Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 9

“Então, como estão as coisas com o Heath?”, Kate murmurou, ignorando o olhar severo da instrutora de ioga enquanto se alongava em seu tapete rosa, levantando os quadris no ar e saboreando a liberação de seus músculos doloridos.

Paloma abriu um sorriso malicioso: “Somos apenas amigos de foda, mas é tudo tão bom. Nada parecido com o que era com o Dylan. A gente estava junto há tanto tempo que eu tinha esquecido como era ser comida com paixão e desejo, sabe? Com o Dylan, a gente tinha que fazer quando dava, por causa da Florence, mas a gente nunca estava realmente no clima. Mas agora, Heath vem e me joga na cama. É uma delícia."

A instrutora de ioga soltou um “shh”, seus olhos se estreitando com a linguagem vulgar de Paloma.

"É bom ver você assim de novo", Kate sussurrou. “Você me deixou preocupada por um tempo, quando não saía de casa, toda coberta de pó de Cheetos.”

Paloma riu baixinho: “E agora fico toda coberta de chantilly.” Ela ignorou o revirar de olhos de Kate, continuando: “Dylan vai ficar com a Florence pelas próximas duas noites. Heath estava falando de ir ao cinema amanhã. Você deveria vir com a gente. Traga o Colton. Podemos fazer um encontro de casais.”

Sem conseguir disfarçar a bufada que deu, Kate olhou para a instrutora, desculpando-se. “Prefiro enfiar alfinetes nos olhos do que ir a um encontro com Colton.”

Paloma ficou quieta, mirando a amiga com um sorriso malicioso. Kate se perguntou o quanto Heath sabia de seu encontro anterior com Colton, e quanto disso ele havia compartilhado com Paloma. Kate deveria ter contado a ela. Eram melhores amigas desde a sétima série, mas algo sobre aquela história fazia Kate se sentir decadente, como se ela devesse se envergonhar. Havia cedido aos desejos carnais e se odiava por isso.

Quando a aula de ioga terminou, Paloma deu um beijo na bochecha de sua amiga e saiu para comprar uma lingerie nova para sua noite com Heath, deixando Kate voltar para seu complexo de apartamentos sozinha. Kate parou para comprar um café perto de sua casa e tentou fazer malabares com sua bolsa de ginástica, tapete de ioga, chaves, celular e café, enquanto subia as escadas. Ela queria muito que o proprietário instalasse um elevador, mas não podia reclamar. O aluguel era bem mais barato do que o de outros prédios daquela área. Foi por isso que ela acabou ficando, mesmo depois de conhecer o vizinho infernal.

Assim que a porta da frente de seu apartamento entrou em seu campo de visão, os olhos de Kate firmaram-se no pedaço de papel que havia pregado ali. Franzindo a testa, ela deu um passo à frente, hesitante, pousando seus pertences no chão e lendo o bilhete. Seu coração saltou para a garganta, sua respiração ficou ofegante.

‘Fique longe dele, Kate. Você é MINHA’.

A escrita parecia familiar, mas Kate não conseguia se lembrar ao certo de onde a tinha visto antes. Suas mãos tremiam, tentando descobrir quem poderia ter deixado o bilhete em sua porta. Talvez tivessem errado o apartamento, mas era o nome dela ali. Seu estômago revirou.

A porta de Colton se abriu com um clique, e ele, todo desarrumado, entrou no corredor, acendendo um baseado. Quando seu olhar pousou sobre o dela, um sorriso arrogante apareceu em seu rosto.

Kate cerrou os punhos ao lado do corpo, amassando o papel nas mãos. "Você acha isso engraçado?"

“Do que diabos você está falando?”, ele zombou, soprando anéis de fumaça, claramente não deixando a raiva dela perturbá-lo.

"Disso." Kate mostrou-lhe o bilhete, empurrando-o contra a camisa cinza dele. “Você acha engraçado para caralho tentar me intimidar, né? Primeiro, você transa com a irmã do Austin, e depois me deixa este bilhete?”

A mão livre de Colton agarrou o papel amassado, seu sorriso desaparecendo enquanto os olhos negros examinavam os rabiscos: “Você acha que eu fiz isso? Porra, você se acha, hein?!”

"Quem mais poderia ser?" As bochechas de Kate coraram.

Os olhos escuros examinaram o bilhete mais uma vez, o sorriso de Colton completamente apagado de seu rosto: "Não fui eu, Kate."

"Quem mais poderia ser?", ela insistiu, sentindo o medo e a incerteza penetrarem sua pele, os pelos de sua nuca se arrepiando. Por um breve momento, se perguntou se Harry poderia ser o autor do bilhete misterioso, mas barrou o pensamento antes que tomasse proporções maiores: Harry estava preso. Ele ainda tinha quatro anos para cumprir, e com certeza alguém a teria notificado se ele fosse solto. Não poderia ser ele. Ela não podia se permitir aquilo.

"Ei", Colton murmurou, apagando o baseado e se aproximando. Suas mãos hesitantes roçaram os braços dela antes de levantar seu queixo para que ela o olhasse. “Você precisa que eu fique com você? Você parece... você parece assustada”.

Os olhos cor de caramelo dela se estreitaram em seu rosto diabolicamente bonito, tudo de repente fazendo sentido: “Esse era o seu plano, Colton? Me assustar, e então me fazer implorar para ficar com você? Para que você pudesse terminar o que quer que fosse o erro que começamos na outra noite?”

"Ah, pelo amor de Deus", ele bufou, irritado, passando a mão pelos cabelos bagunçados. “Eu não sei por que você acha que eu sou tão a fim de você, Kate. Caso você não tenha notado, eu consigo mulheres mais do que suficientes, sem ter que ficar correndo atrás da piranha do apartamento do lado, que se acha especial”.

Kate sentiu-se constrangida, e lágrimas quentes arderam em seus olhos, turvando sua visão. Por que ela se achava especial? Só porque ele havia estado entre suas pernas uma vez? Ela abriu a boca, enquanto seu cérebro implorava para que ela dissesse alguma coisa, qualquer coisa. Mas não conseguiu. Não encontrou as palavras. Ela estava projetando seu desejo nele e o queria tanto que se convenceu de que ele também a queria. Aquele pensamento era tão ridículo que a fez rezar para que o chão se abrisse e a engolisse.

Balançando a cabeça, Kate cambaleou para trás, abrindo a porta da frente e desaparecendo para dentro do pequeno apartamento. Pegaria suas coisas quando se certificasse de que Colton havia voltado para seu apartamento. Ela não podia olhar para a cara dele de novo.

Com os dedos atrapalhados, ela discou o número de Paloma; seu corpo todo tremia ao se sentar no chão. Humilhação e medo dançando juntos em sua cabeça.

"Alô?"

"Ei, P. Você acha que poderia vir aqui?" A voz de Kate estava trêmula, revelando o medo que percorria seu corpo. Ela havia permitido que seus pensamentos ultrapassassem a razão e precisava desesperadamente que sua melhor amiga lhe trouxesse de volta à lógica.

"Merda, tá tudo bem?", Paloma perguntou, sem esperar por uma resposta: "Estou indo."

Kate pôde ouvir o barulho frenético das chaves do carro do outro lado e sabia que não demoraria muito para que Paloma estivesse com ela. Ela se sentiria melhor quando sua amiga chegasse.

Fechando os olhos, suspirou aliviada, antes de se dar conta de que quem quer que tivesse deixado o bilhete, poderia estar dentro de seu apartamento agora. Ela fez força para se lembrar se a porta estava destrancada, mas com toda a discussão com Colton, não conseguia ter certeza.

Em um pulo, Kate correu para fora de seu apartamento, trombando direto com o peitoral duro de Colton. Por um instante, o cheiro de maconha misturado ao perfume dele deu a ela um pouco de conforto.

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