvi isso antes.”

"Tenho certeza que sim", ela disse, tentando conter o ciúme que a invadia. Ela tinha ouvido Colton comer mulheres genéricas por meses, mas agora era diferente.

Antes que ele tivesse a chance de dizer alguma coisa, uma batida forte soou por todo o apartamento. Colton resmungou, puxando-a para mais perto. A batida ficou mais alta, mais impaciente, e Kate suspirou, levantando-se. Colton observou com olhos curiosos enquanto ela vestia uma calça de pijama e um suéter, cobrindo o contorno de seus seios através de uma regata branca. As batidas aumentaram, e Kate revirou os olhos.

Ela arrastou-se para fora do quarto, sentindo o piso de madeira frio em seus pés descalços. O corpo de Colton estava tão quente.

"Já vai", ela resmungou, abrindo a porta de madeira e estreitando os olhos para o loiro desgrenhado em pé diante dela.

“Eu te liguei sem parar por horas. Mandei mensagem a noite toda. Onde caralhos você foi ontem à noite? Eu fiquei preocupado”, Austin bradou, passando por ela e entrando no apartamento.

Kate sentiu a raiva correr em suas veias ao se lembrar dos acontecimentos da noite anterior: a mão de Austin agarrando o cabelo da mulher, sua cara de prazer, seus quadris fodendo a boca dela como se ele não trepasse há meses. “Ah, tenho certeza que você estava muito preocupado.”

"O que isso significa? Você tinha ido embora quando eu voltei do banheiro.”

Kate ferveu de raiva. Ele achava que ela era estúpida a esse ponto.

"Banheiro? É esse o nome dela?”

O rosto de Austin empalideceu, e ele passou a mão timidamente pelos cabelos: "O que... Do que você está falando?"

“Saia do meu apartamento.”

“Me ouve”, ele implorou, agarrando seu punho quando ela fez menção a abrir a porta da frente e chutá-lo para fora. “Só me deixe explicar.”

“Explicar o quê, Austin? Você foi chupado por uma mulher aleatória no pub enquanto eu estava lá. Parece tudo muito claro para mim.”

Austin balançou a cabeça, e seus olhos azuis se estreitaram na figura escura que agora estava de pé na porta do quarto de Kate. "Eu devia saber que ele estava envolvido, porra", ele cuspiu. “Ele me fez fazer aquilo! Ele me apresentou para ela e me encorajou a aceitar um boquete.”

A boca de Kate se abriu um pouco quando ela olhou para Colton. Os olhos negros dele fitaram o chão com culpa. Ela balançou a cabeça. Lidaria com ele mais tarde. Virando-se para Austin, Kate estreitou o olhar: “Eu não me importo com o que ele fez, Austin. Você fez a sua escolha. Você é responsável pelas suas próprias decisões. E nem demorou muito para tomar essa, já que eu tinha saído do seu lado por cinco malditos minutos.”

"Você percebe que ele está brincando com você?", Austin gritou, seus olhos ferviam enquanto revezava olhares entre os dois. “Ele me disse que você estava fora de cogitação quando eu te conheci porque ele não conseguia te pegar. Assim que ficamos juntos, ele assumiu a missão de te comer, só para provar que podia. Ele não tem sentimentos por você, Kate. Você é um jogo para ele, um prêmio, e parece que ele ganhou.”

"Chega", Colton estalou, cerrando os punhos ao lado do corpo.

“Ela merece saber”, Austin gritou, com seus olhos agora repletos de algo que Kate não reconhecia, e um sorriso quebrando os traços suaves de seu rosto. “Ela também merece saber quem colocou o bilhete na porta dela, só para levar ela pra cama. Só para que você pudesse vencer.”

"Que mentira do caralho, seu merda do cacete", Colton gritou, avançando e colidindo o punho no rosto avermelhado de Austin. Austin caiu no chão, protegendo a cabeça com os braços enquanto Colton desferia golpe após golpe de modo brutal.

Kate sentiu o ar voltando para seus pulmões enquanto observava a cena se desenrolar diante dela. Seus músculos recuperaram a função e ela deu um passo à frente, envolvendo com as mãos o bíceps flexionado de Colton: "Para com isso!"

Ele o fez imediatamente, soltando Austin e agarrando os braços dela, para impedi-la de se afastar. Ele segurou seu rosto com as mãos, que escorriam sangue de seus dedos quebrados. “Isso é mentira, Kate. Eu não deixei aquele bilhete, eu juro. Eu contei para ele, disse que você estava com medo e que eu achava que alguma coisa a mais estava acontecendo. Porra, eu juro, Kate.”

A dor genuína em seus olhos dizia a Kate que ele estava dizendo a verdade, mas seu estômago revirou mesmo assim. Independente de qualquer coisa, ele a havia manipulado. Ele queria que ela visse Austin sendo chupado por aquela vadia, e ela obedeceu. Não só isso, mas ela pulou na cama com ele, praticamente implorando para ele fodê-la.

Austin ficou em pé, cambaleando e cuspindo sangue no chão, antes de olhar para o casal: “Boa sorte para você, Kate. Logo ele vai estar comendo a próxima, e você vai ser forçada a deitar na sua cama e ouvir.”

A porta bateu atrás dele, a madeira balançou as dobradiças, mas Kate não prestou atenção. Seus olhos estavam fixos no olhar de Colton. Ele empurrou o cabelo para longe do rosto dela, mordendo o lábio inferior: “Você tem que acreditar em mim. Ele está falando bosta.”

“Você... você armou pra ele? Você queria que eu visse? Era esse o seu plano?”

O olhar de Colton baixou para o chão, e ele soltou um aceno sutil: "Sim, eu armei. Foi porque... ele não te merece, Kate. Você mesma disse! Ele levou menos de cinco minutos para ser convencido. Tudo o que fiz foi apresentar os dois, eu juro”.

“Eu... eu acho que preciso de um tempo”, ela murmurou, afastando os dedos dele para longe de seu rosto. “Ele é um merda, Colton, mas o que você fez foi errado também. Você queria que eu me machucasse para que eu me jogasse na cama com você.”

“Isso não foi... Eu disse ontem à noite que não queria te comer. Se essa fosse minha intenção, eu teria feito isso em um instante, mas não fiz.”

“Por favor, vá embora”, Kate sussurrou.

Os olhos escuros se arregalaram, exasperados, antes que finalmente Colton soltasse os braços dela e saísse do apartamento. Ele não discutiu.

A porta se fechou com um clique suave. Kate a trancou e se sentou na sala. A cama só a faria lembrar dele. Ela não fazia ideia do que estava acontecendo. Colton tinha a tratado como um lixo, tinha a deixado revoltada há apenas algumas semanas, e agora era como se ele fosse uma pessoa completamente diferente. Aquilo era genuíno, ou Austin estava certo? Era tudo parte de algum jogo doentio?

Kate pegou seu telefone e mandou uma mensagem para Paloma, implorando para ela ir até lá. Ela explicou o básico: que tinha visto Austin sendo chupado por outra mulher no pub. Seu telefone tocou um minuto depois.

“Eu não posso, bebê. Tô com a Floss. Mas venha aqui. Traga algumas roupas e fique uns dias. Parece que você precisa de um tempo longe daí.”

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