Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 19

Passar um tempo longe do apartamento, longe de Colton, faria bem a Kate. Ela se demorou no quarto, vestindo um par de jeans e uma camiseta. Pegou alguns pijamas e roupas íntimas, roupas de ginástica e roupas para o trabalho, arrumou produtos de higiene pessoal e jogou a bolsa no ombro. Olhou para seu travesseiro, o que Colton havia usado, e cogitou levá-lo com ela. Sua cabeça e seu coração discutiram, mas, no final, o coração ganhou e ela agarrou o travesseiro, colocando-o debaixo do braço. Pegou sua bolsa de trabalho e seus itens essenciais antes de sair do apartamento.

Trancou a porta e deu um salto ao ouvir uma voz sedosa soar atrás dela.

“Parece que você precisa de ajuda.”

Kate olhou para o homem diante dela. Ele tinha estatura média com cabelos pretos cuidadosamente arrumados com gel em um topete no topo da cabeça. Os olhos amendoados e castanhos brilharam à luz do sol do corredor, e ele sorriu para ela através dos lábios finos.

“Ah, estou bem. Acabei de ligar para um Uber. Não deve demorar muito”, ela sorriu.

"Você quer que eu te ajude a carregar suas coisas até lá embaixo?", ele questionou, seus olhos captando a desconfiança de Kate. “Desculpa, eu não me apresentei. Meu nome é Wade. Minha avó mora no andar de cima. Não sei se você conhece. Ela se chama Ann”.

"A Sra. Huang?”

"Sim, ela mesma", Wade sorriu. "Eu estava indo fazer uma surpresa para ela, mas você parecia estar sofrendo aí com as coisas."

Kate soltou um suspiro de alívio ao saber que alguém estaria por perto para ajudar a Sra. Huang enquanto ela estivesse fora. Ela sabia que Colton não ajudaria. “Isso é muito fofo. Ela fala muito de você.”

“Espero que fale bem”, Wade riu. Seus olhos desceram na direção das coisas dela: “Você tem certeza que não precisa de uma mão aí? Fico feliz em ajudar.”

"Ela disse que estava bem", Colton rugiu de sua porta da frente.

Kate nem tinha ouvido a porta abrir. Ela lançou-lhe um olhar de advertência, cogitando aceitar a oferta de ajuda de Wade apenas para ser maldosa, mas sabia que a Sra. Huang ficaria emocionada ao ver o neto, e ela não poderia tomar o tempo deles nem mais um pouco. “Estou bem, de verdade”, ela assentiu: “Obrigada por oferecer ajuda. Diga à sua avó que eu mandei um oi.”

Wade assentiu, olhando receoso para a presença intimidadora de Colton na porta antes de subir as escadas para o quinto andar. Kate revirou os olhos, agarrando suas coisas enquanto se afastava da porta.

"Onde você está indo?", Colton perguntou, incrédulo, com suas sobrancelhas levantadas. “Parece que você fez mala pra um mês.”

“Vou ficar na casa da Paloma por alguns dias. Acho que ficar longe de você vai me fazer bem.”

"Ah! Por que isso?", ele bufou, e por um breve momento Kate se lembrou do homem que ela conhecia.

Ela balançou a cabeça: "Eu... eu preciso esfriar a cabeça e só não consigo fazer isso quando você está por perto."

Hesitação transbordava nos olhos dele, e Kate quase perdeu a firmeza. Ela sabia que estava criando sentimentos por ele e precisava ter tempo para descobrir se isso era tudo um jogo para Colton, se suas emoções só serviam para ele destruir. Ele balançou a cabeça, o cabelo escuro espetado caindo suavemente em sua testa: "Ah, bom, pelo menos eu não vou ter que ouvir você puta da vida quando eu estiver comendo outras mulheres."

O queixo de Kate pendeu para baixo, e a raiva coloriu suas bochechas de um roxo profundo. Ela pôde ver um vacilo em seu sorriso geralmente arrogante, mas ele logo recuperou a compostura. Colton abriu a boca, preparando-se para dizer mais alguma coisa, mas Kate não esperou. Ela girou nos calcanhares e correu escada abaixo, deixando cair o travesseiro ao fazê-lo.

Era só a porra de um jogo para ele, e ela esteve tão perto de ceder, de deixá-lo vencer. Ela seria apenas mais um troféu em sua prateleira, só mais uma conquista. Enquanto descia as escadas mais rápido do que achava que era possível, decidiu que ligaria para o proprietário assim que chegasse na casa de Paloma. Ela não tinha intenção de voltar para aquele apartamento nunca mais.

*

"O quê?", Paloma rosnou, com seus olhos castanhos brilhando de fúria. “Ele disse o quê?!”

“Eu não sei como fui tão estúpida em cair nessa”, Kate bufou, irritada, esfregando a mão no rosto. “Vivi ao lado dele tempo suficiente para conhecer a pessoa que ele é.”

Florence balbuciava ao lado de sua mãe, com o controle remoto da televisão rangendo entre suas gengivas babadas. Paloma franziu a testa, trocando-o por um mordedor e voltando-se para Kate: “Heath disse que ele estava realmente a fim de você, que ele parecia diferente desta vez. Estou tão confusa.”

"Ambas estamos", Kate riu, mas sem qualquer diversão. “Vou ligar para o meu proprietário hoje e ver se posso quebrar meu contrato. Acho que não consigo voltar lá sabendo o que vou ouvir todas as noites.”

Paloma suspirou, passando distraidamente as mechas mais compridas do cabelo castanho de Florence sobre sua cabeça. “Se você não puder quebrar seu contrato, pode vir morar aqui. Florence e eu adoraríamos sua companhia.”

Kate sorriu, tomando um gole do café que Paloma tinha feito para ela. “Obrigada, P.”

“Sempre, meu amor”, ela murmurou, envolvendo um braço ao redor dos ombros bronzeados de Kate. “Ele não sabe o que está perdendo.”

Kate não tinha nada a dizer, então forçou um sorriso e tomou outro gole. Ela queria ir para casa, gritar com Colton até sua garganta doer, dizer a ele que ele precisava de ajuda, que ser um grande idiota era certamente um problema, mas sabia que se sentiria exatamente do jeito que estava agora. Ela suspirou, vendo Florence mastigar um biscoito que Paloma lhe dera.

“Ela está sempre mastigando!”, Paloma reclamou: “Peguei ela mastigando meu sapato preferido hoje de manhã. Eu só queria que esses malditos dentes nascessem logo.”

Kate riu, agradecida pela distração. Em seguida, ouviu Paloma falar por uma hora sobre as alegrias da maternidade, os problemas que estava tendo com Dylan, e o fato de achar que estava começando a desenvolver sentimentos por Heath.

Kate escutou com atenção, balançando a cabeça aqui e ali, mas manteve-se em silêncio. Falar pareceu muito esforço naquele momento. Depois de um tempo, Paloma se cansou e ligou a televisão. Ela colocou Florence para tirar um cochilo e preparou outro café para as duas, e então se sentaram em um silêncio confortável pelo que pareceram horas.

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