O Vício de Amor romance Capítulo 41

Natália enviou uma localização para ele e levantou da cama enquanto Joana a chamou, disse ao vê-la:

- A refeição está servida.

- Não vou comer em casa hoje, tenho que sair. - Natália amarrou o cabelo bagunçado, foi até a porta, calçou os sapatos e saiu com pressa.

Ela não queria que Anderson viesse, então caminhou até o cruzamento e esperou.

Anderson estava vindo rápido, não deixou Natália esperar por muito tempo.

Hoje ele não estava vestido como de costume. Vestia apenas roupas casuais ou jaleco branco desde que Natália o conheceu, esta foi a primeira vez que o viu em um terno.

Anderson desceu e abriu a porta do carro para ela.

Natália perguntou antes de entrar:

- Esta é uma ocasião importante?

Ele estava usando roupas bem formais.

- Na verdade não. - Porque ele não se importava.

Natália se abaixou para entrar no carro e nenhum deles voltou no assunto.

Anderson dirigiu o carro e Natália não disse nada.

O clima no carro estava um pouco sutil.

- Você não precisa ficar nervosa, apenas ande comigo quando chegarmos lá. - Anderson tentou puxar um assunto.

Pode ficar estranho quando o clima está quieto, especialmente depois que ele se declarou.

Natália topou fazer o que ele disse, ele tinha cuidado bem dela, não tinha nada a ver com atração.

- Tudo bem.

Ele olhou para ela e viu que ela usava um rabo de cavalo, as bochechas dela eram do tamanho da palma da mão dele, tinha um nariz empinado, lábios rosados, toda delicada. Ela realmente tinha crescido e já não era aquela menina.

- Nati, você acha que sou velho demais? - Anderson deu um sorriso.

Natália riu baixinho, disse:

- Andy, você não é velho, está na casa dos vinte.

Nem chegou aos trinta ainda.

Ele acariciou o cabelo dela.

- Dizem que as meninas são doces, e isso é verdade.

Natália afastou a mão dele:

- Por que parece que você está tentando tirar vantagem de mim?

- Estou? - Anderson riu.

Natália fingiu que estava irritada e o ignorou.

Estacionaram o carro na frente do prédio enquanto conversavam. Uma placa grande onde passava o vídeo da história da TOP, e várias filas de carros de luxo deixaram Natália nervosa.

Anderson abriu a porta do carro e estendeu a mão.

- Não fique nervosa, eu estou aqui.

Natália olhou para ele, hesitando, então Anderson gesticulou para frente:

- Você vai ter que entrar comigo, você é meu par hoje.

Natália deu a mão.

Dois homens de terno preto e um recepcionista entre eles estavam de pé em frente a porta, com um tapete vermelho estendido pelo chão do hall.

O recepcionista deu alguns passos para frente quando viu Anderson chegando e o recebeu:

- Sr. Anderson.

Natália, no entanto, olhou de lado para ele. Ela sabia que ele não era alguém comum, mas não imaginava que ele era um membro da família Werner, da TOP.

Comparando com a família Werner, a família Marchetti demorou a se destacar mas teve grandes talentos em sequência e havia se tornado uma das maiores empresas em Belo Mato na geração da gestão de Jorge.

A centenária TOP não tinha como se equiparar.

O Grupo Maré tinha um portefólio diversificado de indústrias em diversas áreas, e o Banco Excelência, uma joint venture com o Banco Magno, tinha uma reputação internacional.

Anderson respondeu acenando com a cabeça.

- Vamos. - Anderson olhou para Natália, perguntou:

- Você não está acostumada com isso?

Natália foi franca ao acenar de volta a ele.

- Na verdade, eu também não me encaixo. - Anderson sorriu.

Ele não estava interessado em fazer negócios.

O negócio da família estava sob os cuidados de seu irmão.

- Por que você estava em Atalaia? Se recuperando de um amor? - De acordo com o histórico familiar de Anderson, ele não deveria estar naquele lugar, trabalhando como um psiquiatra em uma pequena clínica.

Anderson parou, não esperava aquela pergunta dela, então perguntou, curioso:

- O que te faz pensar que eu estava lá por isso?

- A Aline não é sua namorada? - Ela lembrou de ouvir isso da boca da mãe dele quando visitou sua casa.

Pelo jeito que ela disse, parecia que Anderson se importava de verdade com essa tal Aline.

Aline deve ser o nome de uma garota.

Bem adorável.

Ao ouvir o nome, o sorriso no rosto de Anderson foi desaparecendo.

- O nome dela é Aline Werner, minha irmã, nos separamos quando ela era uma criança e ainda não encontramos ela.

Natália tomou fôlego para responder, pensava que “Aline” fosse uma antiga namorada e não uma mágoa antiga.

- Eu sinto muito…

- Não tem problema. - Anderson sorriu de novo.

No hall chique havia uma multidão. Os homens estavam em seus ternos enquanto as mulheres em seus melhores vestidos e maquiagem para manter a aparência ao lado dos homens.

Exceto Natália, simples e deslocada.

- Anderson. - Marlene tinha escolhido o par de Anderson para o acompanhar no jantar de hoje, uma filha do chefe de uma empresa de materiais de construção, mas Anderson recusou.

Ela não conseguia acreditar que Anderson trouxe esta menina com ele.

- Mãe, essa é a Natália. - Anderson a apresentou.

Era uma grande ocasião, Marlene não deixaria claro estar chateada por ele trazer Natália. Ela tinha um bom sorriso no rosto:

- Ah, vamos lá, vá lá e fale com as pessoas.

Anderson estava sempre fora do país e todos tinham esquecido de que havia um outro senhor na família Werner, lembravam somente de Ariel Werner, o mais velho.

No meio do salão, o lustre de cristal pendurado no 2º piso brilhava com uma luz deslumbrante.

Um grupo de pessoas estava no meio, a mais notável delas era essa figura elegante rodeada de pessoas e, mesmo à distância, Natália sabia quem era o homem.

Seu coração apertou sem saber o motivo.

Anderson tocou sua mão, confortou-a:

- Estou com você aqui, não estou?

- Você sabia que ele estava aqui? - Natália olhou para ele.

- Eu só quero que ele saiba que você não está desamparada e sem amigos. - Anderson disse puxando-a para perto dele.

- O futuro dos negócios pertence a vocês, jovens.

José Tanaka, o último presidente do Banco Magno, aposentado e raramente participava de eventos, disse com uma risada calorosa:

- O mais jovem e mais promissor desta geração não é nenhum outro senão Jorge.

- O Presidente Tanaka, assim você me deixa sem graça. - Jorge disse, com uma mão no bolso, segurando Ester no braço dele, seus dedos segurando uma taça de vinho tinto, deslumbrante na luz.

- Eu ouvi que em Atalaia, o Grupo Maré tinha instituído um… - Foi Ariel quem falou, surpreso ao ver seu irmão vindo em sua direção, com uma garota ao seu lado.

- Anderson, essa senhorita é? - Ariel perguntou.

- Minha namorada. - Ele olhou para Jorge enquanto falava.

Parecia mostrar sua propriedade.

Já que Jorge não assumia a esposa, Anderson resolveu assumir ela sem rodeios.

Natália não esperava que Anderson diria isso em público.

Ela teve o instinto de puxar a mão que ele estava segurando.

Anderson reparou suas intenções e a segurou com mais força para ela não se soltar.

Rindo, ele disse:

- Não tenha medo.

Natália se sentia culpada e nem sequer se atrevia a olhar para cima.

Culpada de que, ela não sabia.

Ariel sorriu e o apresentou para a multidão:

- Este é o meu irmão que estava fora do país há muito tempo, agora que ele está de volta, por favor, tomem conta dele.

Ester apertou suas mãos e disse:

- Sra. Natália…

Jorge levantou os olhos, passou o olhar sobre o rosto de Natália sem demorar nem um segundo, em seguida deu um olhar distraído novamente.

O batimento do coração de Natália, que subia e descia, foi se acalmando ao ver a ignorância de Jorge.

Ela se achou uma piada com o próprio nervosismo.

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