Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 31

Kate se remexeu nos braços de Colton. Ele afastou de seu rosto os fios ondulados mais curtos que o resto do cabelo, que emolduravam seus cílios cheios. A boca dela estava entreaberta, o brilho de seus dentes visível enquanto ela respirava lenta e firmemente. Seus dedos se curvaram contra o peito dele, o rosto tentando se aninhar no canto do braço dele, onde parecia se encaixar perfeitamente.

Colton poderia dizer que ela estava em um sono profundo. Tendo passado todas as noites com ela nas últimas semanas, ele tinha aprendido seus ritmos de sono, o que significavam as diferentes velocidades de sua respiração, assim como havia conhecido suas comidas favoritas, o jeito que ela gostava de seu café da manhã e o que precisava fazer com seu corpo para que ela curvasse os dedos dos pés e ofegasse o nome dele.

A relação deles era intensa. Discussões aconteciam com frequência, mas nunca durava muito. Geralmente era por conta do ciúme de Colton ou da desaprovação de Kate por seu comportamento, e era resolvido mais rápido do que tinha começado. Mas era apaixonado, e ele passava a maior parte de seus dias se esforçando para fazê-la feliz.

Seus dedos roçaram os lábios carnudos dela, sua boca desesperada para beijá-la, mas ele se conteve. Em vez disso, ele traçou as linhas invisíveis conectando as sardas nas bochechas dela. Ele se sentia em casa com Kate, mais do que nunca em sua vida, e a cada dia ficava mais petrificado com a ideia de que ela se daria conta de que merecia um mundo melhor do que ele era capaz de oferecer.

“Pare de pensar”, ela murmurou sonolenta. “E é assustador ficar olhando as pessoas dormirem”.

Colton riu baixinho, pressionando os lábios contra a testa dela: "Eu não posso evitar. Você é linda pra caralho”.

“Como é possível ser tão charmoso no meio da noite?”, ela conseguiu dar uma risadinha em meio a um bocejo sonolento, passando as mãos sobre o piercing do mamilo dele enquanto se ajeitava.

Colton colidiu sua boca com a dela, passando os dedos pelo cabelo aveludado logo acima de sua orelha: "Eu tenho uma musa do caralho."

Kate não disse nada, mas seu sorriso falou muito. Ela rolou para longe dele, entrelaçando os dedos com os dele e forçando seus braços a envolvê-la. Colton obedeceu, enterrando o nariz profundamente em seu cabelo perfumado. Ele adorava abraçá-la assim, com o corpo dela curvado contra o dele como se ela fosse feita só para ele; como se quem o fez tivesse esquecido de um pedaço, exatamente do tamanho de Kate.

A palma da mão dele se estendeu pela cintura esbelta dela, mantendo sua pele flexível conectada à dele, enquanto as pernas dele se enrolavam entre as dela.

Ele não podia negar seus sentimentos por muito mais tempo. Quase deixou escapar muitas vezes, e o pensamento o assustou. Nunca antes ele havia amado outra pessoa, e o medo de que ela não sentisse o mesmo era insuportável.

Mas ele a amava. Ele amava completa e totalmente cada pedaço dela, e não tinha dúvidas de que as palavras sairiam mais cedo ou mais tarde. Tudo o que ele podia esperar neste momento era que ela o amasse também.

*

Kate alisou os fios de cabelo que se soltaram de seu coque e calçou os saltos, agarrando a bolsa de trabalho.

“Colton, estou atrasada! Te vejo quando voltar, ok?”, ela gritou por cima do ombro, pegando seu blazer e correndo pela porta.

Passos correram para acompanhá-la enquanto ela descia a escada. Kate se virou, quando já estava no terceiro andar, sorrindo: "Eu disse que se você não saísse do chuveiro, eu sairia sem te beijar."

Mas em vez do peitoral nu de Colton coberto de gotas de água, como ela esperava, foi recebida com o sorriso tenso de Wade.

“Ah, desculpe Wade. Eu pensei que fosse o Colton”.

"Tudo bem. Eu ouvi você correndo e achei que conseguiria te alcançar”, ele ofegou, apoiando-se em sua cintura enquanto lutava para recuperar o fôlego.

Kate forçou um sorriso: “Desculpe. Estou atrasada para o trabalho. Você pode esperar até eu voltar, no fim da tarde?”

“Eu posso andar com você”, Wade apontou para a escada, descendo, enquanto Kate o seguia. “Eu sei que não tivemos a chance de tomar um café juntos, mas estou indo embora em alguns dias...”

"Para onde você vai?", Kate perguntou, esperando evitar qualquer conversa embaraçosa sobre remarcar o encontro para o café.

“Tenho que voltar para Ontário por algumas semanas. Encontrei um lugar por aqui, então logo volto para organizar as coisas para a mudança”.

“Uau, isso é um grande passo. Imagino que sua avó esteja bem animada”.

Wade assentiu, passando a mão ao longo do corrimão e fazendo uma careta para a espessa camada de poeira que se acumulou em sua palma. “Ela está entusiasmada. Enfim, vou ter um jantar de despedida amanhã à noite. Minha avó perguntou se você gostaria de vir. Ela adoraria bater papo de novo com você”.

As portas de entrada despontaram, e Kate olhou para o celular para verificar a hora. Seu Uber chegaria a qualquer momento. Ela acenou com a cabeça, esperando encerrar a conversa: "Isso parece ótimo."

"Perfeito", Wade sorriu, com as mãos enfiadas nos bolsos. "Vai ser no Montana's às 18h. Você conhece? Um restaurante italiano pequeno que tem na esquina?" Quando Kate assentiu, o sorriso de Wade vacilou por um momento, e ele esfregou a mão na nuca timidamente: “Além disso, se não for muito incômodo, você pode não levar o Colton? Quer dizer, eu sei que vocês têm alguma coisa, mas ele tem sido horrível com a minha avó, e eu sei que ela não gostaria que ele estivesse lá”.

O Uber parou, e Wade acenou, desaparecendo para dentro do prédio e deixando Kate em um silêncio atordoado. Ela abriu a porta, passando os dedos pelo rosto em um gesto de frustração, e pegando seu celular enquanto mexia na bolsa.

“Que ódio que você não me esperou”.

Kate riu, digitando uma resposta: “Eu te avisei. Não tem motivo para você tomar um banho de 20 minutos”.

O telefone zumbiu rapidamente em resposta: “Você me deve uma. Esta noite. Estarei esperando ;)”

O pensamento causou um arrepio no estômago de Kate, e sua calcinha se umedeceu ligeiramente. O dia seria longo, ela pensou, permitindo que sua cabeça descansasse no acolchoado macio do banco traseiro, enquanto sonhava com todas as maneiras de compensar o belo homem que estaria esperando por ela.

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